Reforma gregoriana: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Raimundo57br (discussão | contribs)
Raimundo57br (discussão | contribs)
Linha 4:
 
== Moralização e regresso às origens do cristianismo ==
 
{{Em construção}}
 
Tratou-se de uma reação à degeneração do clero provocada pelo [[Cesaropapismo]], desse modo teve início um amplo conjunto de reformas que pretendia fazer com que a Igreja regressasse aos tempos primitivos de [[Cristo]], dos [[Apóstolo]]s e dos seus sucessores imediatos (vide: [[Igreja Primitiva]]).
 
A reforma gregoriana é vista hoje como a primeira grande revolução [[Europa|europeia]]. A reforma foi gestada e iniciada pelos eclesiásticos da [[Abadia de Cluny]].
 
Os principais objetivos dessa reforma foram consolidados no "''[[Dictatus Papae]]''", publicado pelo Papa Gregório VII, em 1075.
Do ponto de vista [[moral]], a reforma gregoriana (ou "clunyana") passava pela condenação veemente das práticas de [[heresia]], as quais são consequência da `investidura leiga´, ou da infiltração dos costumes pagãos dos [[bárbaro]]s em meio aos dos cristãos [[romano]]s, depois do choque [[bélico]] dessas civilizações, que ocasionou a queda do [[Império Romano do Ocidente]], em [[476]], imposta pela vitória do rei germânico [[Odoacro]]. Dentre as mais condenadas estão a [[simonia]] (compra de cargos eclesiásticos, favorecida ao longo dos séculos precedentes pela [[privatização]] e feudalização da Igreja) e o [[nicolaísmo]] ([[concubinato]] dos [[padre]]s [[catolicismo|católicos]], que foi gradualmente desaconselhado até se tornar formalmente proibido).
 
De acordo com esse documento, o Papa passaria a ser o Chefe Supremo e absoluto da Igreja.
Abolir estas práticas heréticas, implicava reformar a Igreja e conferir ao papa o sumo poder na [[Europa]]; graças ao [[Dictatus Papae]], tornar-se-ia verdadeiramente o Chefe Supremo e absoluto da Igreja. A reforma gregoriana é considerada um marco no início da ''teocracia papal'', considerando-se que o Papa tinha autoridade divina quando se pronunciava "ex cathedra", o que significa ser infalível sobre assuntos de moral e fé, prerrogativa dada pelo [[Primeiro Concílio do Vaticano|Concílio Vaticano I]]. Aproveitando-se da [[doação de Constantino]] (provavelmente forjada em meados do [[século VIII]], por alturas da coroação de [[Pepino, o Breve]]) o Papa julgou-se com direito de exercer as suas prerrogativas, não apenas espirituais, mas também temporais, em toda a Cristandade, isto é, em toda a [[Europa]] -- passava também a ter autoridade sobre o [[imperador]], confirmando-o ou podendo depô-lo se não se comportasse como bom príncipe cristão.
 
== Revolução Papal ==