Washington Luís: diferenças entre revisões

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A subdivisão sobre a gripe espanhola
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=== Secretário de Justiça e Segurança Pública ===
Deixou o cargo de deputado estadual para assumir, em 13 de março de 1906, a Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública, onde permaneceu até 1 de maio de 1912.<ref name="UOL - Educação"/>.
 
A secretaria de Justiça, reorganizada pela [[lei]] nº 1.006 de 17 de dezembro de 1906, foi reformada passando a cuidar também da segurança pública, tendo seu comando centralizado nas mãos de Washington Luís, abrangendo a "polícia de carreira", a chamada hoje, Polícia Civil, criada pouco antes, em dezembro de 1905, e a Força Pública paulista, atual [[Polícia Militar do Estado de São Paulo]].
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Em 1910, apoiou a [[Campanha Civilista]] de [[Rui Barbosa]]. Incentivou a criação do Automóvel Clube de São Paulo do qual foi seu vice-presidente. Percorreu as estradas paulistas, traçando os primeiros projetos para a melhoria de suas [[rodovia]]s e implantação de um plano rodoviário estadual.
 
Seu maior desafio nesta secretaria foram os contínuos ataques dos [[índios]] aos [[trabalhador]]es da estrada de ferro [[Noroeste do Brasil]] e aos pioneiros do oeste [[paulista]]. Outro grande desafio foi a [[greve]] dos [[soldado]]s da Força Pública, atual [[Polícia Militar do Estado de São Paulo]], na onda de greves de 1907, tendo decidido ir pessoalmente ao [[Quartel]] da [[Luz]] e convencido os soldados a encerrá-la.<ref name="Algo Sobre"/>. Conseguiu manter a ordem pública durante a disputada campanha eleitoral de 1910 entre [[Rui Barbosa]] e [[Hermes da Fonseca]].
 
Sua diretriz administrativa como secretário de Justiça e Segurança foi:
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=== Deputado estadual em 1912-1913 ===
Foi novamente eleito deputado estadual para o mandato de 1912 a 1913, quando defendeu que presos com boa conduta deveriam ter redução da [[pena]] e que deveria se utilizar presidiários na construção de estradas.<ref name="Algo Sobre"/>. Conseguiu também como deputado estadual a aprovação da lei estadual nº 1.406 de 1913, que estabelecia o regime penitenciário do estado de São Paulo e regulamentava a utilização de presos na construção de rodovias, sendo que uma das principais obras viárias a utilizar presidiários foi a [[Estrada Velha de Campinas]], iniciada em 1916.
 
Essa lei, no seu artigo 16, estabelecia que o governo paulista estabelecer sistema de viação pública e as características das rodovias paulistas, o que foi feito, pelo decreto estadual 2.585 de 15 de julho de 1915. O governador [[Lucas Nogueira Garcez]] entendia que a lei 1.406 podia ser vista como a "''gênese da moderna legislação rodoviária brasileira''".<ref>GARCEZ, Lucas Nogueira, ''Governar é abrir estradas'' - ''Washington Luís, Homenagem do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo'', Gráfica Canton Ltda, 1969</ref>
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==== A gripe espanhola de 1918 ====
Durante a [[epidemia]] de [[gripe espanhola]], o esforço de Washington Luís foi, principalmente, o de garantir o abastecimento de comida, intensificar o serviço de limpeza e manter funcionamento dos cemitérios. Em seis semanas, a doença atingiu 116. 777 paulistanos (22,32% dos habitantes da capital) e o número de mortos chegou a 5. 214 (1%). Apesar do volume de vítimas, ele defendeu a atuação da prefeitura no relatório final do ano, comparando a gripe espanhola à [[Peste Negra|peste negra]] que assolou a [[Europa]] na [[Idade Média]].
 
=== No governo do estado de São Paulo ===
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Em 18 de dezembro de 1926, instituiu a reforma econômica, financeira, monetária e cambial no Brasil, através do decreto nº 5.108, sendo, naquele momento, seu ministro da fazenda, [[Getúlio Vargas]].
 
Criou o [[Conselho de Defesa Nacional]], em 1927, constituído pelo presidente da República e pelos ministros de estado, com a tarefa de “coordenar a produção de conhecimentos sobre questões de ordem financeira, econômica, bélica e moral, referentes à defesa da Pátria”.<ref name="InfoEscola"/>. Este conselho foi o [[embrião]] dos [[Órgão público|órgãos]] de [[inteligência]] e de [[segurança nacional]] do Brasil.
 
Pelo decreto nº 5.141, de 5 de janeiro de 1927 é criado o Fundo Especial para Construção e Conservação de Estradas de Rodagens Federais, para financiar o desenvolvimento rodoviário do Brasil.
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Uma de suas realizações foi a [[rodovia]] Rio-Petrópolis que, inaugurada em 1928, mais tarde receberia seu nome, pertencente a [[BR-040]], primeira rodovia asfaltada do Brasil e considerada na época como uma grande obra da [[engenharia civil]] brasileira; um marco (muitos populares pensavam que as obras foram realizadas por norte-americanos ou outros estrangeiros).<ref name="Brasil Escola"/>
 
Terminou a Rodovia São Paulo-Rio (que ainda existe em alguns trechos chamados de [[SP-62]], [[SP-64]], [[SP-66]] e [[SP-68]], no estado de São Paulo), iniciada no seu mandato como governador do estado de São Paulo, inaugurando-a em 5 de maio de 1928.<ref name="InfoEscola"/>. Obra de dificílima realização. Foi a primeira rodovia a ligar São Paulo ao Rio de Janeiro e única ligação entre São Paulo e Rio de Janeiro até a inauguração da [[Rodovia Presidente Dutra]] em 1950.<ref name="InfoEscola"/>
 
A viagem de [[automóvel]] entre São Paulo e Rio de Janeiro passou a ter uma duração de 14 horas, contra 33 dias de duração em 1908, quando o [[Conde]] Lesdain fez a primeira viagem (na época chamada de [[raide]]) entre São Paulo e Rio de Janeiro.<ref name="OUL - Educação02"/>