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O '''Congo Belga''' ({{lang-fr|Congo Belge}}; em neerlandês: {{Audio|Nl-Belgisch-Kongo.ogg|''Belgisch-Kongo''}}) foi o nome dado a partir de [[15 de novembro]] de [[1908]] ao território administrado pelo [[Reino da Bélgica]] na [[África]]. Nessa data, o [[Estado Livre do Congo]] deixou de ser uma possessão pessoal de [[Leopoldo II da Bélgica|Leopoldo II]],<ref>{{Citar web |url=http://www.yale.edu/gsp/colonial/belgian_congo/ |titulo=Congo Free State, 1885-1908 |acessodata=2014-04-13 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131207042319/http://www.yale.edu/gsp/colonial/belgian_congo/ |arquivodata=2013-12-07 |urlmorta=yes }}</ref> que a ela renunciou formalmente, sob a forte pressão internacional que se seguiu à revelação de um dos regimes coloniais mais infames da história. O Congo foi então anexado como [[História da colonização de África|colônia da Bélgica]], passando a ser conhecido como Congo Belga.<ref>{{citar web|URL=http://www.independent.co.uk/news/world/africa/forever-in-chains-the-tragic-history-of-congo-409586.html|título=Forever in chains: The tragic history of Congo|autor=|data= 24 de novembro de 2013|publicado=[[The Independent]]|acessodata=}}</ref><ref>[http://www.nybooks.com/articles/archives/2005/oct/06/in-the-heart-of-darkness/ In the Heart of Darkness], por Adam Hochschild. ''The New York Review of Books'', 6 de outubro de 2005.</ref>
 
==História==
O Congo Belga existiu até a [[Crise do Congo|independência do Congo]], em [[30 de junho]] de [[1960]], quando o país passou a se chamar [[República do Congo (Léopoldville)]].<ref>{{citar web|URL=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/59224/Belgian-Congo|título=Belgian Congo|autor=|data=|publicado=[[Encyclopædia Britannica]]|acessodata=}}</ref> Essa denominação permaneceu até [[1º de agosto]] de [[1964]], <ref name="loc">[http://lcweb2.loc.gov/cgi-bin/query/r?frd/cstdy:@field(DOCID+zr0146) "Zaire: Post-Independence Political Development"], ''[[Library of Congress]]''</ref><ref>{{citar web |título=Constitution de la République Démocratique du Congo du 1er août 1964 |língua=francês |trans_title=Constitution of the Democratic Republic of the Congo of 1 August 1964 |obra=Global Legal Information Network |url=http://www.glin.gov/view.action?glinID=191255 |ano=1964 |acessodata= |arquivourl=https://archive.is/20120802095049/http://www.glin.gov/view.action?glinID=191255 |arquivodata=2012-08-02 |urlmorta=yes }}</ref> quando foi alterada para [[República Democrática do Congo]] de maneira a se distinguir da vizinha [[República do Congo]] (conhecida como Congo-Brazzaville), o antigo [[Congo francês]].
 
Em [[1971]], durante o governo de [[Mobutu Sese Seko]], o país passou a se chamar [[República do Zaire]]. A partir de [[1997]], após a derrubada de Mobutu, a denominação República Democrática do Congo foi restaurada, permanecendo desde então.
 
==Relações contemporâneas entre o Congo e a Bélgica==
===Pedidos de descolonização do espaço público===
Há muitos monumentos na Bélgica que glorificam o passado colonial belga. A maioria deles datam do período entre guerras, no auge da propaganda patriótica.
 
Tem havido várias propostas para retirar as estátuas do espaço público. Estas exigências de descolonização do espaço público aparecem na Bélgica já em 2004 em [[Ostende]], onde a mão de um dos "congoleses gratos" representados no monumento Leopoldo II é serrada para denunciar as exacções do rei no Congo, e já em 2008 em [[Bruxelas]], onde um activista chamado Théophile de Giraud cobre a estátua equestre de Leopoldo II com tinta vermelha.
 
Estas acções intensificaram-se durante os anos 2010 com a emergência de grupos de acção, a publicação de artigos nos jornais e, finalmente, o caso do busto de "Tempestades Gerais".
 
O clímax é atingido em 2020, na sequência de manifestações contra o racismo e a violência policial na sequência da morte de George Floyd, morto pela polícia em 25 de Maio de 2020 em Minneapolis, nos Estados Unidos. A 4 de Junho de 2020, os partidos maioritários da Região Bruxelas-Capital apresentaram uma resolução que visava a descolonização do espaço público na região de Bruxelas e depois iniciou uma onda de raptos e degradações de estátuas, tais como as estátuas de Leopoldo II na Universidade de Mons, Ekeren, Bruxelas, [[Auderghem]], [[Ixelles]] e [[Arlon]], ou o busto de [[Balduíno da Bélgica|rei Balduíno]] em frente da catedral de Saints Michel e Gudule em Bruxelas.
 
<gallery mode=packed heights="150" caption="Persistência de monumentos coloniais no espaço público>
Monument aux pionniers belges au Congo 07.JPG|<center>Friso « Os belgas no Congo »<br>(Monumento aos pioneiros belgas no Congo, [[Parque do Cinquentenário]], [[Bruxelas]]).</center>
Monument aux pionniers belges au Congo 03.JPG|<center>« A raça negra acolhida pela Bélgica »<br>(Monument to the Belgian pioneers in Congo, Cinquentenário, Bruxelas).</center>
Monument au Général Thys 03.JPG|<center>« O génio belga que guia o Congo »<br>(Monument General Thys, Cinquentenário, Bruxelas).</center>
</gallery>
 
===Lamentos Reais===
A 30 de Junho de 2020, o Rei Filipe expressou o seu pesar pelo reinado de Leopoldo II e depois pela Bélgica no Congo numa carta ao Presidente congolês. Os arrependimentos, porém, não são tão fortes como desculpas.
 
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