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Ela produz um som [[melodia|melodioso]]. Como todo instrumento musical, para ser tocada, é necessário estudo de suas [[técnica]]s. É o mais antigo dos instrumentos da família de tubo interno. Consiste em um tubo, com furos para sete dedos e um furo para o dedo polegar, que serve como chave de oitava. Talvez a ilustração mais antiga de flauta doce seja "O Escárnio de Jesus" (posterior a 1315), um [[afresco]] da Igreja de Staro Nagoricvino na [[República da Macedônia]]. Existem várias ilustrações de tubos parecidos que podem ou não serem flautas que antecedem este exemplar.
 
== As HistóriasHistória ==
O instrumento sobrevivente mais antigo e completo é a chamada flauta doce de Dordrecht, de meados do século XIII. Essa "flauta doce medieval" é caracterizada obviamente por seu corpo estreito e cilíndrico (o curso largo do tubo interno no meio do instrumento é responsável pela afinação e resposta sonora). A segunda flauta doce medieval mais ou menos completa, datando do século XIV, é de [[Göttingen]] (norte da [[Alemanha]]), onde foi achada numa [[latrina]] na Weender Straßer, número 26, em 1987. A "flauta doce de Göttingen" faz parte da coleção do Stadtarchäologie Göttingen.
 
No [[século XV]], a flauta doce se desenvolveu e passou a ser chamada "flauta da [[renascença]]", alcançando seu apogeu em meados do [[século XVI]].
 
Durante o [[século XVII]], foi mais usada como instrumento solo. Antes, era composta de uma ou duas peças. Neste século, ela já era formada por três peças. Sua feição permitia produzir som com mais intensidade e com mais possibilidade de expressão. Muitas dessas formas ainda existem nos dias de hoje em condições de uso. Assim, a flauta doce foi sendo utilizada até se tornar um instrumento profissional no século XVIII, mas foi colocada como instrumento amador no século XIX, até que foi sendo quase que substituída pela [[flauta transversal]].A partirEm contrapartida, do momento em que os colonizadores europeus perceberam que os [[Povos ameríndios|índios]] utilizavam uma cana como instrumento que era assemelhada à flauta doce. A presença de flautas doces na [[América do Norte]] foi documentada já em 1633 quando um [[inventário]] de uma plantação em [[New Hampshire]] listou 15 flautas doces, e um inventário semelhante feito em outra propriedade de [[New Hampshire]] informou a presença de 26 flautas doces.<ref>Música 1983; Pichierri 1960: 14</ref>
 
Depois do surgimento da [[orquestra]] clássica, os compositores procuravam instrumentos com maiores recursos dinâmicos. Assim começa o declínio da flauta doce perante a [[flauta transversal]]. Por volta de 1750, a flauta doce praticamente desaparecera do repertório de qualquer compositor. Assim, a flauta doce ficou presente apenas na história dos instrumentos musicais. Somente no final do [[século XIX]] é que alguns músicos começaram a ter contato com este instrumento novamente, através de pesquisa de músicas antigas e através de literaturas musicais existentes em [[museu]]s. Entre os envolvidos no ressurgimento da flauta doce, estão [[Cristopher Welch]] (1832-1915) e [[Canon Francis Galpin]]. Galpin, além de estudar este instrumento, ensinou sua família a tocá-lo. Mas foi o inglês [[Arnold Dolmetsch]] (1858-1940) que concluiu que a flauta doce só renasceria se sua reconstrução recebesse o mesmo tratamento dos demais instrumentos. O fruto de suas pesquisas lhe permitiu construir um quarteto de flautas e tocá-las com sua família em um concerto histórico no Festival Haslemere em 1926. Seu filho Carl se tornou um [[virtuoso]] no instrumento e elevou-o a um nível de alta interpretação. Esse conjunto de flautas feito por Arnold Dolmetsch foi copiado e produzido em série na Alemanha, onde se tornou muito popular.
 
Tubos de [[bambu]] foram introduzidos em escolas dos [[Estados Unidos]] nos [[anos 1920]] e depois nas escolas da [[Grã-Bretanha]], quando Hilda King, diretora de uma escola em Londres, começou a ensinar seus alunos em 1926. O "Grêmio de Flautistas de Bambu", fundado por Margaret James em 1932, foi patrocinado por Louise Hanson-Dyer na França, onde ela pôde promover compositores como [[Georges Auric]], [[Jacques Ibert]], [[Milhaud]], [[Albert Roussel]], [[Poulenc]], [[Arthur Benjamin]] da [[Austrália]] e [[Margaret Sutherland]], para escrever para este meio.
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Hoje em dia, as flautas doces fabricadas possuem um som mais suave do que as flautas do século XVIII nas quais elas são baseadas. No entanto, estas flautas doces neobarrocas permanecem como instrumentos para [[Solo (música)|solo]].
 
Temos, também, hoje, a produção em série de flautas de [[resina]] a partir de cópias de originais como, por exemplo, as japonesas [[Yamaha]], AulusAulos e Zen-on, além de uma série de edições modernas [[Cópia|facsímiles]] de edições antigas e de [[manuscrito]]s editados na Europa.
 
==Repertório==