Ceres (Goiás): diferenças entre revisões
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'''Ceres''' é um [[Município (Brasil)|município brasileiro]] do [[Unidades federativas do Brasil|estado]] de [[Goiás]]. Sua população em 2016 foi estimada pelo [[IBGE]] (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 22.034 habitantes.<ref name="IBGE_Pop_2016"/>
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Ceres teve sua origem na [[Colônia Agrícola Nacional de Goiás|Colônia Agrícola Nacional de]] [[Goiás]], cujo primeiro administrador foi o engenheiro [[Bernardo Sayão]] Carvalho de Araújo, mais tarde construtor da rodovia [[Belém (Pará)|Belém]]-[[Brasília]]. Em 4 de setembro de 1953, com terras desmembradas do município de Goiás, o distrito foi elevado à categoria de município. Ceres está situada às margens do [[Rio das Almas (Goiás)|Rio das Almas]] que a separa de [[Rialma]], sendo ligada a esta por duas pontes. Suas principais atividades econômicas são a agricultura (milho, soja e arroz) e a pecuária leiteira e de corte, destacando-se também no ramo de saúde.
A criação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG) que deu origem a cidade de Ceres, está inserida em um contexto de instabilidade mundial com a ascensão do Nazismo e os conflitos da Grande Guerra (1939-1945).Segundo Freitas e Mello : "No Brasil, era o auge do Estado Novo do Presidente Getúlio Vargas, que iniciava a implementação de sua política de ocupação de fronteiras pouco povoadas ou praticamente inabitadas, conhecida como Marcha para o Oeste"<ref>{{citar periódico |titulo=A Colônia Agrícola Nacional de Goiás e a redefinição nos usos do território. |acessodata=13 de setembro de 2020 |jornal="Sociedade e Natureza " |publicado=Soc. & Nat., Uberlândia |ultimo=FREITAS; MELLO |primeiro=Wagner; Marcelo. |pagina=https://www.scielo.br/pdf/sn/v26n3/0103-1570-sn-26-3-0471.pdf |url=https://www.scielo.br/pdf/sn/v26n3/0103-1570-sn-26-3-0471.pdf}}</ref>. Por meio do Decreto-Lei 3.059/1941 foram criadas as Colônias Agrícolas Nacionais e o Decreto-Lei 6.882/1941 criava a Colônia Agrícola Nacional de Goiás, mantida pelo governo federal até 1953, quando ocorreu a emancipação do Município. Conforme Silva :"Quem esteve à frente da administração da CANG foi o Engenheiro Agrônomo Bernardo Sayão, nomeado por Getúlio Vargas para coordenar os trabalhos de instalação da colônia."<ref>{{citar web |ultimo=SILVA; |primeiro=Sandro |url=https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/3819/3/2008_SandroDutraSilva.pdf |titulo=Os estigmatizados: Distinções Urbanas do Rio das Almas em Goiás.(1941-1959) |data=2008 |acessodata=11 de dezembro de 2020 |publicado=Universidade de Brasília}}</ref>
O ponto de partida para sua empreitada foi a cidade de Anápolis, onde iniciou as obras da estrada denominada de Trasbrasiliana, aproveitando um trecho já em uso entre a Anápolis e Jaraguá. Sayão partiu de Jaraguá, atravessando as matas de São Patrício em direção à região escolhida para instalação da CANG e demarcada pelo decreto goiano.
Com o andamento das obras da estrada que dava acesso à colônia agrícola, escolheu fixar a sede da Colônia numa das margens do Rio das Almas.
Após 1942 começaram a chegar os primeiros colonos. Segundo Castilho: “A partir de 1946 chegavam à Colônia, em média, 30 famílias por dia. No ano seguinte já residiam na CANG mais de 10.000 habitantes. Em 1950 a área contava com 29.522 habitantes e em 1953 atingiu uma população de 36.672 habitantes (onde 33.222 residiam na zona rural e apenas 3.450 na zona urbana)”.<ref>{{Citar periódico |titulo=A COLÔNIA AGRÍCOLA NACIONAL DE GOIÁS (CANG ) E A FORMAÇÃO DE CERES-GO - BRASIL {{!}} Élisée - Revista de Geografia da UEG |url=https://www.revista.ueg.br/index.php/elisee/article/view/582 |acessodata=2020-12-25 |lingua=pt-BR}}</ref>
Inicialmente o projeto obteve certo êxito permitindo o assentamento de famílias compostas de pequenos agricultores, porém a estrutura da terra no Brasil tinha como base o grande latifúndio, fazendo com que as pequenas propriedades da CANG tivesses vida curta, sendo desarticuladas por grandes propriedades. Conforme Castilho: “Na década de 1960 ficou evidente que o projeto da CANG, de fixar o pequeno agricultor, havia fracassado”.<ref>{{Citar periódico |titulo=A COLÔNIA AGRÍCOLA NACIONAL DE GOIÁS (CANG ) E A FORMAÇÃO DE CERES-GO - BRASIL {{!}} Élisée - Revista de Geografia da UEG |url=https://www.revista.ueg.br/index.php/elisee/article/view/582 |acessodata=2020-12-25 |lingua=pt-BR}}</ref>
== Economia e serviços ==
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