Assis Chateaubriand: diferenças entre revisões
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|prêmios ={{nowrap|[[Prêmio Maria Moors Cabot]] (1945)}}
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'''Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello''', mais conhecido como '''Assis Chateaubriand''' ou '''Chatô''' ([[Umbuzeiro (Paraíba)|Umbuzeiro]], [[4 de outubro]] de [[1892]] — [[São Paulo]], [[4 de abril]] de [[1968]]), foi um [[jornalista]], [[escritor]], [[advogado]], [[professor]] de [[direito]], [[empresário]], [[mecenato|mecenas]] e [[político]] [[brasil]]eiro. Destacou-se como um dos homens públicos mais influentes do Brasil entre as décadas de 1940 e 1960.<ref>
Chateaubriand foi um magnata das comunicações no Brasil entre o final dos anos 1930 e início dos anos 1960, dono dos [[Diários Associados]], que foi o maior conglomerado de mídia da América Latina, que em seu auge contou com mais de cem jornais, emissoras de rádio e TV, revistas e agência telegráfica. Também é conhecido como o cocriador e fundador, em 1947, do [[Museu de Arte de São Paulo]] (MASP), junto com [[Pietro Maria Bardi]], e ainda como o responsável pela chegada da televisão ao Brasil, inaugurando em 1950 a primeira emissora de TV do país, a [[Rede Tupi|TV Tupi]]. Foi Senador da República entre 1952 e 1957.<ref>[http://www.senado.gov.br/sf/SENADORES/senadores_biografia.asp?codparl=1658&li=38&lcab=1946-1951&lf=39 Senado Federal – Senador Assis Chateaubriand]</ref>
Figura polêmica e controversa, odiado e temido, Chateaubriand já foi chamado de [[Cidadão Kane]] brasileiro,<ref>
==Biografia==
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Chateaubriand casou-se uma vez apenas, com Maria Henriqueta Barroso do Amaral, filha do juiz [[Zózimo Barrozo do Amaral|Zózimo Barroso do Amaral]], com quem teve Fernando. Além dele teve dois filhos: Gilberto e Teresa.<ref>[http://www.museudatv.com.br/biografias/Assis%20Chateaubriand.htm Chateaubriand:casamento]</ref> Em 1934, desquitou-se e uniu-se a uma jovem de nome Corita, com quem teve uma filha, Teresa. Chatô sequestrou a própria filha, assumindo a paternidade e, com o apoio de Getúlio Vargas, obteve o [[Poder familiar|pátrio poder]].
As relações de Chatô, especialmente com os filhos, são conturbadas e repletas de grandes conflitos e separações radicais.<ref>
=== Carreira ===
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Foi um dos homens mais influentes do Brasil nas décadas de 1940 e de 1950 em vários campos da sociedade brasileira. Assis Chateaubriand criou e dirigiu a maior cadeia de imprensa do país, os [[Diários Associados]]: 34 jornais, 36 emissoras de rádio, 18 estações de televisão, uma agência de notícias, uma revista semanal (''[[Revista O Cruzeiro|O Cruzeiro]]''), uma mensal (''[[A Cigarra]]''), várias revistas infantis (iniciada com a publicação da [[revista em quadrinhos]] [[O Guri]] em [[1940]]), e a editora [[O Cruzeiro (editora)|O Cruzeiro]].<ref>[[Gonçalo Junior]] [[Editora Companhia das Letras]], [[A Guerra dos Gibis - a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-1964]], 2004.{{ISBN|8535905820}}</ref>
Deixou os Diários Associados para um grupo de vinte e dois funcionários, atualmente liderados por Álvaro Teixeira da Costa. O Condomínio Acionário das Emissoras e Diários Associados é, conjuntamente, o terceiro maior grupo de comunicações do país. Tendo como carro chefe cinco jornais em grandes cidades do Brasil, líderes em suas respectivas praças (dos quinze que ainda restam).
A 23 de abril de 1960, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da [[Ordem Militar de Cristo]], de Portugal.<ref name="OHnp">{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=154 |título=Entidades Estrangeiras Agraciadas com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2021-03-11 |notas=Resultado da busca de "Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo".}}</ref>
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===Projetos culturais===
Já em 1927 Assis Chateaubriand idealizava uma casa de pintura e escultura “para formar o interesse de nossa gente pelas artes plásticas”, segundo o próprio jornalista. Para tanto, iniciou naquele ano a coleta de itens de arte, apoiado por [[Frederico Barata]] e [[Eliseu Visconti]], em cujo ateliê da Av. Mem de Sá, no Rio de Janeiro, eram armazenadas as primeiras peças que iriam compor o acervo do futuro museu. Além de outras doações, Assis Chateaubriand receberia do próprio [[Visconti]] quatro telas de sua autoria, além do apoio e ajuda para o empreendimento, o que o levou a incluir o artista, junto com [[Frederico Barata]], na linha dos projetistas do futuro museu.<ref
Em [[1941]], promoveu a ''[[Campanha nacional da aviação]]'', com o lema "Deem asas ao Brasil", na qual foi criada a maioria dos atuais [[aeroclube]]s pelo interior do Brasil, juntamente com [[Joaquim Pedro Salgado Filho]], então [[Ministério da Guerra (Brasil)|Ministro da Guerra]] do governo Vargas.<ref name="Dêem Asas ao Brasil">
Funda o [[Museu de Arte de São Paulo]] (MASP) em 1947, com uma coleção particular de pinturas de grandes mestres europeus que ele adquiriu a preços de ocasião na Europa empobrecida do pós-[[Segunda Guerra Mundial]] (em aquisições por vezes financiadas à base de chantagem de empresários brasileiros), coleção esta que o presidente [[Juscelino Kubitschek]] havia tido o bom senso de, durante seu governo, colocar sob a gestão de uma fundação, em troca de auxílio governamental ao pagamento de parte da astronômica dívida do Condomínio Associado.
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