Assassinato de Tammy Alexander: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
correção de erro ortográfico Etiqueta: Remoção considerável de conteúdo |
|||
Linha 1:
{{corrigir}}
'''Tammy Jo Alexander''' (anteriormente conhecida como '''Desconhecida de Caledonia''' ou '''Desconhecida de Cali''')
Pelas linhas de bronze no cimo do seu corpo, os investigadores acreditavam que ela tinha vindo para
Durante os anos em que permaneceu por identificar, o seu caso foi bem publicitado pelo Departamento do Xerife do [[Condado de Livingston]], que continuou a investigar o caso, processando centenas de pistas e dicas do público.<ref name="ap-20061004" /> John York, uma dos primeiros polícias a responder ao local do crime original, fez do caso uma prioridade durante o seu quarto de século enquanto xerife.<ref name="dem" /> O [[assassino em série]] [[Henry Lee Lucas]] confessou a certo ponto o crime, mas como muitos outros crimes do qual ele disse que era responsável, a confissão nunca foi considerada credível.<ref name="dem" /> Alexander foi enterrada num cemitério em [[Dansville, Livingston County, New York|Dansville]], uma vila a sul do condado.
== Morte e descoberta ==
Na manhã de 10 de Novembro de 1979, um agricultor em [[Caledonia (town), New York|Caledonia]], a 37 quilómetros a sul da cidade de [[Rochester (Nova Iorque)|Rochester, Condado de Monroe, Nova Iorque]], viu uma roupa vermelha num dos seus campos de milho perto do[[Genesee River| rio Genesee]], a cerca de 6 metros do lado sul da[[U.S. Route 20 in New York| U. S. Route 20]], a 800 metros a oeste da separação entre a Route 20 e a [[New York State Route 5|State Route 5 de Nova Iorque]]. Ele foi investigar, acreditanto ter encontrado um caçador a trespassar a propriedade. Em vez disso, no campo encontrou o corpo de uma jovem rapariga.<ref name="ap-20061004"><cite class="citation news">Dobbin, Ben (4 October 2006). </cite></ref><ref name="et-20111110"><cite class="citation news">Poole, Andrew (10 November 2011). </cite></ref>
O corpo, mais tarde chamado de "Desconhecida de Caledonia" ou "Desconhecida de Cali" pelos investigadores, estava totalmente vestido. Não mostrava sinais de [[Agressão sexual| abuso sexual]]. Tinha morrido de
A [[autópsia]] indicava que ela tinha levado o tiro primeiro na cabeça enquanto estava ao lado da estrada andando pelo campo de milho, em ou perto de uma poça de sangue encontrada no chão. O seu corpo foi depois arrastado para o campo de milho, onde levou um novo tiro nas costas e deixada para morrer. Chuvas intensas durante a noite da sua morte lavaram todas as provas forenses.<ref name="ap-20061004"><cite class="citation news">Dobbin, Ben (4 October 2006). </cite></ref><ref name="doe-1ufny"><cite class="citation web">[http://www.doenetwork.org/cases/1ufny.html "Case File 1UFNY"]. </cite></ref><ref name="et-20111110"><cite class="citation news">Poole, Andrew (10 November 2011). </cite></ref>
Linha 18:
Acreditava-se que Cali tinha entre 13 e 19 anos de idade (nascida em algum momento entre 1958 e 1967).<ref name="ncmec" /> Estimava-se que tivesse cerca de 1,60 metros de altura e 54 quilos.<ref name="ncmec" /><ref name="lcso-flyer" /> Tinha olhos castanhos, cabelo castanho claro ondulado pelos ombros que tinham sido [[Hair highlighting|aclarados]] à frente cerca de 2 meses antes da sua morte e estava a crescer. O seu cabelo parecia ter sido pintado recentemente de loiro para castanho.<ref name="Democrat & Chronicle story" /> As suas unhas dos pés estavam pintadas com [[Verniz de unha|verniz]] [[coral claro]].<ref name="namus"><cite class="citation web">[https://identifyus.org/cases/6583 "NamUs UP # 6583"]. </cite></ref>
Tinha [[
