Plano Cohen: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:GenMourãoFilho.jpg|miniatura|À época capitão do exército brasileiro, Olímpio Mourão Filho foi o articulador do Plano Cohen]]
 
O plano foi elaborado pelo então [[capitão]] e futuro general do [[Exército Brasileiro|exército brasileiro]], [[Olímpio Mourão Filho]]. Ele era o chefe do estado-maior da milícia da [[Ação Integralista Brasileira]] e também o chefe de seu [[Serviço de inteligência|serviço secreto]].<ref name=":0" /> Embora tenha sido usado politicamente como sendo fruto de uma conspiração comunista, seu conteúdo refere-se mais especificamente a uma conspiração judaico-comunista, incluindo elementos típicos do [[antissemitismo]] da época e uma série de traços em comum com outros documentos forjados com intenções semelhantes, como [[Os Protocolos dos Sábios de Sião]].<ref name=":2" /><ref>{{Citar livro |url=https://www.worldcat.org/oclc/1202075679 |título=Fascismo à brasileira : como o integralismo, maior movimento de extrema-direita da história do país, se formou e o que ele ilumina sobre o bolsonarismo |ultimo=Doria |primeiro=Pedro |editora=Planeta |ano=2020 |local=São Paulo |página= |páginas= |oclc=1202075679 |citacao=Nas décadas seguintes, cada pessoa que teve algo a ver com a fraude deu uma ou mais versões diferentes sobre como ocorreu. Em comum a maioria dos testemunhos dão conta de que, após mostrar o documento a Plínio, Mourão Filho também o mostrou ao general Álvaro Mariante, seu padrinho de casamento e conselheiro, ministro do Superior Tribunal Militar. “Dez horas da noite, na porta do elevador, encontrou Mariante, que disse: ‘Ô mineiro, me dá aquele teu trabalho aí que eu vou mostrar ao Góis’”, lembrou um amigo de Mourão. O general morava no mesmo prédio, entre os bairros de Copacabana e Ipanema, que Góis Monteiro – e mostrou o plano ao comandante do Estado-Maior do Exército. Justamente o comandante de Mourão Filho. E foi assim que o Plano Cohen terminou sobre uma mesa, na reunião entre Góis Monteiro, Dutra e Müller. De lá, para a mesa do presidente da República. “Ninguém ignora que se tratava de solerte utilização para fins políticos, de um documento que havia sido escrito apenas como peça integrante de um exercício”, lembraria mal-humorado Miguel Reale. |ref=doria}}</ref>
 
== O Golpe de 1937 ==
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[[Imagem:Miguel Costa, Góis Monteiro e Getúlio Vargas - 1930.jpg|miniatura|Getúlio Vargas ao lado de Góes Monteiro (em pé)]]
 
No dia 30 de setembro] de 1937, o general [[Pedro Aurélio de Góis Monteiro|Góis Monteiro]], chefe do Estado-Maior do Exército brasileiro, noticiou através do programa radiofônico [[Hora do Brasil]], a descoberta de um plano cujo objetivo era derrubar o presidente [[Getúlio Vargas]]. Segundo o general, o Plano Cohen, como passou a ser chamado, tinha sido arquitetado em conjunto pelo [[Partido Comunista Brasileiro]] e por organizações comunistas internacionais. O nome "Cohen" foi dado em referência ao líder comunista [[Béla Kun|Bela Cohen]], que governara a [[Hungria]] entre março e julho de 1919.<ref name=":2" /><ref name=":0" /><ref>[[#doria|Doria, 2020. "Olímpio Mourão Filho de primeira assinou o documento “Béla Kun”. Mas aí se lembrou de que Kun era não mais que a transliteração da palavra em hebraico que designava os sacerdotes, Cohen. Com um lápis, rasurou o “Kun” e, à mão, pôs “Cohen”. Queria deixar mais óbvio o raciocínio para quem o lesse. Quando passou a uma datilógrafa o trabalho, a moça não entendeu a rasura e, assim, em vez de “Béla Cohen” limitou-se a firmar com o sobrenome. Aquelas páginas entrariam para a história como Plano Cohen."]]</ref>
 
Pouco tempo depois, com o apoio de várias lideranças nacionais, Getúlio autorizou o Exército a cercar o [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]], no [[Rio de Janeiro]]. À noite, em pronunciamento ao país, o presidente anunciou a outorga da nova Constituição. Começava assim, o período ditatorial de Vargas conhecido como [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]].<ref name=":2" /><ref name=":0" />
 
== Ver também ==
*[[Golpe de Estado no Brasil em 1964]]
*[[Comunismo]]
*[[Golpe de Estado no Brasil em 1964]]
*[[Gustavo Barroso]]
*[[Integralismo]]
*[[Intentona Comunista|Intentona comunista]]
*[[Marxismo cultural]]
*[[Plínio Salgado]]
 
{{Referências}}