Campanha presidencial de Joe Biden em 2020: diferenças entre revisões

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A '''campanha presidencial de Joe Biden em 2020''' foi anunciada em [[25 de abril]] de 2019, com um anúncio em vídeo.<ref name="cnn">{{Citar jornal|titulo=Joe Biden to announce his 2020 presidential bid on Thursday|url=https://www.cnn.com/2019/04/23/politics/2020-biden-announcement-thursday/index.html}}</ref><ref name="announce">{{Citar jornal|url=https://www.cnn.com/2019/04/25/politics/joe-biden-2020-president/index.html|titulo=Joe Biden announces he is running for president in 2020}}</ref> [[Joe Biden]], ex-[[vice-presidente dos Estados Unidos]] e [[Senado dos Estados Unidos|senador norte]] - [[Senado dos Estados Unidos|americano]] de [[Delaware]], havia sido alvo de especulações generalizadas como candidato potencial em [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 2020|2020]], depois de se recusar a ser candidato nas [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 2016|eleições de 2016]].
 
Biden é descrito como um político [[moderado]], apesar de ter descrito a si mesmo como um [[progressismo|progressista]]. Suas posições políticas abrangem: a codificação do caso ''Roe v. Wade'' em forma de estatuto possibilitando leis mais flexíveis sobre o [[aborto]], uma alternativa pública para os sistemas de saúde, [[Legislação sobre cannabis no mundo|descriminalização do uso recreativo de ''cannabis'']], aprovação do Ato de Igualdade, colégios universitários públicos e fortalecimento da política do ''[[Green New Deal]]''.
A campanha presidencial de Joe Biden em 2020 é sua terceira tentativa de eleição para [[presidente dos Estados Unidos]]. Sua primeira campanha foi feita nas primárias do Partido Democrata de 1988, onde ele foi inicialmente considerado um dos candidatos potencialmente mais fortes. No entanto, os jornais revelaram plágio por Biden nos registros da escola de direito e em discursos, um escândalo que levou à sua retirada da corrida em setembro de 1987.
 
Por ter sido um [[Vice-presidente dos Estados Unidos|Vice-presidente]], Biden iniciou sua campanha presidencial em 2020 com considerável reconhecimento público. Desde seu anúncio como candidato até o início do período eleitoral, Biden é considerado o candidato de maior identificação com as propostas do Partido Democrata. O ex-vice-presidente liderou as pesquisas de opinião pública ao longo do ano de 2019, mas não encabeçou as primárias estaduais de [[Iowa]] e [[Nova Hampshire]]. Em [[29 de fevereiro]] de 2020, Biden venceu as primárias da [[Carolina do Sul]], fortalecendo sua tentativa de nomeação pelo partido. Em março de 2020, dez antigos pré-candidatos apoiaram sua candidatura, totalizando 12 apoios formais a candidatura de Biden. Em [[8 de abril]], o senador [[Bernie Sanders]] desistiu de sua candidatura e Biden tornou-se o provável candidato presidencial do Partido Democrata.
 
Em junho de 2020, Biden alcançou o número mínimo de delegados para sua nomeação. Em [[11 de agosto]], a então senadora [[Kamala Harris]] foi anunciada como candidata a Vice-presidente em sua chapa eleitoral. Nos dias 18 e 19 de agosto, Biden e Harris foram oficialmente confirmados na [[Convenção Nacional Democrata de 2020|Convenção Nacional Democrata]], tornando Biden o primeiro ex-Vice-presidente a ser nomeado candidato presidencial desde a candidatura de [[Walter Mondale]] em [[1984]]. Por sua vez, Harris tornou-se a primeira ásio-americana, a primeira mulher [[afro-americanos|afro-americana]] e a terceira mulher a concorrer como vice-presidente na história do país.
 
== Antecedentes ==
=== Campanhas anteriores ===
[[Ficheiro:President Barack Obama and Vice President Joe Biden (cropped`).jpg|thumb|right|230px|Joe Biden e [[Barack Obama]], então respectivos [[Vice-presidente dos Estados Unidos|Vice-presidente]] e [[Presidente dos Estados Unidos|Presidente]], no [[Salão Oval]] da [[Casa Branca]], dois dias após sua [[Posse de Barack Obama em 2009|posse presidencial de 2009]].]]
A campanha presidencial de Biden em 2020 é sua terceira candidatura a [[Presidente dos Estados Unidos]].<ref>{{Citar web|url=https://www.nytimes.com/2019/11/04/upshot/trump-biden-warren-polls.html|título=One Year From Election, Trump Trails Biden but Leads Warren in Battlegrounds|publicado=''The New York Times''|data=11 de abril de 2019|autor=Cohn, Nate}}</ref> Sua primeira campanha ocorreu nas primárias do Partido Democrata de 1988, quando foi inicialmente considerado um dos candidatos mais fortes. No entanto, jornais revelaram uma tentativa de plágio por parte de Biden nos registros escolares e discursos, um escândalo que acarretou em sua desistência da disputa eleitoral em setembro do ano seguinte.<ref>{{Citar web|url=https://www.washingtonpost.com/pb/investigations/echoes-of-bidens-1987-plagiarism-scandal-continue-to-reverberate/2019/06/05/dbaf3716-7292-11e9-9eb4-0828f5389013_story.html?tid=ptv_rellink|título=Echoes of Biden's 1987 plagiarism scandal continue to reverberate|publicado=''The Washington Post''|data=5 de junho de 2019|autor=Satija, Neena}}</ref>
 
