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'''Pipoca'''
== Etimologia ==
"Pipoca" originou-se do termo [[Língua tupi|tupi]] ''pï'poka'', "estalando a pele",<ref name="FERREIRA, A. B. H. 1986. p. 1">FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 335.</ref> formado pela junção de ''pira'' (pele) e ''poka'' (estourar).<ref>NAVARRO, E. A. ''Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos''. 3ª edição. São Paulo. Global. 2005. 463 p.</ref> "Pororoca" originou-se do termo tupi ''poro'roka'', [[gerúndio]] de ''poro'rog'', "estrondar".<ref>FERREIRA, A. B. H. ''Novo dicionário da língua portuguesa''. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 368.</ref>
==Descrição==
O [[milho]] cultivado para a produção de pipoca é de uma variedade especial, com [[espiga]]s menores que as do milho tradicional. Seus grãos podem aparecer em vários formatos (achatados, pontiagudos etc.) e cores (como [[amarelo]], [[branco]], [[Cor-de-rosa|rosa]], [[roxo]] etc.). Apresenta, como característica, grãos pequenos contendo amido duro ou cristalino. Possui a propriedade de estourar quando submetido ao aquecimento, originando a popular pipoca. Algumas variedades cultivadas são "Zélia" e "Colorado pop-1". É semeada normalmente nos meses de setembro a novembro ([[primavera]] na maior parte da [[América do Sul]]).<ref>COELHO ARAUJO, Wilma Maria; DI PILLA MONTEBELLO; Narcy. ''Alquimia dos Alimentos''. Senac, 2008. pp. 346. ISBN 859-869-430-4</ref><ref>Confederação Nacional do Comércio. ''Carta mensal do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio, Edições 297-302''. pp. 8.</ref>
Os primeiros europeus que chegaram ao continente americano descreveram a pipoca, desconhecida para eles, como um salgado à base de milho usado pelos [[Povos ameríndios|índios]] tanto como alimento quanto como enfeite para o cabelo. Sementes de milho usadas para fazer pipoca foram encontradas por arqueólogos não só no [[Peru]], como também no atual Estado de [[Utah]], nos [[Estados Unidos]], o que sugere que ela fazia parte da alimentação de vários povos americanos. Sabe-se, porém, que inicialmente os índios preparavam a pipoca com a espiga inteira sobre o fogo. Depois, eles passaram a colocar só os grãos sobre as brasas - até inventarem um método mais sofisticado: cozinhar o milho numa panela de barro com areia quente.
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