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[[Imagem:Radiation warning symbol.jpg |miniaturadaimagem |Novo símbolo (2007) para uso em fontes radioativas extremamente perigosas.<ref name="IAEA1">{{citar web|url=https://www.iaea.org/newscenter/news/new-symbol-launched-warn-public-about-radiation-dangers-0 |título=New symbol launched to warn public about radiation dangers |acessodata=23 de setembro de 2017 |data=27 de julho de 2017 |publicado=International Atomic Energy Agency |língua=en}}</ref>]]
Os efeitos biológicos da radiação podem ser classificados quanto ao mecanismo de ação: direto ou indireto.
* Mecanismo direto: ocorre quando a radiação age sobre uma [[biomolécula]] importante como o [[Ácido desoxirribonucleico|ADN]] (em inglês: ''DNA''), principal constituinte dos [[cromossomo]]s do [[Núcleo celular|núcleo]] da [[célula]]. A radiação pode danificar a molécula de ADN e isso pode levar a [[Mutação|aberrações cromossômicas]];<ref name=Emico3/><ref name=Emico4/>
* Mecanismo indireto: ocorre quando a radiação age na molécula da [[água]], que compõe cerca de 70% das células. A molécula da água é quebrada ([[radiólise]]) e formam-se [[Radical (química)|radicais livres]] como a [[hidroxila]] (OH) e produtos oxidantes como o [[peróxido de hidrogênio]] (água oxigenada). Estes produtos são muito reativos e atacam moléculas importantes para o funcionamento celular como o ADN.<ref name="Emico3" /><ref name="Emico4" />
 
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Algumas aplicações industriais que utilizam a radiação ionizante produzida por [[radioisótopo |fontes radioativas]] ou [[aceleradores de partículas]] são:<ref name=Emico5/>
 
*Esterilização por irradiação: neste processo são usados raios X e gama de alta energia, produzidos por fontes como o [[Cobalto#Isótopos|<sup>60</sup>Co]] ou [[acelerador linear|aceleradores lineares]] com o intuito de destruir micro-organismos nocivos.<ref name=IPEN2/> Isso pode ser feito para materiais hospitalares (como seringas, algodão, sutura) mas também pode ser usado para irradiação de alimentos, diminuindo a contaminação por micro-organismos ou inibindo o brotamento. Neste caso é importante notar que não há contato dos alimentos com o material radioativo, inexistindo a possibilidade de contaminação.<ref name=IPEN_relat2/>
*Modificação de materiais por irradiação: é possível alterar ou melhorar a coloração de [[gemas]] para uso em joias, como [[água marinha]], [[topázio]], [[quartzo]] e [[turmalina]].<ref name=IPEN1/><ref name=IPEN_relat1/> Plásticos também podem ser irradiados por elétrons tendo suas propriedades melhoradas através de reações de [[reticulação]], como por exemplo a isolação de cabos elétricos.<ref name=IPEN3/>
*Controle de processos usando fontes radioativas: fontes radioativas seladas (ou seja, seladas de forma rígida e inviolável) podem ser usadas para monitorar a espessura de [[Filme fino |filmes]] e o nível de fluídos em envasamentos.
*Radiografia com fontes gama: quando é necessário verificar a integridade de materiais e equipamentos em campo de forma não destrutiva, mas onde não seja possível o uso de um aparelho de raios X, pode-se utilizar fontes radioativas seladas, emissoras de raios gama como o [[Irídio#Isótopos|<sup>192</sup>Ir]].
 
=== Aplicações na medicina ===
No início do [[século XX]], quando ainda não havia falta de maiores estudos sobre as propriedades físico-químicas da radiação, uma série de [[terapia]]s com elementos radioativos (especialmente [[urânio]], [[rádio (elemento químico)|rádio]] e [[radônio]]) foram propostas e até mesmo comercializadas. Nos [[Estados Unidos]], apenas a partir da [[década de 1930]] foram tomadas medidas para proibir o uso de produtos com substâncias radioativas prejudiciais à saúde. Até a [[década de 1940]], uma empresa americana comercializava medicamentos na forma de [[pomada]]s, [[comprimido]]s e [[supositório]]s contendo elementos radioativos.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=PSb5BwAAQBAJ&printsec=frontcover&dq=Environmental+radon&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwioxLWPoq7RAhXEEZAKHXZpAx8Q6AEIHTAA#v=onepage&q=Environmental%20radon&f=false|titulo=Environmental Radon|ultimo=Cothern|primeiro=C. Richard|ultimo2=Jr|primeiro2=James E. Smith|data=2013-11-21|editora=Springer Science & Business Media|lingua=en|isbn=9781489904737}}</ref>
 
Radiações podem ser usadas para pesquisa, diagnóstico e tratamento na medicina estando todos esses usos sujeitos às regulações governamentais. Nos EUA, esses usos constituem a principal fonte de exposição humana a radiação.<ref name=":0">{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://web.archive.org/web/20120405155416/http://www.epa.gov/radiation/docs/402-k-07-006.pdf |titulo=Radiation: Risks and Realities |data=maio de 2007 |acessodata=6 de janeiro de 2017 |publicado=Environmental Protection Agency|ultimo=|primeiro=}}</ref> Na pesquisa, normalmente usam-se pequenas doses de radiação, na busca de novas formas de diagnosticar e tratar doenças.<ref name=":1">{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20130627181106/http://hps.org/publicinformation/ate/q1378.html |titulo=Use of radiation in medicine |data=2013-06-27 |acessodata=2017-01-06}}</ref>
 
