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[[Ficheiro:VistaPrespectiva recifede Pernaobuco como se melhor olhado do Mar desta villa até A Barretta.jpgpng|miniaturadaimagem|351x351px|VistaPerspectiva do porto do Recife nocomo iníciose domelhor séculovisto XVII, pordo [[Gillismar Peeters]](1609).<ref>{{Citar web |url=http://brasilhis.usal.es/es/referencia-bibliografica/moreno-diogo-de-campos-relacao-das-pracas-fortes-do-brasil-1609-edicao-de |titulo=Moreno, Diogo de Campos, Relação das praças fortes do Brasil (1609). Edição de José Antonio Gonsalves de Mello. {{!}} Base de Datos BRASILHIS |acessodata=2020-11-17 |website=brasilhis.usal.es}}</ref>]]
'''História do Recife''' diz respeito à trajetória histórica da cidade [[brasil]]eira do [[Recife]], capital do estado de [[Pernambuco]], que confunde-se em muitos momentos com a [[história do Brasil]].
 
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== Território caeté e invasão portuguesa ==
{{Artigo principal|prefixo=Veja também|Povos indígenas do Brasil|Brasil Colônia|Ciclo do açúcar}}
[[FileFicheiro:Vila de Olinda e Porto do Recife - Mapa de Luís Teixeira - c 1582-1585Baia_entulhada_do_Recife,_segundo_J._C.jpg_Branner.png|thumbminiaturadaimagem|326x326px310x310px|A vilabaía de Olinda e o portoentulhada do Recife noilustrada fimpor doJ. século XVIC. Do códice da [[Palácio Nacional da Ajuda|Biblioteca da Ajuda]]: Roteiro de todos os sinais, conhecimentos, fundos, baixos, alturas que há na costa do BrasilBranner.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books/about/A_cidade_do_Recife.html?id=VIpoAAAAMAAJ&redir_esc=y|título=A cidade do Recife: ensaio de geografia urbana|ultimo=Castro|primeiro=Josué de|data=1954|editora=Livraria-Editôra da Casa do Estudante do Brasil|lingua=pt-BR}}</ref>]]
Habitava a região que hoje corresponde ao município de Recife a [[Caetés (tribo)|nação Caeté]], cujo território se estendia da Paraíba ao Rio São Francisco<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/9056823|título=Mapa etno-histórico de Curt Nimuendajú|ultimo=Fundação Nacional Pro-Memória.|ultimo2=Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.|data=1981|editora=IBGE|local=Rio de Janeiro|oclc=9056823}}</ref>. A baía entulhada do [[rio Capibaribe]], que forma a planície onde hoje se encontra a cidade, servia de lar para algumas aldeias presentes ao longo da várzea desse rio, onde algumas dessas aldeias sobreviveriam até meados da ocupação holandesa no século XVII.
 
Alguns dos bairros da cidade atual mantém uma denominação tupi que remete às características de seu entorno, dada a influência desses habitantes originais na atual configuração urbana do Recife. São alguns dos bairros que carregam em seu nome tal característica a [[Caxangá (bairro do Recife)|Caxangá]], a [[Iputinga]], o [[Paissandu (bairro do Recife)|Paissandu]], [[Beberibe (bairro do Recife)|Beberibe]], o [[Ibura (bairro do Recife)|Ibura]] e [[Tejipió]]. Apesar de apelidada por "Veneza Brasileira", o Recife atual não utiliza seu potencial aquático como se relata ter sido a vida dos moradores caetés:<blockquote>"Para passarem estes [os caetés] aquele rio [o [[Rio São Francisco|São Francisco]]], que é um dos maiores do Brasil e irem ao outro lado fazer suas entradas pelo território [[Tupinambás|tupinambá]], usavam embarcações que faziam de certas palhas compridas, como se fossem tábuas, e que chamam de piripiri. Fazem delas os moradores daquele lugar [o território caeté] esteiras e enxergões para suas camas. Essas tábuas, depois de bem secas ao sol, juntavam em molhos onde dentro encaixavam um varapau do tamanho que fosse necessário. Prendiam bem os molhos com aneis feitos de cipó, que chamam de [[Timbó (planta)|timbó]], curtos e fortes, e depois juntando um molho com outro formavam uma esteira ainda maior, unidas entre si por paus, como chamam de jangadas. E com aquelas embarcações atravessam o rio e iam assaltar os tupinambás do outro lado."<ref>{{Citar web |ultimo=Jaboatão |primeiro=Antonio de Santa Maria |url=https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/182923 |titulo=Novo orbe serafico brasilico, ou, chronica dos frades menores da provincia do Brasil |data=1858 |acessodata=2020-11-17 |website=www2.senado.leg.br}}</ref></blockquote>[[Imagem:Olinda e Recife.jpg|thumb|esquerda|[[Olinda]] foi o local mais rico do [[Brasil Colônia]] da sua criação até a [[Invasões holandesas no Brasil|Invasão Holandesa]], quando foi devastada. O Recife sobrepôs então a vila que o originou.<ref name="Faina"/> Na foto, Olinda e Recife.]][[File:Vila de Olinda e Porto do Recife - Mapa de Luís Teixeira - c 1582-1585.jpg|thumb|326x326px|A vila de Olinda e o porto do Recife no fim do século XVI. Do códice da [[Palácio Nacional da Ajuda|Biblioteca da Ajuda]]: Roteiro de todos os sinais, conhecimentos, fundos, baixos, alturas que há na costa do Brasil.]]
No início do século XVI, os caetés resistiram às invasões portuguesas, isolando os invasores na [[Feitorias de Igarassu e na Ilha de Itamaracá|feitoria de Itamaracá]], fundada pela armada de [[Cristóvão Jacques]] em 1516<ref>{{Citar web |ultimo=Gama |primeiro=Jozé Bernardo Fernandes |url=https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/221727 |titulo=Memorias historicas da provincia de pernambuco : precedidas de um ensaio topographico-historico, dedicadas aos Illustrissimos, e Excellentissimos senhores Barão da Boa-Vista e barão de Suassuna |data=1844 |acessodata=2020-10-04 |website=www2.senado.leg.br}}</ref>. Rivais da coroa portuguesa, os franceses aliaram-se aos caetés e tomaram a feitoria de Pero Capico, seu administrador-fundador e fizeram refém seus ocupantes. Assim que tomou posse em 1521, [[João III de Portugal|D. João III]] de Portugal, despachou uma esquadra que tomou de volta a estrutura à força, esgotadas as tentativas de diplomacia com a coroa francesa<ref>{{Citar web |ultimo=Jaboatão |primeiro=Antonio de Santa Maria |url=https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/182923 |titulo=Novo orbe serafico brasilico, ou, chronica dos frades menores da provincia do Brasil |data=1858 |acessodata=2020-10-04 |website=www2.senado.leg.br}}</ref>. Dado o [[Atlântico Sul|cenário no Atlântico]], fez-se necessário a Portugal ocupar a região, quando então em 1530 partiu Duarte Coelho para ocupar as terras cedidas a ele pela coroa portuguesa.