Gothardo Lopes Netto: diferenças entre revisões
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'''Gothardo Lopes Netto''' ([[Volta Redonda]], [[12 de maio]] de [[1963]]) é um político [[brasileiro]] e [[médico]]. [[Deputado estadual]] pelo [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] e ex-prefeito da cidade de [[Volta Redonda]].
Médico formado pelo [[Centro Universitário de Volta Redonda]] (UniFOA), fez internato e residência médica no Hospital dos Servidores do Estado, onde iniciou a vida política através da Associação dos Médicos Residentes do Estado do Rio de Janeiro (AMERERJ). Sempre teve destacada atuação na Sociedade de [[Ginecologia]] e [[Obstetrícia]] do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], onde ocupou vários cargos. Foi diretor médico do Hospital Infantil e Maternidade Jardim Amália (HINJA) e professor da cadeira de Obstetrícia do UniFOA. Foi, ainda, vice-presidente e conselheiro da Associação Atlética Comercial.
Filho de Gothardo Firmino Netto e Wilma Lopes Netto.
Foi eleito em [[1996]], [[vereador]] por Volta Redonda e reeleito em [[2000]], tendo sido o mais votado na pleito desse ano. Ocupou a presidência da Câmara Municipal entre [[2001]] e [[2002]], tendo uma atuação de destaque ao realizar grande obra de reforma estrutural na
▲Filho de Gothardo Firmino Netto e Wilma Lopes Netto. O avô, Mário Ferreira Netto, foi um dos emancipadores da cidade de Volta Redonda. Casado com Maria Lúcia Ribeiro Netto, tem dois filhos, Carolina e Gothardo.
▲Foi eleito em [[1996]], [[vereador]] por Volta Redonda e reeleito em [[2000]], tendo sido o mais votado na pleito desse ano. Ocupou a presidência da Câmara Municipal entre [[2001]] e [[2002]], tendo uma atuação de destaque ao realizar grande obra de reforma estrutural na Casa Legislativa e, ao final de sua gestão, devolver mais de 2 milhões de reais aos cofres da Prefeitura.
Em [[2004]] foi eleito [[prefeito]] da cidade de Volta Redonda, em substituição a [[Antônio Francisco Neto]], vencendo no pleito os candidatos: [[Paulo César Baltazar da Nóbrega|Paulo Baltazar]] ([[PSB]]), [[Cida Diogo]] ([[Partido dos Trabalhadores|PT]]) e Mariana Caetano ([[PSTU]]).
Em [[2006]], após desentendimentos internos em seu partido — [[Partido Verde (Brasil)|PV]] — quanto ao candidato a ser apoiado nas eleições estaduais, desfilia-se do mesmo,
Tentou uma vaga na [[Alerj]], em [[2010]], pelo PSB, mas não conseguiu a eleição com 24.459 votos.<ref>{{Citar web |url=http://placar.eleicoes.uol.com.br/2010/1turno/rj/ |título=UOL - Eleições 2010 - Apuração - Rio de Janeiro |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=6 de outubro de 2010}}</ref> Em [[2013]], com a nomeação de [[Gustavo Tutuca]] como novo secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Gothardo, que era seu suplente, assumiu a cadeira de [[deputado estadual]] na [[ALERJ|Assembleia Legislativa]] fluminense.▼
Após o término do mandato, se manteve afastado de cargos públicos até as eleições de 2018 para governador quando, já filiado ao [[PSC]], foi apresentado ao então candidato [[Wilson Witzel]]. Logo depois do segundo turno das eleições, o então governador eleito
▲Tentou uma vaga na [[Alerj]], em [[2010]], pelo PSB, mas não conseguiu a eleição com 24.459 votos.<ref>{{Citar web |url=http://placar.eleicoes.uol.com.br/2010/1turno/rj/ |título=UOL - Eleições 2010 - Apuração - Rio de Janeiro |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=6 de outubro de 2010}}</ref>
Gothardo Lopes Netto foi preso em Volta Redonda, na operação policial deflagrada no dia 28 de agosto de 2020, que culminou com o afastamento do governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, por seis meses. A operação apura suspeitas de fraudes na saúde e em outros setores do governo do estado.<ref>https://diariodovale.com.br/ultima-noticia/pf-prende-gothardo-neto-em-operacao-que-apura-fraudes-na-saude/</ref> Após sua prisão, Gothardo foi levado para o Hospital Hinja,
Foram denunciados ainda a primeira-dama fluminense Helena Witzel, bem como os secretários estaduais e políticos Lucas Tristão, Mário Peixoto, Alessandro Duarte, Cassiano Luiz, Juan Elias Neves de Paula e João Marcos Borges Mattos. A participação da primeira-dama como advogada em um processo de execução fiscal da família de Gothardo, dona do HINJA, chamou a atenção dos investigadores que comandam o caso. O processo, que tramita na Justiça Federal de Volta Redonda, tinha como patrono o advogado Lucas Tristão, supostamente ligado ao esquema; porém, no decorrer da ação, a primeira-dama entrou com uma petição para avisar que estava ingressando na mesma causa e passando a advogar para o hospital. Segundo as investigações, o escritório passou a receber os R$ 15 mil mensais apenas por esse serviço. Não há, de acordo com a [[Procuradoria Geral da República]], nenhum outro documento no âmbito desse processo que tenha justificado o vultoso pagamento por apenas uma petição.