Os dentes estavam em estado natural, sem restaurações ou preenchimentos. Não pareciam ter recebidos cuidado dentário. Alguns dos seus primeiro e segundo molares permanentes tinham [[Cárie dentária|cáries dentárias]] severas (cavidades e decadência). Consistente com a sua aparência jovem, nenhum dos seus terceiros molares permanentes ([[Siso|dentes do siso]]) tinham surgido.<ref name="namus" /> O [[Grupo sanguíneo|seu tipo de sangue]] era A-.<ref name="namus" /> Algumas horas antes da sua morte, tinha comido milho doce; batatas; e presunto enlatado e fervido. Esta era uma possibilidade de jantar perto de [[Lima, New York|Lima]], onde uma empregada a tinha visto comendo com um homem.<ref name="doe-1ufny"><cite class="citation web">[http://www.doenetwork.org/cases/1ufny.html "Case File 1UFNY"]. </cite></ref><ref name="opt-19800119"><cite class="citation news">[http://www.fultonhistory.com/Process%2520small/Newspapers/Oswego%2520Palladium/Oswego%2520Palladium%2520Jan-Feb%25201980%2520pdf/Newspaper%2520%2520Oswego%2520Palladium%2520Jan-Feb%25201980%2520-%25200259.pdf "Murdered Girl's Identity a Mystery"] (PDF). </cite></ref>
== Roupa e bijuteria ==
A rapariga tinha um casaco [[Windbreaker|corta-vento]] de homem vermelho com riscas pretas por baixo dos braços, marcadas com a etiqueta por dentro de "Auto Sports Products, Inc.", uma camisola de rapaz com um botão no pescoço com colarinho multicor, calças de [[veludo]] castanhas (
Também usava um colar cinzento com três pequenas pedras [[turquesa]]. O colar tinha uma aparência caseira e parecia uma réplica da bijuteria [[nativa americana]] feita no [[Região Sudoeste dos Estados Unidos|sudoeste dos Estados Unidos]].<ref name="et-20111110" /><ref name="wroc-20120501" /> Preso às calças da rapariga na fivela estavam duas correntes de chaves, uma com a forma de um coração com uma chave com a forma cortada e com as palavras "Ele que tem a Chave pode abrir o meu coração", e a outra com a forma como se fosse para caber na incisão do coração.<ref name="et-20111110" /><ref name="lcso-flyer" /> Os porta-chaves eram vendidos em máquinas automáticas pela estado de Nova Iorque, levando os investigadores a concluir que ela e o seu assassino tinham viajado nessa estrada.<ref name="Democrat & Chronicle story"><cite class="citation news" contenteditable="false">Craig, Gary (January 31, 2015). </cite></ref>
== Provas de pólen ==
Em 2006, depois da exumação do corpo em 2005, Paul Chambers, um investigador contratado recentemente no [[Condado de Monroe (Nova Iorque)|Condado de Monroe]], do departamento do examinador de Nova Iorque, que lidou com esse aspecto do caso desde o [[Condado de Livingston (Nova Iorque)|condado de Livingston]], onde Caledonia está alocado, com poucos recursos, pediu e recebeu permissão para enviar as suas roupas para o Laboratório de [[Palinologia]] na [[
O carvalho cresce de forma selvagem por todos os Estados Unidos, e o abeto e bétula cresce em Nova Iorque, e também em vários sítios dos Estados Unidos. Contudo, não foram encontrados grãos de pólen de carvalho, abeto ou bétula na amostra controlada, nem bétulas ou abetos foram encontrados a crescer perto do local do crime.<ref name="bryant-20090803" /> O pólen do abeto e da bétula no corpo não identificado vinha de espécies em comum com as áreas da [[Califórnia]].<ref name="wefs"><cite class="citation encyclopaedia">Bryant, Vaughn M. (2009). </cite></ref>
O pinho australiano é uma [[Espécie invasora|espécie de árvore invasora]] que cresce num número limitado de localização na América do Norte: [[
Os investigadores acreditavam que o Sul da Califórnia e a região de San Diego era a coincidência melhor geograficamente para os grãos na sua roupa.<ref name="bryant-20090803" /> Baseado nas provas de pólen e nas marcas de bronzeado da jovem, os investigadores forenses sugeriram que ela podia viver no [[sudoeste dos Estados Unidos]] perto de San Diego, Califórnia, e depois viajou (possivelmente à [[boleia]]) pelas montanhas da [[Serra Nevada (Estados Unidos)|Serra Nevada]] onde cresce o abeto e a bétula, passando por [[Reno (Nevada)|Reno, Nevada]], e depois viajado pelo país até Nova Iorque.<ref name="ap-20061004"><cite class="citation news">Dobbin, Ben (4 October 2006). </cite></ref><ref name="bryant-20090803"><cite class="citation web">Bryant, Vaughn (3 August 2009). </cite></ref><ref name="ap-20120430"><sup>'''''Postmortem photo at link'''''</sup> <cite class="citation news">Contreras, Russell (1 May 2012). </cite></ref>
