Luis do Carvalhal: diferenças entre revisões

'''Luis do Carvalhal''' (em espanhol '''Luis de Carabajal y de la Cueva''' ) ( {{circa|1537}} &#x2013; 13 de fevereiro de 1591) foi governador da província de [[Nuevo León|Nova Leão]] no actual [[México]], foi o primeiro europeu a entrar no [[Texas]] vindo do México através do [[Rio Grande (América do Norte)|Rio Grande]] . <ref name="tshaonline.org">"Handbook of Texas Online", Robert S. Weddle, "Carvajal Y De La Cueva, Luis De," accessed 13 August 2016, http://www.tshaonline.org/handbook/online/articles/fcadn</ref>

 

 

Nasceu em [[Mogadouro]], Portugal, por volta de 1537, mas foi criado no [[Benavente (Espanha)|Reino de Leão, Espanha,]] na casa do Conde de Benavente, um amigo de Filipe II, que nomeou Carvalhal governador e concedeu-lhe outros privilégios <ref name=":1">{{Citar periódico |titulo=La Capitulación de Carvajal |ultimo=Temkin |primeiro=Samuel |data=2007 |journal=Revista de Humanidades |paginas=23, 105–39}}</ref> com base em serviços à coroa. <ref name=":2">{{Citar periódico |titulo=Los Meritos y Services de Luis de Carvajal |ultimo=Temkin |primeiro=Samuel |data=2006 |journal=Revista de Humanidades |paginas=21, 47–185}}</ref>

 

Tendo obtido reputação na luta contra os índios, o vice-rei Enríquez de Almanza encarregou-o em 1575 de se juntar ao capitão Francisco de Puga para pacificar uma grande área a norte da Cidade do México, centrada em Xalpa (atual [[Jalpan de Serra]], [[Querétaro (estado)|Queretaro]] ). <ref name=":2">{{Citar periódico |titulo=Los Meritos y Services de Luis de Carvajal |ultimo=Temkin |primeiro=Samuel |data=2006 |journal=Revista de Humanidades |paginas=21, 47–185}}</ref> As tribos indígenas conhecidas coletivamente como [[Chichimecas]] tinham destruído missões católicas na área. Carvalhal, usando mão de obra indígena, construiu um forte e assentou um grande número de índios "pacificados" perto do forte (uma política conhecida como reduções). No entanto, as vitórias que obteve não duraram, pois os índios locais, os Pames, logo retomaram a guerra. Durante este período, Carvalhal manteve negócios no comércio de escravos e [[Dactylopius coccus|cochonilha]] . <ref>Cohen, Martin A. (2001), ''The Martyr Luis de Carvajal'', Albuquerque: University of New Mexico Press, pp. 50-51</ref>

 

Em 1578, após obter o aval do vice-rei, e tendo desejo de receber do rei um cargo oficial importante, regressou a Espanha. Após longas negociações no Conselho das Indias, em 31 de maio de 1579 conseguiu obter o cargo desejado, sendo-lhe atribuído um vasto território que se chamaria ''Nuevo Reino de León''. ☃☃ De sul a norte, esse território se estendia de Tampico até um pouco abaixo da atual Dallas, Tex, com larguraia semelhan,tque e se estendia de leste a oeste.

Entre os privilégios concedidos pelo rei a Carvalhal, estava o de poder recrutar na Espanha até 100 homens, sessenta dos quais deveriam ser casados, para serem os primeiros colonizadores de seu novo reino. Por causa das limitações de tempo, o rei ordenou que a exigência de que cada um apresentasse prova de ser um [[cristão-velho]] fosse dispensada. <ref name=":3">{{Citar periódico |titulo=Luis de Carvajal and his people |ultimo=Temkin |primeiro=Samuel |data=2008 |journal=Association of Jewish Studies Review |paginas=32, 79–100}}</ref> Esta não foi a única vez que o rei fez isso, mas resultou no recrutamento de vários [[Cristão-novo|cristãos-novos]], incluindo a irmã, Francisca do Carvalhal, e sua família, todos os quais mais tarde foram encontrados praticando secretamente o judaísmo e foram queimados pela Inquisição Espanhola na Cidade do México. Carvalhal foi também instruído a civilizar, pacificar e cristianizar os índios do seu domínio, e proibido de escravizá-los, "''uma injunção a que ele nunca obedeceu''" nas palavras de um ensaísta mexicano.

 

Em 1580, regressou à [[Vice-Reino da Nova Espanha|Nova Espanha]], tendo-lhe Filipe I concedido o título de governador e capitão-geral com a missão de "descobrir, pacificar e colonizar" uma nova província na Nova Espanha, a 200 léguas para o interior do porto de [[Tampico]] . <ref name="Temkin2011">{{Citar livro|título=Luis de Carvajal: The Origins of Nuevo Reino de León|ultimo=Temkin|primeiro=Samuel|data=2011|isbn=0865348294|publicação=Sunstone Press}}</ref>

 

Outras acusações também foram feitas contra Carvalhal, argumentando que os ancestrais de Carvalhal eram cristãos-novos, o que contradizia as leis de "''pureza de sangue''" exigidas para obter permissão para se estabelecer na Nova Espanha. Isso foi suficiente para que Carvalhal fosse transferido para as prisões da Inquisição. Das várias acusações que contra ele tenham sido mencionadas inicialmente (incluindo a de escravizar nativos), apenas a acusação de encobrir o judaísmo praticante da sua irmã e filhos permaneceu. Foi condenado a um exílio de seis anos num [[Auto de fé|auto-de-fé]] realizado em 24 de fevereiro de 1590 na Cidade do México. No entanto, antes que a sentença fosse executada, ele foi enviado de volta à prisão do Tribunal, onde morreu, quase um ano depois, em 13 de fevereiro de 1591. <ref name="Temkin2011">{{Citar livro|título=Luis de Carvajal: The Origins of Nuevo Reino de León|ultimo=Temkin|primeiro=Samuel|data=2011|isbn=0865348294|publicação=Sunstone Press}}</ref>

 

 

 

* Cohen, Martin A., " ''The Martyr'' ", Albuquerque, U of NM Press, 1973.

* [http://www.tshaonline.org/handbook/online/articles/fcadn ''Manual do Texas Online''], SV "Carvajal y de la Cueva, Luis de"; acessado em 17 de agosto de 2007.

* David B. Green, [http://www.haaretz.com/israel-news/this-day-in-jewish-history/.premium-1.690593 David B. Green, "Este Dia na História Judaica de 1596: Uma Família Judaica Arde na Estaca na Cidade do México"] ; acessado em 8 de dezembro de 2015. (subscription required)

[[Categoria:Pessoas processadas pela Inquisição]]

[[Categoria:Mortos em 1595]]