▲Logo depois do segundo turno das eleições, o então governador eleito Wilson Witzel anunciou que Gothardo integraria sua equipe de transição.Gothardo, então, afirmou que, mesmo tendo aceitado participar da transição, descartava assumir cargos no governo, por estar precisando dar muita atenção à empresa de sua família, o Hospital Himja.
De acordo com a denúncia do MP, o governo do Rio possui contratos com a empresa GLN Serviços Hospitalares e Assessoria LTDA, que tem o mesmo endereço
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▲== Prisão e acusações de fraudes. ==
▲Gothardo foi preso em Volta Redonda e levado para o Hinja, hospital de sua família, depois de ter passado mal ao chegar à Delegacia de Polícia Federal de Volta Redonda, no bairro Aterrado. O médico teve alteração na pressão arterial e foi em uma ambulância do Samu para o hospital, onde permaneceu até o dia 01 de setembro de 2020 sob custódia. A prisão decretada contra o ex-prefeito é preventiva, que não tem prazo determinado.
▲De acordo com a denúncia do MP, o governo do Rio possui contratos com a empresa GLN Serviços Hospitalares e Assessoria LTDA, que tem o mesmo endereço Hinja, no Jardim Amália. Um dos contratos da GLN com o governo do Rio gera o pagamento de R$ 445 mil mensais e de R$ 5,3 milhões por ano para custeio de assistência oncológica. A resolução que permitiu os repasses é de 27 de janeiro deste ano.
De acordo com o MP, sob comando de Witzel, o governo canalizou os abundantes recursos do combate ao COVID para a contratação de organizações sociais e autorizou compras direcionando as licitações com o uso de empresas de fachada. Ao mesmo tempo, priorizou o pagamento de dívidas antigas (restos a pagar) dos aliados – restos a pagar são serviços e compras efetuados nos anos (exercícios) anteriores e que não foram pagos.
Procuradores do [[Ministério Público Federal]] (MPF), policiais federais e auditores da Receita Federal cumprem diversos mandados de prisão e de busca e apreensão em endereços ligados aos principais nomes do governo do estado do Rio de Janeiro. Entre os alvos estão o vice-governador e o presidente da Assembleia Legislativa do estado. As diligências foram autorizadas pelo ministro do [[Superior Tribunal de Justiça]] (STJ) Benedito Gonçalves, que também determinou o afastamento de Wilson Witzel
A operação, batizada de ''Tris in Idem'', é desdobramento da "Operação Placebo", que investiga corrupção em contratos públicos do Executivo fluminense. O nome da operação é uma referência ao fato de se tratar do terceiro governador do estado que supostamente se utiliza de esquemas ilícitos semelhantes para obter vantagens indevidas. Segundo apurado pelos investigadores, a partir da eleição de Wilson Witzel, estruturou-se no âmbito do governo estadual uma organização criminosa, dividida em três grupos, que disputavam o poder mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos. Liderados por empresários, esses grupos teriam loteado algumas das principais pastas estaduais – a exemplo da Secretaria de Saúde – para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas.▼
▲Entre os alvos estão o vice-governador e o presidente da Assembleia Legislativa do estado. As diligências foram autorizadas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves, que também determinou o afastamento de Wilson Witzel (PSC) do cargo. A medida tem validade inicial de 180 dias.
Os mandados foram cumpridos no Palácio Laranjeiras, no Palácio Guanabara, na residência do vice-governador, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, além de outros endereços nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Alagoas, Sergipe e Minas Gerais e no Distrito Federal. Também está sendo alvo de busca e apreensão um endereço no Uruguai, local onde estaria um dos investigados cuja prisão preventiva foi decretada. No total, 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão. Além dessas medidas, em outro inquérito, o também ministro do STJ Jorge Mussi autorizou o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão no estado do Piauí, objetivando coletar provas sobre suposto esquema de nomeação de funcionários fantasmas no governo fluminense para desvio de dinheiro público.▼
Segundo a investigação, o principal mecanismo de obtenção de recursos financeiros pelos grupos era por meio do direcionamento de licitações de organizações sociais, mediante a instituição de uma “caixinha de propina” abastecida pelas OSs e seus fornecedores, e a cobrança de um percentual sobre pagamentos de restos a pagar a empresas fornecedoras do estado. Agentes políticos e servidores públicos da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro eram ilicitamente pagos de maneira mensal pela organização criminosa.▼
▲Segundo apurado pelos investigadores, a partir da eleição de Wilson Witzel, estruturou-se no âmbito do governo estadual uma organização criminosa, dividida em três grupos, que disputavam o poder mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos. Liderados por empresários, esses grupos teriam loteado algumas das principais pastas estaduais – a exemplo da Secretaria de Saúde – para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas.