Uma nova análise em 2012 dos grãos
== Outros detalhes ==
Linha 50:
Em 1984, [[Henry Lee Lucas]] confessou o homicídio da rapariga não identificada,, sem a identificar. Os investigadores não encontraram provas suficientes que suportassem a sua confissão.<ref name="doe-1ufny" /> O caso recebeu atenção nacional, aparecendo em programas televisivos como ''America's Most Wanted''.<ref name="namus"><cite class="citation web">[https://identifyus.org/cases/6583 "NamUs UP # 6583"]. </cite></ref><ref name="et-20111110"><cite class="citation news">Poole, Andrew (10 November 2011). </cite></ref><ref name="ap-20120430"><sup>'''''Postmortem photo at link'''''</sup> <cite class="citation news">Contreras, Russell (1 May 2012). </cite></ref><ref name="retired"><cite class="citation news" contenteditable="false">Santora, Sally (30 January 2015). </cite></ref>
Mais tarde,
== Identificação ==
Os restos mortais foram finalmente identificados como Alexander em 2015, 35 anos, 2 meses e 15 dias depois de ter sido encontrada. Uma colega de escola que a tinha conhecido em [[Brooksville (Flórida)| Brooksville, Flórida]], estava a tentar encontrá-la. Foi eventualmente levada à meia-irmã de Alexander, Pamela Dyson, na [[Cidade do Panamá]]. Alexander fugia algumas vezes de casa, mas Dyson descobriu que ninguém na sua família sabia do paradeiro de Alexander desde a sua partida algures entre 1977 e 1979.<ref name="dem"><cite class="citation news" contenteditable="false">[http://www.democratandchronicle.com/story/news/2015/01/26/jane-doe-caledonia/22342077/ "Police ID 'Jane Doe' found in Livingston Co. cornfield in 1979"]. 26 January 2015
[[Ficheiro:Caledonia_Jane_Doe_Reconstruction_15.jpg|left|thumb|Imagem de Koppelman da Desconhecida de Cali, que ele criou antes da lista de Alexander na NamUs.]]
Como não conseguiam encontrar rasto dela de qualquer forma, Dyson e a sua colega começaram a ficar preocupados que Alexander poderia ter sido vítima de um crime algures no tempo. Em
Pouco depois de ter sido colocada no [[National Missing and Unidentified Persons System|Sistema Nacional de Pessoas Desaparecidas e Por Identificar]] (NamUs), Carl Koppelman, um artista da Califórnia que cria reconstruções de corpos não identificados, cruzou-se com o relatório de Alexander quando reviu novos relatórios da WebSleuths.com, um website que ele modera onde os voluntários tentam resolver [[Caso arquivado|casos arquivados]], incluindo os com corpos por identificar. Em 2010 ele tinha desenhado a Desconhecida da Caledonia, e em Setembro de 2014, quando viu a nova descrição de Alexander, imediatamente reconheceu que a Alexander e a vítima eram a mesma pessoa. Ele enviou um email ao departamento do xerife do [[Condado de Livingston (Nova Iorque)|Condado de Livingston]] (com cópias enviadas ao administrador regional do NamUs, ao Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC), e ao departamento do xerife do Condado de Hernando) para falar-lhes da semelhança. Em Janeiro de 2015 o Condado de Monroe viu que o [[DNA mitocondrial|ADN mitocondrial]] do corpo coincidia com a de Dyson. Uma semana depois o xerife do Condado de Lvivingston, Thomas Dougherty, anunciou numa [[Coletiva de imprensa|conferência de imprensa]] que o corpo tinha sido identificado depois de 35 anos.<ref name="dem"><cite class="citation news" contenteditable="false">[http://www.democratandchronicle.com/story/news/2015/01/26/jane-doe-caledonia/22342077/ "Police ID 'Jane Doe' found in Livingston Co. cornfield in 1979"]. 26 January 2015<span class="reference-accessdate">. </span></cite></ref><ref><cite class="citation news" contenteditable="false">Ingles, Jacqueline (26 January 2015). </cite></ref>