Biden se lançou novamente como candidato nas primárias do Partido Democrata de 2008, onde focou em seu plano de resolver a [[Guerra do Iraque]] através de um sistema de federalização. Assim como sua primeira tentativa presidencial, Biden não conseguiu apoio e delegados suficientes para dar seguimento a campanha e retirou seu nome da disputa em [[3 de janeiro]] de 2008, após seu fracassado desempenho do ''caucus'' de [[Iowa]]. Posteriormente, Biden foi nomeado candidato a vice-presidente na chapa de [[Barack Obama]], que viria a ser eleito. Ambos foram empossados em [[Posse de Barack Obama em 2009|20 de janeiro de 2009]].
 
=== Especulações ===
Ainda enquanto Vice-presidente, Joe Biden já era visto como um potencial candidato a suceder Barack Obama nas [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 2016|eleições presidenciais de 2016]].<ref>{{Citar web|url=https://www.theguardian.com/us-news/2015/oct/21/joe-biden-not-running-president-2016-election|título=Joe Biden announces he will not run for president in 2016|publicado=''[[The Guardian]]''|data=11 de outubro de 2015|autor=McCarthy, Tom; Gambino, Lauren; Roberts, Dan}}</ref><ref name="beau">{{Citar web|url=https://www.nytimes.com/2015/10/22/us/joe-biden-concludes-theres-no-time-for-a-2016-run.html|título=Joe Biden Concludes There's No Time for a 2016 Run|publicado=''The New York Times''|data=22 de outubro de 2015}}</ref> Em [[21 de outubro]] de [[2015]], após a morte de seu filho Beau, Biden anunciou sua desistência em concorrer a Casa Branca pelo Partido Democrata.<ref name="beau"/>
 
Em [[5 de dezembro]] de [[2016]], durante uma visita ao [[Senado dos Estados Unidos]] com repórteres, Biden recusou-se a palpitar uma potencial candidatura a presidência nas eleições seguintes.<ref>{{Citar web|url=http://www.latimes.com/nation/politics/trailguide/la-na-trailguide-updates-citing-hidden-hand-of-fate-joe-biden-1480986947-htmlstory.html|título=Joe Biden wouldn't count out a 2020 run for president. But he was asked in an emotional moment|publicado=''Los Angeles Times''|data=5 de dezembro de 2016|autor=Memoli, Michael}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.businessinsider.com/joe-biden-presidential-run-2020-2016-12|título=Joe Biden floats a potential 2020 presidential run|publicado=''[[Business Insider]]''|data=5 de dezembro de 2016|autor=Abadi, Mark}}</ref> Dois dias depois, no entanto, o então vice-presidente reafirmou sua ambivalência durante uma participação no programa ''[[The Late Show with Stephen Colbert]]'', onde afirmou que "nunca se diz nunca" quando questionado sobre uma possível candidatura em 2020.<ref>{{Citar web|url=http://time.com/4593693/joe-biden-stephen-colbert-2020-run/|título=Joe Biden Discussed Running in 2020 With Stephen Colbert: 'Never Say Never'|autor=Lang, Candy|publicado=''[[Time]]''|data=7 de dezembro de 2016}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.cnn.com/2016/12/07/politics/joe-biden-colbert-interview-2020-buzz/|título=Biden stokes 2020 buzz on Colbert: 'Never say never'|publicado=[[CNN]]|data=7 de dezembro de 2016|autor=Wright, David}}</ref> No mesmo programa televisivo, Biden afirmou que não enxergava um cenário eleitoral para sua candidatura futura. Em [[13 de janeiro]] de [[2017]], exatamente uma semana antes do fim de seu mandato como vice-presidente, Biden publicou uma nota deixando transparecer sua intenção em concorrer a Casa Branca, afirmando "Eu vou 'correr' se puder andar" (em [[Língua inglesa|ingles]], a palavra "run" equivale tanto a "correr" quanto "disputar").<ref>{{Citar web|url=https://www.independent.co.uk/news/world/americas/joe-biden-think-tank-research-centre-university-pennsylvania-delaware-white-house-staff-cancer-a7526881.html|título=Joe Biden: I will not run for president in 2020 but I am working to cure cancer|publicado=''[[The Independent]]''|data=13 de janeiro de 2017|autor=Revesz, Rachael}}</ref> Em setembro de 2017, Ashley Biden disse acreditar no desejo de seu pai pela presidência em 2020.<ref>{{Citar web|url=http://www.cnn.com/2017/09/08/politics/joe-biden-2020-ashley-biden/index.html|título=Joe Biden's daughter says ex-VP considering 2020 run|publicado=CNN|autor=Hansler, Jennifer|data=8 de setembro de 2017}}</ref>
 
== Significado histórico ==