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'''Pipoca''' ou '''popoca'''<ref>[[Câmara Cascudo]], ''[[Dicionário do Folclore Brasileiro]], Ediouro, 10ª ed., s/d, verbete "Pipoca"</ref> (no [[Pará]] também chamada '''pororoca'''<ref name="FERREIRA, A. B. H. 1986. p. 1">FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 335.</ref>) é um prato feito a partir de uma variedade especial de [[milho]], o '''milho-pipoca'''<ref>''Vocabulário ortográfico da Academia Brasileira de Letras''. Busca. Disponível em http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23. Acesso em 19 de fevereiro de 2013.</ref> ('''''Zea mays everta'''''), que estoura quando aquecido. Ao aquecermos os grãos desse milho de maneira rápida, sua [[umidade]] interna é convertida em [[vapor]]. Num determinado ponto, a [[pressão]] estoura a casca externa, transformando a parte interna numa massa pouco consistente de [[amido]]s e [[Fibra dietética|fibra]]s.
 
== Etimologia ==
"Pipoca" originou-se do termo [[Língua tupi|tupi]] ''pï'poka'', "estalando a pele",<ref name="FERREIRA, A. B. H. 1986. p. 1">FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 335.</ref> formado pela junção de ''pira'' (pele) e ''poka'' (estourar).<ref>NAVARRO, E. A. ''Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos''. 3ª edição. São Paulo. Global. 2005. 463 p.</ref> "Pororoca" originou-se do termo tupi ''poro'roka'', [[gerúndio]] de ''poro'rog'', "estrondar".<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 368.</ref>
 
==Descrição==
O [[milho]] cultivado para a produção de pipoca é de uma variedade especial, com [[espiga]]s menores que as do milho tradicional. Seus grãos podem aparecer em vários formatos (achatados, pontiagudos etc.) e cores (como [[amarelo]], [[branco]], [[Cor-de-rosa|rosa]], [[roxo]] etc.). Apresenta, como característica, grãos pequenos contendo amido duro ou cristalino. Possui a propriedade de estourar quando submetido ao aquecimento, originando a popular pipoca. Algumas variedades cultivadas são "Zélia" e "Colorado pop-1". É semeada normalmente nos meses de setembro a novembro ([[primavera]] na maior parte da [[América do Sul]]).<ref>COELHO ARAUJO, Wilma Maria; DI PILLA MONTEBELLO; Narcy. ''Alquimia dos Alimentos''. Senac, 2008. pp. 346. ISBN 859-869-430-4</ref><ref>Confederação Nacional do Comércio. ''Carta mensal do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio, Edições 297-302''. pp. 8.</ref>
 
==Cultivo==
Com espaçamento de 0,8 metro entre linhas e 0,2 metro entre plantas, normalmente usa-se entre 10 a 15 quilogramas por [[hectare]] de sementes. A colheita é manual ou mecânica, com os grãos em torno de 16 e 18 por cento de umidade. O milho-pipoca deve ser comercializado com teor de umidade em torno de 12 e 13 por cento.
 
== História ==
Os primeiros europeus que chegaram ao continente americano descreveram a pipoca, desconhecida para eles, como um salgado à base de milho usado pelos [[Povos ameríndios|índios]] tanto como alimento quanto como enfeite para o cabelo. Sementes de milho usadas para fazer pipoca foram encontradas por arqueólogos não só no [[Peru]], como também no atual Estado de [[Utah]], nos [[Estados Unidos]], o que sugere que ela fazia parte da alimentação de vários povos americanos. Sabe-se, porém, que inicialmente os índios preparavam a pipoca com a espiga inteira sobre o fogo. Depois, eles passaram a colocar só os grãos sobre as brasas - até inventarem um método mais sofisticado: cozinhar o milho numa panela de barro com areia quente.