Ernesto II, Duque de Saxe-Coburgo-Gota: diferenças entre revisões

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Durante a agitação política de 1848 na Alemanha, Alberto criou o seu próprio plano de reforma liberal, segundo o qual deveria haver um único monarca, chanceler e parlamento que unissem todos os estados da Alemanha; além disso, cada estado deveria preservar a sua dinastia.<ref name=":4" /> Uma vez que o plano também incluia o seu irmão, Ernesto recebeu uma cópia na esperança de o inspirar a criar a sua própria constituição liberal. Em consequência, Ernesto garantiu algumas conceções, mas a sua posição continuou firme, apesar de ter cada vez mais problemas com as suas dívidas. Foi escrita e promulgada uma constituição em 1849 em Gota<ref>{{Citar web|titulo=Ernest II {{!}} Facts, Biography, Victoria, & Albert|url=https://www.britannica.com/biography/Ernest-II|obra=Encyclopedia Britannica|acessodata=2019-07-08|lingua=en}}</ref>, apesar de já existir uma em Coburgo desde 1821. Em 1852, ambas as constituições foram unidas numa, o que transformou a sua união pessoal nos dois ducados numa união real. Os dois ducados tornaram-se assim inseparáveis, com um conjunto de instituições comuns. Durante a turbulência política, as conceções esporádicas e o hábito de Ernesto de se juntar "ao seu povo nos seus prazeres" foram fundamentais para o impedir de perder o trono.<ref>Coit Gilman et al, p. 841.</ref> Além disso, várias fontes da época afirmam que Ernesto eram um governante hábil, justo e muito popular, o que também pode ter ajudado a mantê-lo no poder.<ref>Baillie-Grohman, p. 60 and Kenning, pp. 204-05.</ref>
 
=== Guerras de Schleswig-Holstein ===
{{referências|col=2}}
Entre 1848 e 1964, a Dinamarca e a [[Confederação Alemã]] combaterem pelo controlo dos dois ducados de [[Schleswig]] e [[Holsácia|Holstein]]. Históricamente, os ducados tinham sido governados pela Dinamarca desde a Idade Média, mas eram habitados, na sua maioria, por uma população alemã. Essa maioria revoltou-se quando o rei [[Frederico VII da Dinamarca]] anunciou a 27 de Março de 1848 que os ducados passariam a ser integrados completamente na Dinamarca ao abrigo da sua nova constituição liberal. A Prússia envolveu-se na disputa pouco tempo depois, dando apoio à revolta, o que levou ao início da [[Primeira Guerra do Schleswig|Primeira Guerra de Schleswig]]. Inicialmente, Ernesto enviou 8.000 homens, aumentando o exército enviado pela Confederação Alemã. Além disso, queria um posto militar durante a guerra, mas o seu pedido foi recusado, uma vez que era "''extramemente difícil oferecer-me um posto no exército de Schleswig-Holstein que correspondesse ao meu estatuto'',", segundo as memórias do próprio.<ref>Saxe-Coburg and Gotha, Volume 1, p. 48. </ref> Ernesto aceitou um posto de comando mais pequeno, tendo liderado o contingente da [[Turíngia]]. Numa carta dirigida ao irmão, Ernesto comentou que "''devia ter recusado outro posto de comando deste género, mas não consegui recusar este uma vez, tendo em conta o estado actual dos nossos estados, é importante mantermos o poder executivo nas nossas mãos''."<ref>Saxe-Coburg and Gotha, Volume 1, p. 50.</ref> Como comandante das tropas alemãs, Ernesto foi essencial para vencer a batalha de [[Eckernförde]] contra as forças dinamarquesas a 5 de Abril de 1849, tendo capturada duas fragatas.<ref>Coit Gilman et al, p. 841 and Alden, Berry, Bogart et al, p. 481.</ref> Foi também nesta altura que Ernesto se interessou pelo Parlamento de Frankfurt e poderá ter acalentado a esperança de ser eleito Imperador da Alemanha, mas acabou por apoiar o rei [[Frederico Guilherme IV da Prússia|Frederico da Prússia]] a aceitar essa posição, apesar de não ter tido sucesso. Ernesto também propôs a realização de uma conferência de príncipes alemães em Berlim em 1850, uma vez que estas ocasiões lhe davam a influência política que ele desejava.<ref name=":0" /> {{referências|col=2}}
{{commons|Ernst II, Duke of Saxe-Coburg and Gotha}}
{{Príncipes de Saxe-Coburgo-Gota}}