Cacilda Becker: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Corrigi erros de ortografia.
Linha 8:
| outro_nome =
| data_nascimento = {{dni|6|4|1921|si}}
| localidaden = [[Pirassununga]], [[São Paulo (estado)|SPSão Paulo]]
| data_falecimento = {{morte|14|6|1969|6|4|1921}}
| localidadef = [[São Paulo]], (cidade)|São Paulo]], SP
| nacionalidade = {{BRAn|a}}
| altura =
| cônjuge = [[Tito Fleury]] (1947-1952), [[Walmor Chagas]]
| papéis_notáveis =
| oscares_academia =
Linha 28:
 
== Biografia ==
FilhaNeta dode [[imigração italiana no Brasil|imigranteimigrantes italianos]] pela parte paterna e de [[Itáliaimigração alemã no Brasil|italianoalemães]] Edmondopela Iaconismaterna<ref>{{Citar eweb de|url=http://esguianet.com.br/cleyde-yaconis-a-infancia-pobre-da-grande-atriz/ Alzira|titulo=Cleyde Yáconis: a infância pobre da grande atriz |acessodata=2013-10-05 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131014150946/http://esguianet.com.br/cleyde-yaconis-a-infancia-pobre-da-grande-atriz/ |arquivodata=2013-10-14 |urlmorta=yes Becker}}</ref>, Cacilda tinha apenas nove anos quando seus pais romperam o casamento e sua mãe viu-se obrigada a criar três filhas sozinha, uma delas a também atriz [[Cleyde Yáconis]]. Por este motivo, fixaram-se na cidade de [[Santos]], onde Cacilda, ainda jovem, frequentou os círculos boêmios e mais vanguardistas, já que, por ser filha de pais pobres e separados, não podia estabelecer amizade com pessoas da alta sociedade. Mesmo assim, Cacilda conseguiu fazer os estudos de balé, sua primeira vocação artística. Antes do teatro, um diploma de professora e, em São Paulo, o emprego de escriturária numa firma de seguros<ref name="Folha"></ref>.
 
Aos 20vinte anos, vai para o [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] disposta a iniciar a carreira de [[atriz]]. Em [[1941]], na companhia de [[Raul Roulien]], Cacilda Becker começa a afirmar-se na carreira de atriz; com Raul e [[Laura Suarez]], ela interpreta em "Trio em Lá Menor", de [[Raimundo Magalhães Júnior]]. Antes disso, ainda fez parte do elenco do "Teatro do Estudante", participando da montagem teatral de [[Hamlet]], dirigida por [[Paschoal Carlos Magno]]<ref name="Folha"></ref>.
Filha do [[imigração|imigrante]] [[Itália|italiano]] Edmondo Iaconis e de Alzira Becker, Cacilda tinha apenas nove anos quando seus pais romperam o casamento e sua mãe viu-se obrigada a criar três filhas sozinha, uma delas a também atriz [[Cleyde Yáconis]]. Por este motivo, fixaram-se na cidade de [[Santos]], onde Cacilda, ainda jovem, frequentou os círculos boêmios e mais vanguardistas, já que, por ser filha de pais pobres e separados, não podia estabelecer amizade com pessoas da alta sociedade. Mesmo assim, Cacilda conseguiu fazer os estudos de balé, sua primeira vocação artística. Antes do teatro, um diploma de professora e, em São Paulo, o emprego de escriturária numa firma de seguros<ref name="Folha"></ref>.
 
Aos 20 anos, vai para o [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]] disposta a iniciar a carreira de [[atriz]]. Em [[1941]], na companhia de [[Raul Roulien]], Cacilda Becker começa a afirmar-se na carreira de atriz; com Raul e [[Laura Suarez]], ela interpreta em "Trio em Lá Menor", de [[Raimundo Magalhães Júnior]]. Antes disso, ainda fez parte do elenco do "Teatro do Estudante", participando da montagem teatral de [[Hamlet]], dirigida por [[Paschoal Carlos Magno]]<ref name="Folha"></ref>.
 
