Jean Sylvain Bailly: diferenças entre revisões

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'''Jean Sylvain Bailly''' ([[Paris]], {{dtlink|lang=br|15|9|1736}} — Paris, {{dtlink|lang=br|12|11|1793}}) foi um [[Astronomia|astrônomo]] e [[político]] [[França|francês]].
 
Membro da [[Academia francesa]], calculou a [[órbita]] do [[cometa Halley]]. Em [[1766]] publicou ''Ensaio sobre a teoria dos satélites'' e em [[1771]] escreveu a dissertação ''Sobre as desigualdades na luz dos satélites de Júpiter''. Com a [[Revolução francesa]], interrompreu seus estudos. Eleito deputado e posteriormente escolhido presidente do [[Terceiro Estado]] e o prefeito da Paris. Sua ordem para a dispersão de [[Massacre do Campo de Marte|manifestantes no Campo de Marte]] tornou-o detestado pelo povo, tal como o [[Marquês de La Fayette]], o que obrigou-o a refugiar-se em [[Nantes]]. Posteriormente foi reconhecido e levado para Paris, onde foi condenado pelo [[Tribunal Revolucionário]].
 
Eleito deputado, é posteriormente escolhido presidente do [[Terceiro Estado]] e prefeito de Paris.
 
Após a fracassada [[Fuga de Varennes|tentativa de fuga da família real]], Bailly tentou conter a multidão republicana que pedia a destituição de [[Luís XVI]]. Na manhã de [[17 de julho]] de [[1791]], a tensão crescia à medida que aumentavam as suspeitas de traição por parte do rei. Cidadãos suspeitos de criticar o governo ou a Guarda Nacional eram interrogados e detidos. <ref name = "Andress">{{Cite book|title=Massacre at the Champ de Mars: popular dissent and political culture in the French Revolution|last=Andress|first=David|publisher=Royal Historical Society: Boydell Press|year=2000|location=Rochester}}</ref>{{rp|174–190}} Bailly, ao saber de uma concentração no [[Champ de Mars]], onde cidadãos se reuniam para assinar petições pela destituição do Rei, impôs a [[lei marcial]] e ordenou que a Guarda Nacional dispersasse a reuião. Seguiu-se uma repressão violenta, com muitos mortos, e Bailly, juntamente com [[Gilbert du Motier, Marquês de La Fayette|Lafayette]], foi responsabilizado por aquilo que ficaria conhecido como o [[Massacre do Campo de Marte]], fato considerado pelos revolucionários como um exemplo de opressão pelo governo.<ref name = "Andress" />{{rp|174–190,213}} Assim, tendo-se tornado extremamente impopular, Bailly renunciou às suas funções políticas em 12 de novembro e foi substituído, quatro dias depois, por Jerôme Pétion. Bailly mudou-se para Nantes onde compôs sua obra ''Mémoires d'un Témoin'', em 3 volumes, publicada entre 1821 e 1822, contendo uma narrativa incompleta dos eventos extraordinários de sua vida pública.
 
[[Ficheiro:Bailly to execution.jpg|thumb|left|Bailly sendo levado à execução]]
Em julho de 1793, Bailly deixou Nantes para encontrar seu amigo [[Pierre Simon Laplace]], em [[Melun]], onde acabou por ser reconhecido e preso. Em 14 de outubro, foi pressionado a testemunhar contra [[Maria Antonieta]], mas recusou-se. Em 10 de novembro de 1793, ele próprio foi levado perante o [[Tribunal Revolucionário]], em Paris, e após um julgamento sumário, foi condenado à morte. Em 12 de novembro de 1793, foi [[guilhotina]]do no [[Campo de Marte (Paris)|Campo de Marte]], lugar escolhido como símbolo de sua traição ao povo. A pequena bandeira vermelha que ele havia usado para dar a ordem de atirar na multidão foi amarrada ao carrinho que o levou à guilhotina e queimada diante dele antes de sua execução<ref name="Aykroyd2014">{{cite book|author=W. R. Aykroyd|title=Three Philosophers: Lavoisier, Priestley and Cavendish|url=https://books.google.com/books?id=bia0BQAAQBAJ&pg=PA168|data=12 de maio de 2014|publisher=Elsevier Science|isbn=978-1-4831-9445-5|page=159}}</ref> Foi a rememoração desse evento, após 10 de agosto de 1793, juntamente com a perseguição de [[Marat]], que levou Bailly ao [[patíbulo]].<ref name = "Andress" /> {{rp|213}} Sob uma chuva gelada, diz-se que suportou com altivez os insultos da multidão. Quando um popular gritou ''"Tu tremes, Bailly?"'', ele respondeu: ''"Só de frio"''.
 
Conta-se que, quando se dirigia ao [[cadafalso]], tremia fortemente. Indagado se o fazia por medo, respondeu: - ''Tremo, sim, mas é de frio''. Morreu guilhotinado.<ref>'''''Bailly''', Jean Sylvain'', pag. 204 - '''Grande Enciclopédia Universal''' - edição de 1980 - ed. Amazonas</ref>
{{Referências}}
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{{DEFAULTSORT:Bailly, Jean Sylvain}}
[[Categoria:Astrónomos da França]]