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[[Ficheiro:Ibogaine.svg|thumb|Molécula da ibogaina, C<sub>20</sub>H<sub>26</sub>N<sub>2</sub>O]]
 
'''Ibogaína''' é o [[princípio ativo]] da [[raiz]] da [[iboga]]. Trata-se de um [[alcalóide]] [[Indolina|indólico]] alucinógeno (entre religiosos, [[Enteógeno|enteogênico)]] supostamente capaz de antagonizar e anular a ação de uma série de alcalóides ou [[Composto orgânico|compostos orgânicos]] [[Nitrogênio|nitrogenados]] de intensa [[bioatividade]] sobre o [[cérebro]].
 
Obtida de um arbusto da família [[Apocynaceae]], de origem africana ,<ref> [https://www.clinicaibogaina.com.br/ibogaina "Tabernanthe Iboga"] - ''Tudo Sobre Ibogaína'' </ref>, nas regiões do [[Congo]] e do [[Gabão]] entre os [[pigmeus]] e alguns povos [[bantos]], que possivelmente assimilaram essa prática pelo contato com esses misteriosos povos da floresta que são os pigmeus, se praticam [[Ritual|rituais]] com preparados dessa planta denominado, entre as tribos Apindji e Mitsogho, como Buiti. Outros grupos e etnias do Gabão também o utilizam possivelmente a partir desse contato cultural.<ref>Samorini, Giorgio. Buiti: religião enteogênica africana. in: Labate, Beatriz C.; Goulart, Sandra L. (Org.) O uso ritual das plantas de poder. SP, Mercado das Letras, FAPESP, 2005 </ref>
 
De acordo com a antropóloga Labate, há dois tipos de Buiti: o tradicional que surgiu no século 19 - e o sincrético, o mais difundido, que é produto da fusão do primeiro com elementos de outros cultos africanos e da influência da evangelização cristã no continente no início do século 20. Possivelmente sob influência das notícias de cura, transformações psicológicas associada à conversão religiosa e participações de estrangeiros, o mundo ocidental tem despertado interesse sobre essa planta e esse ritual que também é utilizado no .<ref> [https://www.clinicaibogaina.com.br "Tratamento com Ibogaína"] - ''tratamento com ibogaína'' </ref>.
 
Inédita pesquisa brasileira, conduzida pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e publicada em 2014 pelo prestigiado [http://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/0269881114552713 The Journal of Psychopharmacology, da Inglaterra],<ref>Treating drug dependence with the aid of ibogaine: A retrospective study</ref>, uma das publicações mais relevantes na área de Psicofarmacologia do mundo, concluiu que a Ibogaína pode interromper dependência de cocaína, crack e outras formas de vício em 72% dos casos.
 
O estudo foi conduzido por uma equipe formada por 4 profissionais​ –​ o neurocientista Dr. Eduardo Schenberg, o médico Bruno Rasmussen Chaves, a psicóloga Maria Angelica Comis e o psiquiatra Dr. Dartiu Xavier -​ e ​foi realizado entre janeiro de 2005 e março de 2013. 
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A pesquisa produzida pela UNIFESP acabou dando origem a uma série de enunciados publicados pelo CONED-SP (Conselho Estadual de Política Sobre Drogas do Estado de São Paulo) visando a regulamentar o uso médico desta substância. Tratamentos com Ibogaína somente podem ser realizados em hospitais e por médicos devidamente habilitados.
 
Quimicamente, a ibogaína é classificada como uma [[triptamina]], análoga à [[melatonina]], estruturalmente semelhante à [[harmalina]]. Um dos primeiros pesquisadores a estudar os potenciais efeitos da ibogaína psicoterápico foi o psiquiatra chileno [[Claudio Naranjo]], na década de 1960s e segundo Freedlander, 2003 o uso da ibogaína para o tratamento da dependência de drogas tem sido baseada em relatos da International Coalition of Addict Self-Help (ICASH) e DASH (Dutch Addict Self-Help Group) de pesquisas realizadas com voluntários desde os anos 80. <ref> Freedlander, Jonathan. Ibogaine: a novel anti-addictive compound, a comprehensive literature review. Journal of Drug Education and Awareness, 2003; 1:79-98. [http://www.erowid.org/chemicals/ibogaine/ibogaine_article3.shtml Erowid Vault: Ibogaine] Jun. 2011</ref>
Estudo feito pela Universidade Federal de São Paulo mostrou que a ibogaína é cinco vezes mais eficiente para interromper a dependência química do que tratamentos já conhecidos. É extraída da raiz da Iboga. <ref>Werneke U, Turner T, Priebe S. Complementary medicines in psychiatry: review
of effectiveness and safety. Br J Psychiatry. 2006 Feb;188:109-21. Review. PubMed PMID 16449696.</ref><ref>Papadodima SA, Dona A, Evaggelakos CI, Goutas N, Athanaselis SA. Ibogaine
related sudden death: a case report. J Forensic Leg Med. 2013 Oct;20(7):809-11.
{{doi|10.1016/j.jflm.2013.06.032}}. Epub 2013 Aug 5. PubMed PMID 24112325.</ref><ref>Mazoyer C, Carlier J, Boucher A, Péoc'h M, Lemeur C, Gaillard Y. Fatal case of
a 27-year-old male after taking iboga in withdrawal treatment: GC-MS/MS
determination of ibogaine and ibogamine in iboga roots and postmortem biological
material. J Forensic Sci. 2013 Nov;58(6):1666-72. {{doi|10.1111/1556-4029.12250}}.
Epub 2013 Aug 6. PubMed PMID 23919354.</ref><ref>Jalal S, Daher E, Hilu R. A case of death due to ibogaine use for heroin
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'''Assim, podemos confirmar que a ibogaína trás excelentes resultados ao tratamento da dependência química, inclusive já com o parecer e análise da justiça.'''
 
{{Referências|Notas e referências}}
 
== Ver também ==
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* [[Psicoterapia psicodélica]]
* [[Vacina contra cocaína]]
 
{{Referências|Notas e referências}}
 
 
{{Esboço-fármaco}}
{{Controle de autoridade}}
 
[[Categoria:Toxicologia]]
[[Categoria:Alcaloides]]
[[Categoria:Enteógenos]]
[[Categoria:Antagonistas nicotínicos]]
[[Categoria:Antagonistas do receptor NMDA]]
[[Categoria:Éteres fenólicos]]
[[Categoria:Agonistas do receptor de serotonina]]
[[Categoria:Agonistas sigma]]
[[Categoria:Triptaminas]]