Restauração (Inglaterra): diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Charles II of England.jpeg|miniaturadaimagem|[[Carlos II de Inglaterra|Carlos II]] da [[Reino da Inglaterra|Inglaterra]] - Peter Lely: Collection of Euston Hall, Suffolk.|402x402px]]
A '''Restauração''' da [[monarquia]] [[Inglaterra|inglesa]] teve seu início em 1660 quando as monarquias [[Monarquia inglesa|inglesa]], [[Monarquia escocesa|escocesa]] e [[Monarquia irlandesa|irlandesa]] foram todas restauradas sob o domínio de [[Carlos II da Inglaterra|Carlos II]], após o [[interregno]] [[Interregnum (Inglaterra)|interregno inglês]] que se seguiu à [[Guerra Civil Inglesa]].
 
A Restauração da monarquia Stuart nos reinos da Inglaterra, Escócia e Irlanda ocorreu em 1660, quando Carlos, filho mais velho de Carlos I (executado durante a Revolução Inglesa), retornou de seu exílio na França, após receber um convite do Parlamento Inglês para assumir o trono. Antes disso, de 1653 a 1659, a Inglaterra viveu um período que ficou conhecido como Protetorado, com Oliver Cromwell a frente, sendo sucedido por seu filho Richard Cromwell.
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=== Razões ===
HouveramHouve algumas razões principais que desencadearam a Restauração, entre elas: a falta de popularidade, a reforma religiosa, a segmentação de alguns líderes republicanos, a crescente descrença entre os soldados, a ausência de comunicação entre os reformadores, a morte de Cromwell e o “puritanismo” e sua corrupção.<ref>HUTTON, 1986, p. 119</ref>  
 
== Política ==
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A desconfiança por parte dos parlamentares e da nobreza veio, também, por conta de algumas de suas decisões, como a escolha de ministros e comandantes de exército católicos, o constante fechamento do Parlamento, a submissão fiscal à França e seu pensamento mais alinhado à liberdade religiosa. A principal delas, entretanto, foi a alegação de que seu irmão Jaime, sucessor ao trono, era católico. Esse foi o fato de maior tensão de seu governo. Em 1678, então, o aventureiro [[Titus Oates]] delatou um possível [[complô papista]] para assassinar o rei, promovendo a invasão francesa na Irlanda e resultando em um verdadeiro massacre de protestantes.<ref name=":6" />
 
A revelação culminou em uma enorme crise no governo, quando se buscou a execução de Jaime, para impedir a ascensão de um rei comprovadamente católico ao poder. Dois partidos se formaram em meio à crise, os ''Wings'' a favor da execução e os ''Tories'', partido que reunia a pequena nobreza e aristocratas ingleses. Carlos II se alinha aos “''Tories''” contra a execução de seu irmão.<ref name=":10">HILL, 1980, p. 250</ref> Esse partido se beneficiou devido às concessões do rei e seu monopólio de administração local foi tão completo que, anos mais tarde, seu irmão Jaime II sofreu para conseguir o reverter.<ref>HILL, 1980, p. 249</ref>
 
O monarca fecha novamente o Parlamento em meio à crise em 1681, e não o convoca novamente até a sua morte em 1685. Em seu leito de morte, Carlos II admitiu ser católico, o que aponta para a possível tendência política do monarca inglês.<ref>HILL, 1980, p. 248</ref> No entanto, também comprova sua habilidade como articulador político, que conseguiu contornar crises e se manter no poder, mesmo que por alianças duvidosas e muitos retrocessos, além de garantir a continuação de sua dinastia, quando seu irmão Jaime assumisse o trono como Jaime II da Inglaterra e Irlanda e VII da Escócia em 1685.