Lei de Ampère: diferenças entre revisões

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Acrescentei algumas coisas na introdução e também na motivação histórica, para introduzir mais a pessoa ao tema
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{{eletromagnetismo}}
No eletromagnetismo clássico, a '''lei de Ampère''' permite calcular o [[campo magnético]] <math></math> a partir de uma distribuição de [[densidade de corrente elétrica]] <math>\mathbf{J}</math> ou de uma [[corrente elétrica]] <math>I</math>, ambas estacionárias (independentes do tempo). A partir da [[Lei de Biot-Savart]] é possível calcular o [[campo magnético]] associado a uma distribuição estacionária de corrente somando-se as contribuições ao campo de todos os elementos infinitesimais de corrente ao longo do circuito em questão. No caso de uma distribuição complicada de correntes o cálculo pode ser bastante trabalhoso e, em muitos casos, exigir o uso de um computador. Entretanto, se a distribuição possui algum tipo de simetria podemos usar a Lei de Ampère para determinar o [[campo magnético]] total, o que facilita consideravelmente os cálculos. O nome da lei é um reconhecimento ao físico francês [[André-Marie Ampère]] que a descobriu em 1826.<ref>[[David Halliday|Halliday, D.]] e [[Robert Resnick|Resnick, R.]] Fundamentos de Física,v.2,8a ed. GEN|LTC</ref>
 
Fazendo uma analogia com a lei de Gauss, a qual é usada para determinar o campo elétrico em situações de simetria, consideramos agora isso para o magnetismo, entre uma corrente e o campo magnético que ela produz.
 
A lei de Ampere só é válida para correntes estacionárias. Ademais, embora a lei de Ampere seja verdadeira para todas as configurações, só é útil para o cálculo de campos magnéticos de configurações com altos graus de simetria, como a Lei de Gauss.
 
== Motivação histórica ==
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Em 1819, o físico Dinamarquês [[Hans Christian Oersted]], estudando a ação de uma [[corrente elétrica]] sobre um [[íman|imã]], colocou uma [[bússola]] (agulha imantada) perpendicular ao fio retilíneo por onde passava corrente, não observando qualquer efeito. Todavia, descobriu que quando colocada paralelamente ao fio a bússola sofria uma deflexão, acabando por orientar-se perpendicularmente a ela.
Por conseguinte, uma corrente produz um campo magnético. Os resultados de Oersted foram usados pelo jovem físico [[André Marie Ampère]] para formular a Lei de Ampère.<ref>H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básica, vol 3, Editora Edgard Blücher, LTDA (1999)</ref> No caso de um fio retilíneo muito longo transportando corrente, as linhas de campo magnético são círculos em planos perpendiculares ao fio, e a orientação de tais linhas pode ser obtida por meio da [[regra da mão direita]].
 
André-Marie Ampère comunicou á Académie Royale des Sciences, em vários momentos, entre 1820 e 1825, uma série de experimentos. Uma coletânea de seu trabalho foi publicada em 1827, sob o nome de “ Mémoire sur la Théorie Mathématiques des Phénoménes Electro-dynamiques Uniquement Déduite de L’Expérience”, que podemos chamar de Lei de Ampère.
 
Ampère constatou que o efeito observado por Orsted era, também, produzido por uma pilha, o que fez imaginar um circuito, fechando a corrente.
 
Ampère constatou que se o magnetismo terrestre é devido a correntes na terra, assim o deve ser qualquer magnetismo, incluindo imãs.
 
== Determinação do campo ''H'' e do campo magnético ''B'' ==
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:<math>\mathbf{B}=\frac{\mu_0 NI}{2\pi r}\hat{\boldsymbol{\phi}}</math> ,
onde tomou-se como eixo z o eixo de simetria do toróide.
 
 
 
== Ver também ==