De uma maneira geral, as aplicações das radiações ionizantes na medicina compreendem um campo genericamente denominado [[radiologia]], que por sua vez compreende a [[radioterapia]], a [[Diagnóstico por imagem|radiologia diagnóstica]] e a [[medicina nuclear]].<ref name=Emico4/>
 
Um dos usos mais comuns, para diagnóstico, são os raios-X; na Rússia 50% da população está sujeita a eles,<ref name= "Pivovarov" /> e nos EUA raios-X são utilizados em mais de metade dos diagnósticos de ferimentos físicos.<ref name=":0" /> Também se destacam a tomografia computadorizada (em inglês ''CT scan'') e o uso de [[Radioisótopo|radionuclídeos]] para formação de imagens na medicina nuclear.<ref name=":1" />
Radiações podem ser usadas para pesquisa, diagnóstico e tratamento na medicina estando todos esses usos sujeitos às regulações governamentais. Nos EUA, esses usos constituem a principal fonte de exposição humana a radiação.<ref name=":0">{{citar web|url=https://web.archive.org/web/20120405155416/http://www.epa.gov/radiation/docs/402-k-07-006.pdf|titulo=Radiation: Risks and Realities|data=maio de 2007|acessodata=6 de janeiro de 2017|publicado=Environmental Protection Agency|ultimo=|primeiro=}}</ref> Na pesquisa, normalmente usam-se pequenas doses de radiação, na busca de novas formas de diagnosticar e tratar doenças.<ref name=":1">{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20130627181106/http://hps.org/publicinformation/ate/q1378.html|titulo=Use of radiation in medicine|data=2013-06-27|acessodata=2017-01-06}}</ref>
Um dos usos mais comuns, para diagnóstico, são os raios-X; na Rússia 50% da população está sujeita a eles,<ref name= Pivovarov/> e nos EUA raios-X são utilizados em mais de metade dos diagnósticos de ferimentos físicos.<ref name=":0"/> Também se destacam a tomografia computadorizada (em inglês ''CT scan'') e o uso de radionuclídeos para formação de imagens na medicina nuclear.<ref name=":1"/>
 
Quando usada para tratamento, o principal destaque é o uso da radioterapia para combate ao câncer;. nesteNeste caso, os radionuclídeos mais usados são: [[Iodo#Iodo-131|<sup>131</sup>I]], [[Fósforo|<sup>32</sup>P]], [[Estrôncio|<sup>89</sup>Sr]] e [[Samário|<sup>153</sup>Sm]]; <sup>60</sup>Co é usado externamente, como um potente emissor gama.<ref name=":1RADIO" /> Atualmente, aceleradores lineares de elétrons com energia entre 5 e 30 MeV são as principais máquinas para radioterapia (em 2008 existiam aproximadamente 5 000 destes no mundo). Nessas máquinas, os raios X são produzidos quando os elétrons acelerados atingem um alvo de [[metal pesado]].<ref name="Eickhoff" />
 
Caso medidas adequadas de segurança sejam adotadas, a contaminação por radionuclídeos em hospitais deve ser mínima. No entanto, Ho & Shearer,<ref name=Ho/> ao analisarem a contaminação em sanitários próximos aos laboratórios que utilizam radiação, recomendaram que sejam designados sanitários especiais a pacientes realizando tratamento radioativo, presumivelmente para evitar contaminação dos outros pacientes.
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<ref name = IPEN_relat2>{{Citar livro|url=http://appasp.cnen.gov.br/acnen/pnb.asp|autor=Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) |título=Estudo da Cadeia de Suprimento do Programa Nuclear Brasileiro|subtítulo=Relatório Parcial Irradiadores e Aplicações-Irradiação no Agronegócio |formato=doc|local=Brasilia|ano=2010|acessodata=04/09/2019}}</ref>
<ref name = IPEN2>{{citar web|url=https://www.ipen.br/portal_por/portal/interna.php?secao_id=741|título=IPEN - Centro de tecnologia das radiações|acessodata=04/09/2019|obra=Radioesterilização}}</ref>
<ref name = IPEN3>{{citar web|url=https://www.ipen.br/portal_por/portal/interna.php?secao_id=35&campo=1643|título=IPEN - Centro de tecnologia das radiações|acessodata=14/05/2021|obra=Irradiações - Uso de acelerador de elétrons para irradiar fios, cabos e mantas}}</ref>
<ref name="RADIO">{{citar web|url=https://world-nuclear.org/information-library/non-power-nuclear-applications/radioisotopes-research/radioisotopes-in-medicine.aspx|título=Radioisotopes in Medicine|acessodata=14/05/2021|data=Abril de 2021|publicado=World Nuclear Association|língua=Inglês}}</ref>
 
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