Michael Halliday: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m v2.03b - Fixed using WP:PCW (Link igual ao texto do link)
m Ajustes e correções.
Linha 19:
}}
 
'''Michael Alexander Kirkwood Halliday''' (frequentemente abreviado como '''M.A.K. Halliday''') ([[Leeds]], [[13 de abril]] de [[1925]] - [[Sydney]], [[15 de abril]] de [[2018]]) foi um [[linguística|linguista]] [[britânico]] e [[australiano]] que desenvolveu uma teoria gramatical conhecida como [[Gramática Sistêmico-Funcional]] (GSF) e, consequentemente, a abordagem conhecida como [[Linguística sistêmico-funcional|Linguística Sistêmico-Funcional]] (LSF).
 
Halliday foi aluno do [[linguística|linguista]] britânico [[J. R. Firth]] e, a partir das ideias de Firth, desenvolveu uma nova abordagem de análise gramatical, que chamou de Gramática de Escala e Categorias, sendo esta a base de sua teoria. Originalmente construída sobre a língua inglesa, a [[Gramática Sistêmico-Funcional|GSF]] de Halliday vem sendo amplamente utilizada e adaptada para diversos idiomas.<ref>MATTHIESSEN, C. M. I. M.; TERUYA, K.; LAM, M. Key Terms in Systemic Functional Linguistics. London; New York: Continuum, 2010.</ref>
Linha 30:
Halliday obteve seu bacharelado em Língua e Literatura Chinesa na [[Universidade de Londres]] e, posteriormente, realizou pós-graduação em Linguística na [[Universidade de Pequim]] e na [[Universidade de Cambridge]], onde ele obteve seu título de doutor em 1955.<ref>{{Citar web|titulo=Michael Halliday {{!}} Biography & Facts|url=https://www.britannica.com/biography/Michael-Halliday|obra=Encyclopedia Britannica|acessodata=2019-10-21|lingua=en}}</ref>
 
== GramáticaLinguística Sistêmico-Funcional ==
{{Artigo principal|GramáticaLinguística Sistêmicosistêmico-Funcionalfuncional}}
=== GramáticaLinguística Sistêmico-Funcional e oposição à tradição gerativa ===
 
Em 1985, Halliday publicou o livro ''An Introduction to Functional Grammar'' (sem tradução para o português). Uma edição revisada foi publicada em 1994 e mais duas outras edições foram publicadas em 2004 e em 2014, com a colaboração de [[Christian Matthiessen]].
Linha 38:
Halliday rejeita explicitamente a abordagem ligada à tradição [[linguística gerativa|gerativista]], a proposta formalista mais conhecida. Para ele, o uso da lógica formal nas teorias linguísticas é "irrelevante para a compreensão da linguagem", bem como considera o uso dessas abordagens como "desastrosas para a linguística".<ref>Halliday, M.A.K. 1985. Systemic Background. In "Systemic Perspectives on Discourse, Vol. 1: Selected Theoretical Papers" from the Ninth International Systemic Workshop, Benson and Greaves (eds); Vol. 3 in The Collected Works, p. 192.</ref> Especialmente falando sobre [[Noam Chomsky]], ele escreve que "problemas imaginários foram criados por toda a série de dicotomias que Chomsky introduziu ou assumiu sem problematizar: não apenas sintaxe/semântica, mas também gramática/léxico, linguagem/pensamento, competência/performance. Uma vez que essas dicotomias foram colocadas em questão, o problema de localizar e manter os limites entre elas também foi criado".<ref>Halliday, M.A.K. 1995. "A Recent View of 'Missteps' in Linguistic Theory". In Functions of Language 2.2. Vol. 3 of The Collected Works, p. 236.</ref>
 
=== GramáticaLinguística Sistêmico-Funcional no Brasil ===
No Brasil, as ideias de Halliday foram difundidas a partir da década de oitenta, sendo utilizadas em áreas como a análise do discurso, o ensino de língua estrangeira, o ensino de língua materna, a educação a distância, a tradução, a linguística de corpus e o estudo de semióticas visuais.<ref>MEURER, José Luiz; BALOCCO, Anna Elizabeth. A linguística sistêmico-funcional no Brasil: interfaces, agenda e desafios. Anais do SILEL, v. 1, 2009.</ref>
 
Meurer e Balocco destacam que as primeiras utilizações de [[GramáticaLinguística Sistêmicosistêmico-Funcionalfuncional|GSFLSF]] no Brasil foram feitas pelas professoras [[Rosa Konder]] e [[Carmen Rosa Caldas-Coulhard]], para a formação de professores de inglês como língua estrangeira na [[Universidade Federal de Santa Catarina]].<ref>MEURER, José Luiz; BALOCCO, Anna Elizabeth. A linguística sistêmico-funcional no Brasil: interfaces, agenda e desafios. Anais do SILEL, v. 1, 2009.</ref> O Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem da [[PUC-SP]], o primeiro programa de pós-graduação ''[[stricto sensu]]'' em [[Linguística Aplicada]] do [[Brasil]], criado em 1970, também foi fundamental para a difusão da teoria.
 
==Trabalhos selecionados==
Linha 47:
* 1973. {{Google books|MUVLDQEACAAJ|Explorations in the Functions of Language}}, London: Edward Arnold.
* 1975. {{Google books|BwuJjgEACAAJ|Learning How to Mean}}, London: Edward Arnold.
* WithCom C.M.I.M. Matthiessen, 2004. {{Google books|AwnKAgAAQBAJ|An Introduction to Functional Grammar}}, 3d edn. London: Edward Arnold. (4th edn. 2014)
* 2002. {{Google books|Pb0OcyXpt7EC|Linguistic Studies of Text and Discourse}}, ed. Jonathan Webster, Continuum International Publishing.
* 2003. {{Google books|o3S2ARKtN4IC|On Language and Linguistics}}, ed. Jonathan Webster, Continuum International Publishing.
Linha 53:
* 2006. {{Google books|wZCxi_ZpQDsC|The Language of Science}}, Jonathan Webster (ed.), Continuum International Publishing.
* 2006. {{Google books|-hC0E2cwQswC|Computational and Quantitative Studies}}, ed. Jonathan Webster, Continuum International Publishing.
* WithCom W. S. Greaves, 2008. {{Google books|10KxQAAACAAJ|Intonation in the Grammar of English}}, London: Equinox.
 
== Ver também ==
Linha 62:
* [[Christian Matthiessen]]
* [[J.R. Martin]]
*[[Ruqaiya Hasan]]
 
{{Referências}}