Marco Minúcio Rufo (cônsul em 221 a.C.): diferenças entre revisões

Em 217 a.C., o segundo ano da [[Segunda Guerra Púnica]], foi nomeado pelo [[Senado Romano|Senado]] como [[mestre da cavalaria]] do [[ditador romano|ditador]] [[Fábio Máximo]]<ref>[[Políbio]] III, 87, 6-9.</ref>. Era um dos principais expoentes entre os jovens soldados que estavam descontentes com a [[Ditadura de Fábio Máximo|tática de Fábio Máximo]], pois não aprovava a [[guerra de guerrilha]] que "o Protelador" vinha conduzindo para enfrentar os cartagineses por acreditar que ela não produzia as grandes vitórias esperadas pelos romanos.<ref name="Periochae22.6"/>.

Minúcio conseguiu a oportunidade de comandar as tropas romanas quando Fábio foi reconvocado a Roma por motivos religiosos<ref>[[Políbio]] III, 94, 9-10.</ref> e rapidamente lançou as tropas contra um grupo de [[cartagineses]] que estavam em missão de busca de alimentos. Ele conseguiu derrotá-los e exaltou sua vitória em Roma.<ref>[[Políbio]] III, 101 - 102</ref>. As notícias desta escaramuça foram recebidas em Roma como as de uma grande vitória e [[tribuno da plebe]] [[Marco Metílio]]<ref name="Periochae22.6"/> ou, segundo outras fontes, [[Caio Terêncio Varrão]] (o futuro cônsul de 216 a.C.),<ref>Baker, G.P, Hannibal, p 123 id=ISBN 0-8154-1005-0</ref>, propôs uma lei para outorgar a Minúcio a mesma posição que Fábio. A lei foi aprovada depressa, outorgando a duas pessoas ao mesmo tempo pela primeira vez na sua história o cargo de [[ditador romano]].<ref>[[Políbio]] III, 103, 1-4</ref>. Minúcio propõe a Fábio que eles se alternassem diariamente no comando, mas Fábio defende que, se houvesse estratégias conflitantes, o melhor seria dividir o exército.<ref>[[Políbio]] III, 103, 7-8.</ref><ref name="Periochae22.6">[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' ''Epit'' 22.6.</ref>. Minúcio escolheu dividir o exército, fazendo-se ele cargo das legiões número II e III e de outras duas legiões de aliados. Acampou a uma milha e meia a sul do acampamento de Fábio,<ref>Peddie, John, Hannibal's War, p96 id=ISBN 0-7509-3797-1</ref> possivelmente no mesmo lugar no que se situara o acampamento temporário de Aníbal.<ref>Políbio 3.103. 7-8 </ref>.

[[Aníbal]], conhecendo a impaciência do novo ditador, preparou-lhe uma armadilha atraindo seu exército para uma colina para depois cercá-lo.<ref>[[Políbio]] III, 104, 1-3.</ref>. A princípio, Minúcio enviou apenas uns poucos homens, mas logo se viu obrigado a enviar mais e mais forças até que todo o seu exército estava empenhado na batalha.<ref>[[Políbio]] III, 104, 4-7 e 105, 1-4.</ref>. Se Fábio não tivesse intervindo atacando a retaguarda de Aníbal, Minúcio seria certamente derrotado.<ref name="Periochae22.6"/><ref>[[Políbio]] III, 105, 5-11.</ref>. Reconhecendo a superioridade no comando e na tática de Fábio, Minúcio renunciou ao cargo.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' ''Epit'' 22.7.</ref>.

* {{Citar livro|autor=[[Políbio]]|título=[[Histórias (Políbio)|Histórias (Ἰστορίαι)]]|volume=III|cid=Polibio|língua=inglês| url = http://penelope.uchicago.edu/Thayer/E/Roman/Texts/Polybius/home.html}}

* {{Citar livro|autor=[[Lívio]]|título=''Periochae'' (Epit)|url=http://la.wikisource.org/wiki/Ab_Urbe_Condita_%E2%80%93_Periochae|volume=21-30|cid=Periochae|língua=latim}}