Sapateado: diferenças entre revisões

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Ainda falando no Brasil, na década de 30, o dançarino de Teatro de revista e Cassinos Gualter Silva, que já atuava em vários teatros e companhias de revista em todo Brasil e principalmente nas do Rio de Janeiro, seu domicilio, introduziu em seus números de dança o sapateado americano, autodidata, ele já apresentava o sapateado americano em cassinos e teatros por todo Brasil, sendo o pioneiro na introdução da arte de sapatear no Brasil. Em 1936, teve oportunidade de aperfeiçoar seus passos da ...
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Sem registros históricos que possam precisar datas e locais, sabe-se muito pouco a respeito das origens do sapateado: algumas das suas primeiras manifestações datam de meados do [[século V]]. Posteriormente, desenvolveu-se a partir do período da primeira [[Revolução Industrial]]. Os operários costumavam usar [[tamanco]]s (''clogs'') para isolar a [[umidade]] que subia do [[solo]] e, nos períodos livres, reuniam-se nas ruas para exibir sua arte: quem fizesse o maior e mais variado número de sons com os [[pé]]s, de forma mais original, seria o vencedor. Por volta de 1800, os sapatos foram adaptados especialmente para esta dança. Os [[calçado|calçados]] eram mais flexíveis, feitos de alumínio, e moedas eram fixadas à [[sola]], para que o som fosse mais limpo. Mais tarde, finas placas de [[pedra]] (''taps'') passaram a ser fixadas no lugar das moedas, o que aumentou ainda mais a qualidade do som.
 
Nos [[EUA]] desenvolveu-se o chamado sapateado americano, introduzido no país por volta da primeira metade do século 19, na fusão que uniu ritmos e danças dos escravos, que já possuíam um estilo de dança próprio baseado nos sons corporais, com os estilos de sapateado praticados pelos imigrantes irlandeses e colonizadores ingleses. Movimentos com o corpo todo, abrindo a dança para o estilo próprio de cada executor. O sapateado americano acrescentou à forma irlandesa da dança toda a riqueza musical e de movimentos dos ritmos dançados pelos africanos e com isso criou uma modalidade de dança ímpar e que se espalharia, posteriormente, por todo o território dos EUA e, durante o século XX, diversos outros países.
 
A forma irlandesa do sapateado - também chamada de ''Irish Tap Dance'' - concentra-se nos pés, o tronco permanece rígido; já os americanos realizam sua ''Tap Dance'' esbanjando ritmos sincopados e movimentos com o corpo todo, abrindo a dança para o estilo próprio de cada executor. O sapateado americano acrescentou à forma irlandesa da dança toda a riqueza musical e de movimentos dos ritmos dançados pelos africanos e com isso criou uma modalidade de dança ímpar e que se espalharia, posteriormente, por todo o território dos EUA e, durante o século XX, diversos outros países.
 
A partir da década de 30 o sapateado ganhou força e popularidade com os grandes musicais, que contavam com a participação de nomes como [[Fred Astaire]], [[Gene Kelly]], [[Ginger Rogers]], [[Vera-Ellen]] e Eleanor Powell. Depois de um período de declínio do final da década de 50 ao inicio dos anos 70, nomes como Gregory Hines e, em especial, Brenda Bufalino (diretora da American Tap Dance Foundation) revitalizaram o sapateado americano, impulsionando toda uma nova geração, de onde surgiram nomes como o do grande astro Savion Glover, recentemente coreógrafo dos pinguins do filme [[Happy Feet]].
 
Profissionais de sapateado americano realizam periodicamente workshops e shows internacionais, levando a arte do sapateado para diversos países: além da Irlanda e Estados Unidos, países como França, Austrália, Alemanha, Espanha, Israel e Brasil possuem grupos, coreógrafos e estúdios de sapateado de expressão. O Brasil, em particular, recebe anualmente diversos profissionais americanos como forma de intercâmbio entre os grandes mestres da tap dance e os diversos núcleos de sapateado existentes por todo o território nacional. Ainda falando no Brasil, na década de 30, o dançarino de Teatro de revista e Cassinos Gualter Silva, que já atuava em vários teatros e companhias de revista em todo Brasil e principalmente nas do Rio de Janeiro, seu domicilio, introduziu em seus números de dança o sapateado americano, autodidata, ele já apresentava o sapateado americano em cassinos e teatros por todo Brasil, sendo o pioneiro na introdução da arte de sapatear no Brasil. Em 1936, teve oportunidade de aperfeiçoar seus passos da referida dança americana trabalhando com os sapateadores americanos , (The Black Stars) que haviam sido contratados por uma das companhias em que ele atuava. Apesar de autodidata , por sua experiência com sapateado desde a década de 30 e por nunca ter deixado de sapatear, na década de 60 resolveu ensinar um grupo de meninas a sapatear e formou então, o grupo "As pupilas do senhor Gualter", sua propria filha Inajara D´Avila Rodrigues (nome artistico Inajara de Tanduí). Na década de 70 mudando-se do Rio de Janeiro para São Paulo, começou a dar aulas de sapateado nas grandes academias de dança da época como Rennée Gumiel, Yolanda Verdier, Cisne Negro, Stagium e Nice Leite, Leonice Borges Piovani na cidade de Araraquara, entre outras. Teve a honra de iniciar no sapateado nomes que se tornaram referencia importante para o sapateado no Brasil, como as hoje professoras de sapateado Americano Kika, Marchina conforme foi dito em matérias publicadas por Steven Haper, passando a ser conhecido como Professor Gualter Silva que faleceu em 1993. Alguns anos após a sua morte, Steven Haper , professor e estudioso da história do sapateado no Brasil, escreveu alguns artigos sobre os pioneiros do sapateado e cita o professor Gualter Silva como um deles.
 
==Ver também ==
*[[Shim Sham]]