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=== Convento de Santa Clara ===
Edificado por ordem do primeiro marquês de Priego, Pedro Fernández de Córdoba, em 1512, e estabelecido nas proximidades do palácio de sua família. A partir de 1525, tornou-se o convento de Santa Clara do ramo feminino da ordem franciscana, criado por María Jesús de Luna, filha do marquês, depois da permissão de sua irmã, Catalina Fernández de Córdoba, herdeira do [[morgado]]. Em 1525, María Jesús de Luna iniciou uma pequena comunidade no convento, formada por oito religiosas e três fiéis. Do mesmo modo, a condessa de Feria, Ana de la Cruz, filha do primeiro duque de [[Arcos de la Frontera]], vestiu o hábito de monja clarissa no convento de Montilla em 1552, sendo guiada e orientada por são João de Ávila. Conta com um portal [[arquitetura gótica|gótico]]-[[plateresco]] e uma porta com [[artesoado]] [[mudéjar]], assim como um [[retábulo]] maior [[churrigueresco]] (século XVIII).
 
Nessas datas, se formou sua igreja, uma formosa mostra do gótico-mudéjar cordovês, que foi atribuído a Hernán Ruiz I. Tem nave e cabeceira quadrada com magníficos artesoados mudéjares. No presbitério, oferece uma disposição oitavada, salvando as esquinas com vieiras encaracoladas.
 
Igualmente magnífico é o portal gótico-renascentista, com evidente relação com o primeiro dos Hernán Ruiz. Entre pináculos, se abre em arco trilobulado com cardina gótica e um complexo rendilhado de arcos cruzados, cuja exuberância lembra o gótico manuelino. A parte de remate se ajusta melhor a um plateresco inicial, como se vê no nicho de santa Clara e em suas pilastras.
 
Esse convento está declarado [[local histórico nacional]]. Seu interior abriga importantes obras de arte. É a joia das igrejas de Montilla, e uma das joias mais importantes do patrimônio conventual andaluz, dos pontos de vista arquitetônico, pictórico e escultórico. A coleção do Menino Jesus, em suas distintas denominações, é uma joia. Dispõe de uma quantidade incomparável de relíquias. O convento conta com pequenos oratórios e capelas profusamente decoradas. O convento possui até um suposto pedaço da cruz de Cristo.
 
As monjas de clausura elaboram magníficos doces que podem ser adquiridos através da roda conventual. Sua fachada externa junto ao arco de Santa Clara é um dos mais belos locais de Montilla.
=== Convento de Santa Ana ===
O convento, de estilo toscano, foi erigido sobre uma antiga mesquita na primeira metade do século XVI. Foi construído em 1594 para franciscanas concepcionistas. A partir de 1630 e até 1645, se realizou a edificação da igreja, que apresenta três naves, com cruzeiro coberto por cúpula com reboco sustentado por colunas toscanas e arcos que separam os três espaços. Destaque para o reboco da cúpula e os pendentes, que possuem evidente parentesco com outros conjuntos de reboco da cidade.
 
O retábulo maior, um dos conjuntos artísticos mais importantes de Montilla, está presidido por uma escultura barroca da [[Imaculada Conceição]], obra de [[Pedro Roldán]], e se completa com outras esculturas. Destaque para o retábulo da esquerda, dedicado a são José, obra de Gaspar Lorenzo de los Cobos. A decoração se remata com outros retábulos menores disseminados pelas laterais, como a Dolorosa, obra de Pedro Duque Cornejo (século XVIII). O exterior é simples, inclusive o portal da igreja, embora o seu campanário seja muito bonito, somente comparável ao de Santa Clara, também do século XVII.
 
O retábulo maior abriga seis imagens de Pedro Roldán de meados do século XVII, e é um dos conjuntos artísticos mais importantes de Montilla.
=== Igreja-oratório de São Luís ===
Hoje em dia, está adjunta a um estabelecimento educativo, porém foi construída pelos marqueses de Priego e duques de Medinaceli em 1655 para celebrar o nascimento de seu primeiro filho varão. O templo é muito simples e característico da arquitetura montillana de então, com reboco com o brasão dos fundadores. Destaque para os detalhes barrocos, retocados posteriormente pelas distintas comunidades religiosas que se encarregaram do centro de ensino ao qual pertence a igreja, os característicos brasões em reboco e a arte das fechaduras, obra de fino artesanato cordovês.
=== Igreja-santuário de Maria Auxiliadora ===
É o templo do colégio [[salesianos|salesiano]] de Montilla, cuja origem remonta a 1899. A construção, de estilo [[neogótico]], começou no verão de 1929 sobre os terrenos do antigo cemitério da Veracruz, junto ao castelo. Conta com ampla nave única, terminada em uma cabeceira poligonal. O retábulo maior é de madeira policromada e dourada, datada de 1927, o mesmo se dando com a Virgem, de 1900. A imagem de Maria Auxiliadora foi coroada canonicamente pelo bispo de Córdova, frei Albino González, em 14 de maio de 1950, na praça da Rosa.
 
No interior, destacam-se os retábulos, a abóboda de cruzeiro e as janelas. O mais interessante, no entanto, é o retábulo de são Francisco Solano, obra dos irmãos Garnelo (1939), que rompe com a linha neogótica do conjunto. Em 1976, o templo foi desmantelado, apesar da oposição do povo montillano, começando a ser usado como salão de múltiplas finalidades, inclusive como local de reunião de partidos políticos durante a [[Transição Espanhola]]. Cinco anos depois, se aceitou a iniciativa popular de recuperação do templo, abrindo-se de novo o culto em 1983, depois de mais de um ano de trabalhos de recuperação de três dos antigos retábulos e outros ornamentos. Em 1988, se construiu o campanário, que também havia sido derrubado.
=== Igreja e convento de Santo Agostinho ===
Fundado em 1520 e situado no campo de Santo Agostinho, a igreja e o convento foram declarados [[Bem de Interesse Cultural (Espanha)|bens de interesse cultural]], pois são raros remanescentes da [[ordem de Santo Agostinho]].
 
== Demografia ==