Uma das operações suspeitas, objeto da operação, é a contratação da Organização Social Iabas para gerir os hospitais de campanha idealizados para o tratamento de pacientes com covid-19. As investigações apontam que a OS tem relação com um dos grupos que controlam a saúde no Rio, contribuindo também com a “caixinha da propina”. Os investigadores afirmam que, além dos desvios no Poder Executivo, alguns deputados estaduais podem ter se beneficiado de dinheiro público desviado de sobras dos duodécimos do Poder Legislativo. O esquema funcionava da seguinte forma: a Alerj repassava as sobras de seus duodécimos para a conta única do tesouro estadual. Dessa conta única, os valores dos duodécimos “doados” eram depositados na conta específica do Fundo Estadual de Saúde, de onde eram repassado para os Fundos Municipais de Saúde de municípios indicados pelos deputados, que, por sua vez, recebiam de volta parte dos valores.▼
▲Os mandados foram cumpridos no Palácio Laranjeiras, no Palácio Guanabara, na residência do vice-governador, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, além de outros endereços nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Alagoas, Sergipe e Minas Gerais e no Distrito Federal. Também está sendo alvo de busca e apreensão um endereço no Uruguai, local onde estaria um dos investigados cuja prisão preventiva foi decretada.
A investigação aponta que até mesmo o Poder Judiciário pode ter sido utilizado para beneficiar agentes com vantagens indevidas. Um esquema arquitetado por um desembargador do Trabalho beneficiaria organizações sociais do grupo criminoso por meio do pagamento de dívidas trabalhistas judicializadas. Essas OSs, que tinham valores a receber do estado, a título de “restos a pagar”, tiveram a quitação das suas dívidas trabalhistas por meio de depósito judicial feito diretamente pelo governo do Rio. Para participar do esquema criminoso, as OSs teriam que contratar uma advogada ligada ao desembargador que, após receber seus honorários, retornaria os valores para os participantes do ilícito.▼
Para as OSs a vantagem de ingressar nesse esquema criminoso seria a oportunidade de receber do estado os valores a título de “restos a pagar”, o que, em geral, é bastante dificultoso, bem como, com sua inclusão no Plano Especial de Execução na Justiça do Trabalho, obter a certidão negativa de débitos trabalhistas, desde que mantivessem regular o pagamento mensal estabelecido no plano, o que, no caso, seria feito pelo próprio estado.
▲Segundo a investigação, o principal mecanismo de obtenção de recursos financeiros pelos grupos era por meio do direcionamento de licitações de organizações sociais, mediante a instituição de uma “caixinha de propina” abastecida pelas OSs e seus fornecedores, e a cobrança de um percentual sobre pagamentos de restos a pagar a empresas fornecedoras do estado. Agentes políticos e servidores públicos da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro eram ilicitamente pagos de maneira mensal pela organização criminosa.
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▲Os investigadores afirmam que, além dos desvios no Poder Executivo, alguns deputados estaduais podem ter se beneficiado de dinheiro público desviado de sobras dos duodécimos do Poder Legislativo. O esquema funcionava da seguinte forma: a Alerj repassava as sobras de seus duodécimos para a conta única do tesouro estadual. Dessa conta única, os valores dos duodécimos “doados” eram depositados na conta específica do Fundo Estadual de Saúde, de onde eram repassado para os Fundos Municipais de Saúde de municípios indicados pelos deputados, que, por sua vez, recebiam de volta parte dos valores.
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▲A investigação aponta que até mesmo o Poder Judiciário pode ter sido utilizado para beneficiar agentes com vantagens indevidas. Um esquema arquitetado por um desembargador do Trabalho beneficiaria organizações sociais do grupo criminoso por meio do pagamento de dívidas trabalhistas judicializadas. Essas OSs, que tinham valores a receber do estado, a título de “restos a pagar”, tiveram a quitação das suas dívidas trabalhistas por meio de depósito judicial feito diretamente pelo governo do Rio. Para participar do esquema criminoso, as OSs teriam que contratar uma advogada ligada ao desembargador que, após receber seus honorários, retornaria os valores para os participantes do ilícito.
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▲título = [[Lista de prefeitos de Volta Redonda|Prefeito de Volta Redonda]]|
▲anos = [[2005]] — [[2008]]
▲|antes = [[Antônio Francisco Neto]]|
▲|depois = Antônio Francisco Neto
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▲Para as OSs a vantagem de ingressar nesse esquema criminoso seria a oportunidade de receber do estado os valores a título de “restos a pagar”, o que, em geral, é bastante dificultoso, bem como, com sua inclusão no Plano Especial de Execução na Justiça do Trabalho, obter a certidão negativa de débitos trabalhistas, desde que mantivessem regular o pagamento mensal estabelecido no plano, o que, no caso, seria feito pelo próprio estado.{{Referências}}https://diariodovale.com.br/ultima-noticia/pf-prende-gothardo-neto-em-operacao-que-apura-fraudes-na-saude/
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