Linha 64:
=== Recordações da irmã ===
A meia irmã de Tammy, Pamela Dyson, acredita que Tammy vivia num ambiente turbulento em casa,
Tammy, que era empregada de mesa numa área de serviço, tinha histórico de fugas. Uma mulher que era amiga de Tammy quando ambas eram adolescentes disse que as duas tinham viajado uma vez por toda a Califórnia juntas, à boleia de camionistas. Os amigos dos pais pagaram depois pelos bilhetes de avião de regresso, disse Dyson.<ref name="sister"><cite class="citation news" contenteditable="false">Craig, Gary (January 30, 2015). </cite></ref>
Até à descoberta de que "Cali" era Tammy Jo Alexander, Dyson viveu a acreditar que a sua irmã tinha fugido de casa e tinha feito uma nova vida algures com um marido e filhos. Ela imaginava Tammy Jo numa casa serena e com amor, um oposto doméstico da sua vida de jovem. "Eu pensava que ela apenas se queria ir embora e começar de novo", disse Dyson.<ref name="lcn" /> Dyson também apressou membros da família de pessoas desaparecidas a inserirem os familiares no [[National Missing and Unidentified Persons System|Sistema Nacional de Pessoas Desaparecidas e Não Identificadas]], porque tal acção ajudou à identificação de Alexander.<ref name="sister"><cite class="citation news" contenteditable="false">Craig, Gary (January 30, 2015). </cite></ref><ref><cite class="citation news" contenteditable="false">[http://www.whec.com/news/stories/S3825791.shtml?cat=565 "Tammy Jo Alexander's family thanks community 30 years later"]. </cite></ref>
==
Falando da identificação de Alexander, o polícia York, que se retirou 2 anos antes, disse, "Nós sabíamos que este dia havia de chegar". Ele refere-se ao evento como "agri-doce". Dougherty, o seu sucessor, disse que a investigação ia agora focar-se em encontrar quem matou Alexander. "Nós sempre dissemos que uma das maiores partes de resolver um caso é conhecer a vítima", disse Dougherty à imprensa. "Este caso é quente... Vamos trabalhar mais nele do que nunca". York disse mais tarde que mais de 10,000 pistas foram entretanto investigadas no caso.<ref name="teen"><sup>'''''Postmortem photo at link'''''</sup><cite class="citation news" contenteditable="false">Ingles, Jacqueline (26 January 2015). </cite></ref><ref><cite class="citation news" contenteditable="false">Rudd, Nicki (10 June 2015). </cite></ref>
O FBI também colocou vários cartazes pelo país numa tentativa de
Três pessoas de interesse foram identificadas por ADN obtido da roupa de Alexander. Os oficiais planearam "aprender mais" sobre os homens que tiveram contacto prévio com a vítima antes da sua morte.<ref name="three"><cite class="citation news" contenteditable="false">Flasch, Jane (27 January 2016). </cite></ref>
== Ver também ==
* [[Assassinato de
* [[
* [[
== Referências ==
Linha 109:
<ref name=bryantjones-2006>{{citar periódico|último =Bryant|primeiro =Vaughn M.|último2 =Jones|primeiro2 =Gretchen D.|título=Forensic palynology: Current status of a rarely used technique in the United States of America|periódico=Forensic Science International|data=28 de fevereiro de 2006|volume=163|páginas=183–197|doi=10.1016/j.forsciint.2005.11.021|url=http://anthropologyworldnews.tamu.edu/faculty/bryant/publications/Bryant-Jones-2006-Forensic-Palynology-Current-status-in-US.pdf|acessodata=27 de fevereiro de 2014|publicado=Elsevier Ireland}}</ref>}}
==
* {{Find a Grave|23492901|Tammy Jo Alexander}}
* {{Youtube|zQ0UqH-a1Nk|Memorial service (June 10, 2015)}}
Linha 117:
[[Categoria:Pessoas assassinadas nos Estados Unidos]]
[[Categoria:Pessoas desaparecidas encontradas mortas]]
[[Categoria:1979 nos Estados Unidos]]
|