Regressa a São Paulo em [[1943]], onde faz [[rádio-teatro]] e integra-se no ''Grupo Universitário de Teatro'' (GUT), fundado por [[Décio de Almeida Prado]]. No GUT, participa de três montagens: "Auto da Barca do Inferno", de [[Gil Vicente]]; "Irmãos das Almas", de [[Martins Pena]] e "Pequeno Serviço em Casa de Casal", de [[Mário Neme]].<ref name="Folha"></ref>. Volta ao Rio para trabalhar com "Os Comediantes", grupo responsável por uma verdadeira revolução no panorama teatral brasileiro; com eles e dirigida por [[Zbigniew Ziembinski]] (que a conhecia desde 1943), participa da remontagem da peça escrita por [[Nelson Rodrigues]] "O Vestido de Noiva", em [[1946]], no papel de Lúcia, ao lado de [[Olga Navarro]] e [[Maria Della Costa]]<ref name="Folha"></ref>.
[[File:Cacilda Becker em “Em moeda corrente do país”.tif|thumb|180px|esquerda|Cacilda Becker em "Em moeda corrente do país".]]
Novamente em São Paulo, já em 1948, no teatro paulista, a então atriz amadora se profissionalizou. Cacilda leciona interpretação na [[Escola de Arte Dramática de São Paulo]] e entra para o [[Teatro Brasileiro de Comédia]] como a primeira atriz contratada em caráter profissional<ref name="Folha"></ref>. Isto foi possível pois [[Nydia Lícia]] recusou um papel na peça "Mulher do Próximo", de [[Abílio Pereira de Almeida]], produzida pelo TBC, para não ter que beijar nem dizer "amante" em cena, pois isto podia lhe custar o emprego numa importante loja. Cacilda, que a substituiu, exigiu ser contratada como profissional, acabando com o velho preconceito de que artista sério deveria ser diletante. Participante do ''TBC'', Cacilda viu o [[industrial]] [[Franco Zampari]] contratar Ziembinski para ser ator e diretor da companhia teatral. Zampari imprimiu novo ritmo à companhia, realizando de quatro a cinco montagens por ano e contratando diretores estrangeiros que contribuíram decisivamente para a elevação do nível técnico e artístico do teatro paulista<ref name="Folha"></ref>. Atuando em quase todas montagens dessa época, Cacilda Becker esteve em "Nick Bar", de [[William Saroyan]], em "Antígona", textos de [[Sófocles]] e de [[Jean Anouilh]], em "Dama das Camélias", de [[Alexandre Dumas]], e em "Gata em Teto de Zinco Quente", de [[Tennessee Williams]]<ref name="Folha"></ref>.
 
O Teatro Brasileiro de Comédia entrou em declínio a partir de [[1955]], quando os diretores italianos regressaram à Europa, enquanto os atores mais famosos fundavam suas próprias companhias teatrais. A partir disto, Cacilda e [[Walmor Chagas]] alugaram o teatro da [[Federação Paulista de Futebol]] e inauguraram o Teatro Cacilda Becker naquele espaço; e junto com Ziembinski e sua irmã Cleyde Yáconis - que também iniciara carreira no TBC e firmava-se como atriz - estrearam com "O Santo e a Porca", de [[Ariano Suassuna]]<ref name="Folha"></ref>. Ali, também encenaria o texto de [[Edward Albee]], "Quem tem medo de Virginia Woolf?", considerada uma das melhores interpretações da carreira de Cacilda Backer<ref name="Folha"></ref>.
Linha 45 ⟶ 44:
Em 30 anos de carreira, Cacilda encenou 68 peças, no Rio de Janeiro e em São Paulo; fez três filmes ([[Luz dos Meus Olhos]] em 1947, [[Caiçara (filme)|Caiçara]], em 1950 e [[Floradas na Serra (filme)|Floradas na Serra]], em 1954); e uma telenovela ([[Ciúmes (telenovela)|Ciúmes]], em 1966), na [[Rede Tupi|TV Tupi]]; além de outras participações em teleteatros na televisão.
 
Foi casada em primeira núpcias com o [[jornalista]] [[Tito Fleury]]. Quando faleceu, estava separada de seu último marido, o ator Walmor Chagas. Deixou a mãe Alzira Yaconis Becker (seu pai EdmundoEdmondo RadamésRadames BeckerIaconis já era falecido), o filho Luís Carlos, do primeiro matrimônio, e as irmãs Dirce e Cleide Yáconis, esta também conhecida atriz de teatro. Deixou, ainda, uma filha adotiva, Maria Clara.<ref name="Folha"></ref>
 
==Homenagens==
Linha 119 ⟶ 118:
{{Controle de autoridade}}
 
 
[[Categoria:Brasileiros de ascendência italiana]]
[[Categoria:Naturais de Pirassununga]]
[[Categoria:Atores de São Paulo]]
[[Categoria:Mortes por acidente vascular cerebral]]
[[Categoria:Brasileiros de ascendência italiana]]
[[Categoria:Brasileiros de ascendência alemã]]