Fraccionismo: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Zorglub (discussão | contribs)
Zorglub (discussão | contribs)
Linha 39:
 
== Preparação ==
Nito Alves, depois de ter sido ouvido pela comissão de inquérito em {{DataExt||2|1977}}, começou a convencer o povo de que a acusação de ''Fraccionismo'' que lhe era dirigida estava associada a uma intenção de ''golpe de estado'' que lhe procuravam também imputar. Realçava igualmente o facto de que, alguns dirigentes do MPLA teriam transmitido informações a militantes sobre a previsão de fuzilamento dele próprio, em Janeiro desse ano.<ref>{{citar livro|autor=Rafael del Pino|título=Proa a la libertad|editora=Planeta|local=México|ano=1991}}</ref>
{{mais fontes|Esta secção|data=Maio de 2021}}
Nito Alves, depois de ter sido ouvido pela comissão de inquérito em {{DataExt||2|1977}}, começou a convencer o povo de que a acusação de ''Fraccionismo'' que lhe era dirigida estava associada a uma intenção de ''golpe de estado'' que lhe procuravam também imputar. Realçava igualmente o facto de que, alguns dirigentes do MPLA teriam transmitido informações a militantes sobre a previsão de fuzilamento dele próprio, em Janeiro desse ano.
 
Convenceu também os seus seguidores de que as cadeias estavam a ser preparadas pelas forças afectas a esse grupo para receber presos que a segurança já tinha em mira. Foi neste clima de desconfiança generalizada no MPLA e da suposta tentativa de eliminação física de alguns dos seus militantes que Nito Alves e o grupo dos seus apoiantes mais próximos promoveram a mobilização de grande parte dos membros do MPLA em sua defesa, com o apoio de algumas das organizações de massas, de alguns populares de Luanda (particularmente do musseque Sambizanga) e de sectores importantes do exército.<ref>{{citar livro|autor=Rafael del Pino|título=Proa a la libertad|editora=Planeta|local=México|ano=1991}}</ref>
 
Os chamados Nitistas manifestaram-se genuinamente no país a {{DataExt|27|5|1977}}, de forma inequívoca, apoiados pelo exército, contra a linha de orientação repressiva que pensavam estar a ser seguida e contra a deterioração da vida do povo e carência generalizada de géneros alimentares, procurando obter o apoio de Agostinho Neto às suas pretensões de depurar a organização destes elementos da aliança das forças [[Maoísmo|Maoístas]] e de direita para garantir o aprofundamento da revolução popular.<ref>{{citar livro|autor=Rafael del Pino|título=Proa a la libertad|editora=Planeta|local=México|ano=1991}}</ref>
 
O que de facto os seus apoiantes não sabiam é que toda essa situação tinha sido orquestrada por Nito Alves, conduzido por agentes da [[CIA]] e que através de elementos bem colocados, manipulavam os média e as bases populares, criando armazéns clandestinos onde acumulavam imensos bens alimentares e outros de primeira necessidade, os mesmos de que o povo reclamava carência, preparando-se para abrir esses mesmos armazéns depois do golpe para apaziguar as massas. Tratando-se claramente de manipulação descarada e camuflada.<ref>{{citar livro|autor=Rafael del Pino|título=Proa a la libertad|editora=Planeta|local=México|ano=1991}}</ref>.
 
== O golpe ==