Norma Sueli: diferenças entre revisões

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No programa de Murce, um concurso de canto lírico que tinha o compositor erudito Cláudio Santoro como presidente do júri, lhe concedeu como prêmio ao primeiro lugar conquistado, uma bolsa de estudos no Conservatório de Santa Cecília, na Itália Em 1953, afivelou as malas e seguiu viagem sozinha. Seu aproveitamento no curso foi de Excelência, a ponto de ser espontaneamente recomendada pelos professores do Conservatório para a renovação da bolsa por mais um ano. Durante sua estada em Roma, excursionou e apresentou-se em espetáculos ao lado de grandes nomes do cinema, como Silvana Pampanini, Renato Rascel, Eleonora Rossi Drago e outros.
 
De volta ao Brasil, assinou contrato com a Rádio Nacional, onde permaneceu contratada até 1967. Soltando seus trinados em trechos de óperas no famoso auditório, era aplaudida de pé, constantemente escalada para os populares programas de Manoel Barcelos, César de Alencar e Paulo Gracindo. Sua participação em '''“Festivais GE”''', acompanhada por orquestra sob regência de Lirio Panicalli, cantando '''“Alelluiah”''' de Mozart, empolgou não só a platéiaplateia, mas tambémos músicos que levantaram-se para aplaudi-la no final da apresentação.
 
Em 1957 recebeu convite da Polydor para gravar música popular, sonho que acalentava e o mercado lhe acenava. Gravou '''“Fascinação”''', '''“Se Todos Fossem Iguais a Você”''', '''“Olhe-me, Diga-me”''' e '''“Odeio-te, meu Amor”''' em compacto-duplo. Saiu-se muito bem como cantora romântica, e passou a gravar mpb sem abandonar o canto lírico.
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Paralelo à vida artística, em 1958, fez concurso para o Instituto Brasileiro do Café (IBC), onde foi admitida como escrituraria. Logo estava na seção de relações públicas ao lado de jornalistas, o que a levou fazer curso de jornalismo, tornando-se redatora, e subindo para nível universitário com vencimentos.
 
A carreira como cantora prosseguiu com prestígio e popularidade , até que em 1965, estimulada pelo amigo Walter Mattesco, fez teste para o musical americano '''“Música, Divina Música”''', versão teatral de '''“A Noviça Rebelde”''', que o produtor Oscar Ornstein apresentou no Teatro Carlos Gomes. Foi aprovada como substituta da protagonista, deixando surpresos os americanos com seu alcance vocal. A atriz começava assim a despontar. Aceitou o convite para trabalhar no musical '''“Os Fantastikos”''' que o diretor Antonio de Cabo começava a montar no pequeno Teatro Carioca do Flamengo. Perto da estréiaestreia, recebeu um telefonema de Ornenstein para que assumisse o papel de Maria em '''“Música, Divina Música” '''imediatamente. Assim, protagonizou dois espetáculos em uma mesma temporada, já que em '''“Os Fantastikos”'''alternava com Suely Franco a personagem feminina principal.
 
A guinada que esse fato causou em sua vida profissional foi avassaladora.
 
Atuava como cantora e atriz, especialmente de musicais, com brilho e ascensão. A cantora foi parar nas paradas de sucesso com a versão de '''“Juanita Banana”''', ao lado do cantor Kleber, uma idéiaideia do grande amigo Abelardo Barbosa, o Chacrinha. Gravou os LPs '''“A Voz e o Violão”''' ao lado de Luiz Bonfá e '''“Festival San-Remo 65”''', com as célebres canções do festival.
 
'''''[http://memorialnormasuely.com.br/cantora.php (ouça os discos em A Cantora)]'''''
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Na televisão ganhou papel escrito especialmente por Gilberto Braga: a cantora de sarau Norma Santiago na novela '''“Senhora”''' da TV Globo, onde cantava a mesma modinha '''“Quem Sabe”''' de Carlos Gomes, dos primeiros tempos. Seguiram-se '''“Nina”''', também na Globo e '''“Helena”''' na TV Manchete.
 
SempreávidaSempre ávida por se reciclar e antenada com tudo à sua volta, voltou a estudar, fazendo Faculdade de Filosofia na UFRJ, e formando-se em 1982.
'''''[http://memorialnormasuely.com.br/atriz.php (leia mais em A Atriz)]'''''
 
Dedicada à família durante toda a vida, viveu cercada da tia, Ilka Drummond, irmãos, sobrinhos e primos, demonstrando a mais pura solidariedade e companheirismo. Residindo com a mãe em seu apartamento no Lido, Copacabana, apartamento esse que comprou pela Caixa Econômica, pagando anos a fio até quitá-lo, sofreu a perda de D. Esther no final de 1969, acometida de doença incurável. Muito abalada, afastou-se das atividades profissionais por um ano, até voltar ao teatro em '''“Tem Banana na Banda”''', a convite do amigo Nestor Montemar.
Sempreávida por se reciclar e antenada com tudo à sua volta, voltou a estudar, fazendo Faculdade de Filosofia na UFRJ, e formando-se em 1982.
 
Dedicada à família durante toda vida, viveu cercada da tia, Ilka Drummond, irmãos, sobrinhos e primos, demonstrando a mais pura solidariedade e companheirismo. Residindo com a mãe em seu apartamento no Lido, Copacabana, apartamento esse que comprou pela Caixa Econômica, pagando anos a fio até quitá-lo, sofreu a perda de D. Esther no final de 1969, acometida de doença incurável. Muito abalada, afastou-se das atividades profissionais por um ano, até voltar ao teatro em '''“Tem Banana na Banda”''', a convite do amigo Nestor Montemar.
 
Da vida sentimental, foi noiva do italiano Eufêmio Maurizio del Buono enquanto estudou no período de dois anos no Conservatório de Santa Cecília. Mas a relação não resistiu o aeroporto. No inicio de 1969 conheceu o comerciante Natal Luiz Prosdocimi nas cercanias da praça do Lido, onde também residia, apresentado pelo amigo André Tambourini. Ao assisti-la cantando '''“Amendoim Torradinho”''' em uma boate no Flamengo, foi impossível para Natal Luiz resistir. Apaixonaram-se e viveram juntos por quase quarenta anos.