Vasco Anes Corte-Real (II): diferenças entre revisões
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'''Vasco Anes Corte Real''' ([[Algarve]], c. 1465 — ?, c. 1538), segundo deste nome na família, foi o segundo [[capitão-do-donatário]] de Angra e da [[ilha de S. Jorge]], cargo em que sucedeu a seu pai, [[João Vaz Corte-Real]].<ref name="enciclo">[http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/Default.aspx?id=2180 «Corte-Real, Vasco Anes» in ''Enciclopédia Açoriana''].</ref><ref>[[Ernesto do Canto]], «Os Corte Reais. Memória Histórica». ''Arquivo dos Açores'', (2), IV, pp. 401 e seg., Ponta Delgada, 1981.</ref> Tal como seu pai e irmãos, foi navegador e explorador dos mares para oeste dos [[Açores]], crendo-se que tenha viajado até às costas da América do Norte.<ref>[[Gaspar Frutuoso]], ''Saudades da Terra'', Livro Sexto, p. 78. Ponta Delgada, Instituto Cultural de Ponta Delgada, 1963.</ref>
'''Vasco Anes Corte Real''' , segundo deste nome na família, foi um nobre e [[navegador]] [[português]].<ref>{{Citar web |url=http://www.marinha.pt/Marinha/PT/Menu/DescobrirMarinha/MeiosOperacionais/Superficie/Fragatas/VascodaGama/CR.htm |titulo=Marinha de Portugal |acessodata=2009-02-28 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090407053638/http://www.marinha.pt/Marinha/PT/Menu/DescobrirMarinha/MeiosOperacionais/Superficie/Fragatas/VascodaGama/CR.htm |arquivodata=2009-04-07 |urlmorta=yes }}</ref> O [[NRP Corte-Real (F332)]], navio da [[Marinha de Portugal]], recebeu este nome como homenagem aos navegadores desta família.▼
==Biografia==
Nasceu provavelmente no [[Algarve]], talvez em [[Tavira]], filho de [[João Vaz Corte-Real]] e de sua esposa Maria Abarca, tendo acompanhado os pais quando estes por volta de 1474 se fixaram na então [[vila de Angra]], na sequência da nomeação de seu pai para o cargo de [[capitão do donatário]] na [[ilha Terceira]] na parte de Angra.<ref name="enciclo"/> Teve 6 irmãos: [[Miguel Corte-Real]], [[Gaspar Corte-Real]], Joana Vaz Côrte-Real, Iria Corte-Real, Lourenço Vaz Corte-Real e Isabel Corte-Real.<ref>[http://pt.wikisource.org/wiki/Anais_da_Ilha_Terceira/I/XII Wikisource]</ref> Era neto do primeiro [[Vasco Anês Corte Real|Vasco Anes Corte-Real]], que também foi [[alcaide]] de [[Tavira]] e navegador.<ref>{{citar livro|título=Tavira, memórias de uma cidade|ultimo=Chagas|primeiro=Ofir|editora=edição do autor|ano=2004|local=Tavira|páginas=|acessodata=}}</ref>
Tal como seu pai, Vasco Anes Corte Real foi cavaleiro da Casa Real, ao serviço do rei [[Manuel I de Portugal|D. Manuel]], tendo permanecido longe da Terceira durante a maior parte da sua vida. Para além do cargo de cpitão do donatário na parte de Angra da ilha Terceira e na ilha de São Jorge, foi alcaide-mor em [[Tavira]], no [[Algarve]]. Foi também vedor da Fazenda Real, cargo que já ocupava em 1497, e do conselho de D. Manuel, pelo menos desde 1518.<ref name="enciclo"/>
Combateu em [[Marrocos]], onde em 1495 se notabilizou ao capturar um chefe mouro, referido como [[Ali Barraxo]] nas fontes portuguesas. Os seus descendentes incluíram uma bandeira na heráldica familiar em memória da bandeira capturada deste chefe.
Como filho primogénito, foi o sucessor de seu pai, João Vaz Corte-Real, nas capitanias de Angra e da ilha de São Jorge, em que foi confirmado por carta de 2 de julho de 1497.<ref name="enciclo"/> Também recebeu a propriedade dos ofícios da [[ilha da Graça]], que intentara descobrir, mas não achou, o que confirma que continuou os esforços de descobrimentos no oeste do Atlântico, actividades em que o seu pai e irmãos se haviam notabilizado.
No arranque do caminho de honrarias que faria da família [[Corte Real]] uma das mais importantes de Portugal,<ref>[http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/Default.aspx?id=2163 «Corte-Real» na ''Enciclopédia Açoriana''].</ref> recebeu muitas outras mercês reais, nomeadamente, em 1500, o [[monopólio]] da venda do sal da ilha Terceira. O mesmo rei ainda lhe concedeu a doação de tudo o que seus irmãos [[Gaspar Corte-Real]] e [[Miguel Corte-Real]] tivessem descoberto nas suas viagens à [[Terra Nova dos Bacalhaus]], em viagens para as quais ele próprio tinha concorrido com a sua fazenda.<ref name="enciclo"/>
Ficou célebre quando foi impedido pelo rei D. Manuel de partir para as costas da América do Norte em busca dos seus dois irmãos ali desaparecidos nas viagens de 1500 a 1502 e dados por perdidos.<ref name="enciclo"/><ref>{{Citar web|url=http://cursocr.blogspot.com/2013/09/os-irmaos-corte-real.html|titulo=Curso Miguel Corte Real Marinha de Guerra Portuguesa: Os irmãos Corte Real|acessodata=2017-09-09|obra=Curso Miguel Corte Real Marinha de Guerra Portuguesa|publicado=|ultimo=Jpvillas-boas|primeiro=}}</ref> Em consequência disto, é a este Vasco Anes que [[Fernando Pessoa]] se refere como o ''terceiro irmão'' que quis navegar em busca dos seus outros irmãos que se haviam perdido, no seu poema ''«Noite»'', incluído na ''[[Mensagem (livro)|Mensagem]]''.<ref>{{Citar web|url=https://www.inverso.pt/Mensagem/Encoberto/NOITE.htm|titulo=MENSAGEM de Fernando Pessoa, ilustrada e comentada- Noite|acessodata=2018-08-26|obra=www.inverso.pt}}</ref>.
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== Descendência ==
* [[Cristóvão Corte Real]];
* [[Manuel Corte Real]], que herdou o título de capitão de donatário de [[Angra do Heroísmo|Angra]]
* [[Miguel Corte Real (II)]], foi sacerdote;
* [[Bernardo Corte-Real]], que lhe sucedeu no título de [[alcaide]] de [[Tavira]]
* [[Jerónimo Corte-Real]], poeta e aventureiro português;
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* Filipa da Silva
{{Ref-section|Notas}}
==Ligações externas==
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