Pedro Corrêa: diferenças entre revisões

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Teve seu mandado cassado pelo plenário da [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] em 15 de março de 2006, por 261 votos a favor, 166 contra e 19 abstenções, por envolvimento no [[escândalo do mensalão]].<ref>{{citar web|url=http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/mesa-da-camara-mantem-cassacao-de-correa|publicado=Congresso em foco|acessodata=29 de outubro de 2015|data=5 de abril de 2006|título=Mesa da Câmara mantém cassação de Corrêa}}</ref> Diante do ocorrido, teve seus direitos políticos suspensos até 2014.
 
== Biografia ==
Nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, no dia 7 de janeiro de 1948, filho de Clarice Roma de Oliveira Andrade e Fábio Correia de Oliveira Andrade.
 
Fábio Corrêa, pai de Pedro Corrêa, foi Bacharel Ciências Jurídicas e Sociais pela [[Faculdade de Direito do Recife da Universidade Federal de Pernambuco|Faculdade de Direito do Recife]], em 1933; delegado do [[Departamento de Ordem Política e Social|DOPS]], durante o [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]]; deputado estadual por Pernambuco, entre 1951 e 1968 e Ministro do [[Tribunal de Contas de Pernambuco|Tribunal de Contas do Estado]] de Pernambuco, nomeado pelo Governador [[Nilo Coelho]], em 1968.
 
Pedro Corrêa iniciou a vida púbica como assessor parlamentar da [[Assembleia Legislativa de Pernambuco]] e assessor da União Parlamentar Interestadual (UPI), cargos que exerceu por dois anos. Ingressou no curso de medicina da [[Universidade Federal de Pernambuco]] (UFPE), em 1966, concluindo-o cinco anos mais tarde.
 
Nas [[Eleições estaduais em Pernambuco em 1978|eleições de novembro de 1978]], elegeu-se deputado federal pela [[Aliança Renovadora Nacional]] (Arena), partido de sustentação da [[Ditadura militar brasileira|ditadura militar]]. Com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a consequente reformulação partidária, foi reeleito deputado federal nas eleições de novembro de 1982, dessa vez pelo [[Partido Democrático Social]] (PDS), agremiação que sucedeu a Arena no apoio ao regime militar.
 
Em 25 de abril de 1984, esteve ausente da votação da [[Proposta de Emenda Constitucional Dante de Oliveira|emenda Dante de Oliveira]], que, apresentada na Câmara dos Deputados, propôs o restabelecimento das eleições diretas para presidente da República. A emenda não obteve o número de votos necessários para a aprovação.
 
Na [[Eleição presidencial no Brasil em 1985|eleição indireta para presidente do Brasil em 1985]], no Colégio Eleitoral, votou no candidato do regime militar, [[Paulo Maluf]], que acabou sendo derrotado pelo oposicionista [[Tancredo Neves]]. Em 1985, Pedro Corrêa foi vice-líder do PDS na Câmara.
 
Candidatou-se a deputado federal constituinte, na legenda do [[Partido da frente liberal|Partido da Frente Liberal]] (PFL), obtendo apenas uma suplência. Entre 1987 e 1991, ocupou o cargo de diretor financeiro do [[Instituto do Açúcar e do Álcool]] (IAA).
 
Nas [[Eleições estaduais em Pernambuco em 1990|eleições de outubro de 1990]], elegeu-se deputado federal pelo PFL, assumindo seu terceiro mandato em fevereiro do ano seguinte. Na sessão da Câmara dos Deputados de 29 de setembro de 1992, votou a favor da abertura do [[Impeachment de Fernando Collor|processo de impeachment]] do presidente da República, [[Fernando Collor de Mello|Fernando Collor de Melo]].
 
Em 1994, votou a favor da criação do [[Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira|Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira]] (IPMF). Foi contrário ao projeto que propunha o fim do [[Voto compulsório|voto obrigatório]].
 
Nas [[Eleições estaduais em Pernambuco em 1994|eleições de outubro de 1994]], Pedro Correia recebeu o apoio de sua base eleitoral, localizada na região metropolitana de Recife, no sertão do Araripe e no sul da Zona da Mata, para se reeleger deputado federal.
 
Durante o governo de [[Fernando Henrique Cardoso]], alinhou-se à base governista e votou a favor das propostas sobre a quebra do monopólio estatal das telecomunicações, a quebra do monopólio da Petrobras na exploração de petróleo, o fim do monopólio dos governos estaduais na distribuição de gás canalizado, a abertura da navegação de cabotagem às embarcações estrangeiras, entre outras.
 
Em dezembro de 1995, Pedro Correia deixou o PFL para integrar-se à legenda do [[Partido progressista brasileiro|Partido Progressista Brasileiro]] (PPB). Por este partido disputou a [[Eleição municipal do Recife em 1996|prefeitura de Recife]], em outubro de 1996, não sendo bem-sucedido, ficou em 4º lugar, recebendo pouco mais de 50 mil votos.
 
Nas [[Eleições estaduais em Pernambuco em 1998|eleições de outubro de 1998]], candidatou-se novamente a deputado federal pela legenda do PPB, obtendo apenas a segunda suplência. Deixou a Câmara dos Deputados em janeiro de 1999.
 
Elegeu-se deputado federal, em [[Eleições estaduais em Pernambuco em 2002|2002]], ainda pela legenda do PPB, recebeu pouco mais de 66 mil votos.
 
Pedro Correia teve o seu mandato cassado em 2006 devido ao seu envolvimento no escândalo do “[[Escândalo do mensalão|mensalão]]”, grave crise política aberta por denúncias do deputado [[Roberto Jefferson]] (PTB) de que haveria um esquema de compra de votos de parlamentares da base aliada do governo, pelo [[Partido dos Trabalhadores|PT]], e que seria capitaneado pelo então ministro da Casa Civil, [[José Dirceu]]. Correia foi acusado de ter recebido dinheiro do publicitário [[Marcos Valério Fernandes de Souza|Marcos Valério de Souza]].
 
Casou-se com Maria Adélia Lemos Correia de Oliveira, com quem teve três filhos, entre os quais [[Aline Corrêa]], deputada federal por São Paulo de 2007 até 2015.
 
==Mensalão==