João Ramalho: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 33:
De sua chegada no Brasil até 1532, não há muitas informações do que aconteceu com João Ramalho. Ele encontrou índios tupiniquins,<ref name=":0" /> ou piratiningas<ref name=":2" />, com quem passou a viver, e ficou próximo do cacique Tibiriçá ("vigilante da terra", na língua tupi), um dos principais líderes dessa tribo no Planalto Paulista.<ref name=":0" /> Sua aldeia seria, segundo algumas fontes, na região onde hoje fica o Largo de São Bento.<ref name=":1" />
 
Após sua aproximação, casou-se com uma das filhas do cacique, a [[Bartira]] ("flor de árvore", em tupi), que posteriormente seria batizada sob o nome cristão de Isabel Dias. Porém, como era de costume entre os índios da tribo, possuiu outras mulheres, inclusive algumas irmãs de Bartira.<ref name=":0" />
 
Formou, assim, uma forte aliança de sangue com os índios tupiniquins, uma aliança que, nas tradições indígenas, é para toda a vida.<ref name=":1" /> Segundo algumas fontes, se tornou inclusive influente entre os índios da aldeia, podendo arregimentar 5 mil índios em um só dia.<ref name=":0" />
 
== Encontro com Martim Afonso de Sousa ==
Em 1532, João Ramalho se encontrou com [[Martim Afonso de Sousa]] na vila de São Vicente, também conhecida como Porto dos Escravos.<ref name=":0" /> Martim, que se tornaria posteriormente o primeiro donatário da [[Capitania de São Vicente]], havia acabado de aportar na região, e estava desbravando as terras brasileiras a serviço da [[Coroa portuguesa|Coroa Portuguesa]].<ref name=":0" /> Foi recebido por João Ramalho e por Antônio Rodrigues, de quem pouco se sabe, além de que fora casado com uma filha de [[Piquerobi]], o cacique de São Miguel de Ururaí, com quem teria tido muitos filhos.<ref name=":3">{{Citar web|url=http://www.pitoresco.com/historia/rocha01a.htm|titulo=A lenda de João Ramalho.|acessodata=2017-11-06|obra=www.pitoresco.com}}</ref>
 
Martim teria ouvido histórias de que haveria ouro e prata no alto da serra, então Ramalho decidiu guiá-lo por dentro dela por um caminho conhecido entre os índios, e hoje chamado a [[Trilha dos Tupiniquins]].<ref name=":0" />
 
Ramalho e Martim teriam ido em barcos a remo da Vila de São Vicente até a Piaçaguera de Baixo, local onde hoje fica de [[Cubatão]]. Depois, teriam caminhado por terras alagadas até a Piaçaguera de Cima, de onde começaram a subida da [[Serra de Paranapiacaba]] (em tupi, lugar de onde se vê o mar). Chegaram até a nascente do [[Rio Tamanduateí]], de onde seguiram o curso da água e chegaram a um campo sem árvores, e posteriormente, a uma colina onde se localizava a Aldeia de Piratininga, local onde seria erguida a Vila de São Paulo.<ref name=":0" />
 
O cacique Tibiriçá teria ajudado na missão de Ramalho com Martim Afonso. Teria, inclusive, se tornado um grande admirador do explorador português, e quando teve que escolher um nome cristão para ser batizado, escolheu Martim Afonso Tibiriçá.<ref name=":1" />