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== Biografia ==
Filho de Joana de Aza e Félix de Gusmão, Domingos nasceu na zona de fronteira do [[Reino de Castela]]. Seus pais pertenciam à pequena [[nobreza]] guerreira, encarregadosencarregue de assegurar as praças militares da fronteira com o sul dominado ainda pelos muçulmanos. Sua mãe é considerada [[Beato|beata]] da Igreja Católica, a Beata Joana de Aza, a festa é no dia 2 de agosto.<ref>{{Citar web |ultimo=Op |primeiro=Frei José Carlos Lopes Almeida |url=http://vitaefratrumordinispraedicatorum.blogspot.com/2011/08/beata-joana-de-aza-mae-de-sao-domingos.html |titulo=Vitae Fratrum Ordinis Praedicatorum: Beata Joana de Aza, Mãe de São Domingos |data=2011-08-02 |acessodata=2021-04-26 |website=Vitae Fratrum Ordinis Praedicatorum}}</ref>
 
Domingos, que teve desde cedo inclinação para a vida religiosa, vai em 1189 estudar para [[Palência]], tornando-se, após a conclusão dos estudos membro em 1196, do [[cabido]] da sua [[diocese]] natal, [[Osma]].
 
Em 1203, o rei de Castela solicita ao [[bispo]] de Osma que este fosse negociar e trazer uma princesa da [[Dinamarca]] para se tornar esposa do seu filho, tendo Domingos sido companheiro de viagem do seu [[bispo]], Diogo. Durante a viagem, Domingos ficou para sempre impressionado com o desconhecimento da doutrina cristã dos povos da [[Europa]] do norte, tornando-se-lhe evidente que ase necessidadetornava denecessário ir [[evangelização|evangelizar]] aqueles povos, em especial um com que certamente contatoucontactou, os [[cumanos]].
 
Em 1205, Domingos e Diogo, para conclusão do objetivo inicial, realizaram nova missão ao norte da [[Europa]], tendo também efetuado uma peregrinação a [[Roma]] e a [[Cister]]. No sul de [[França]], junto a [[Montpellier]], encontraram [[legado]]s do [[Papa]] que pregavam contra as [[heresia]]s dos [[Catarismo|Albigenses]], ou [[Cátaros]]. Este grupo afirmava que dois princípios dividiam o Universo: o princípio bom, espiritual, e o princípio mau, material. O homem era a junção dos dois princípios, um anjo aprisionado num corpo. O dever do homem seria aproximar-se da verdade tendo como fator mediante a razão. Também negavam o direito do Estado punir criminosos e a validade dos juramentos. É preciso lembrar que na Idade Média os juramentos constituíam a base da confiança social. Negar a validade dos juramentos na Idade Média era tão grave quanto negar a validade da lei na sociedade moderna. Com essa ética rígida, é claro que os cátaros não ajuntariam muitos fiéis. Sendo assim, eles estabeleceram dois tipos de fiéis: os "perfeitos" e os "simples". Os perfeitos seguiam a ética cátara a risca, vivendo em comunidades isoladas. Os simples não tinham o dever de seguir qualquer código de conduta, e para ter a garantia de ir para o Céu bastava-lhes receber o "''consolamentum''", um tipo de extrema-unção. Em suma, a heresia cátara defendia uma moral dupla: a vida ascética para a minoria, e a libertinagem para a maioria, com a salvação obtida sem esforço. Por isso que tal heresia conquistou muitos adeptos. A Igreja demonstrou grande paciência antes de tomar medidas contra a ameaça cátara. De 1119, quando a heresia foi condenada no Concílio de Toulouse<ref>{{citar web|url = http://www.newadvent.org/cathen/01267e.htm|titulo = Catholic Encyclopedia|data = |acessodata = 19/02/2016|publicado = |ultimo = |primeiro = }}</ref>, até 1179, Roma se contentou em enviar pregadores para a região, sem obter muito sucesso.<ref>{{citar web|url = http://archives.sspx.org/against_sound_bites/defense_of_the_inquisition.htm|titulo = Em Defesa da Inquisição|data = Novembro de 1999|acessodata = 19/02/2016|publicado = The Angelus Magazine|ultimo = Dupuis|primeiro = Jean-Claude}}</ref> Diogo e Domingos, perante a evidência das dificuldades sentidas na missão dos legados papais, convencem-nos a adotar uma estratégia de simplicidade ao estilo apostólico e [[mendicante]], pois que os Legados, até aí, deslocavam-se com grande pompa, criados, e riquezas. Os Legados deixam-se convencer, despachando para casa tudo o que fosse supérfluo, na condição que Diogo e Domingos os acompanhassem e os dirigissem na missão. O que estes fizeram. O [[Papa Inocêncio III]], descobrindo virtudes nesta nova forma de [[pregação]], aprova a mesma e manda Diogo e Domingos para a “''santa pregação''”. Diogo, sendo bispo, por razão das suas responsabilidades e não podendo ficar muito mais tempo naquela região, regressou à sua [[diocese]], falecendo pouco tempo depois. Domingos continuou na região, muitas vezes sozinho.