Hatiora: diferenças entre revisões

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{{Info/Taxonomia
| nome = ''Hatiora''
| cor =lightgreen
| imagem =Hatiora_gaertneri.jpg
| imagem_legenda = ''Hatiora gaertneri''
| reino = [[Plantae]]
| divisão = [[Magnoliophyta]]
| classe = [[Magnoliopsida]]
| ordem = [[Caryophyllales]]
| família = [[Cactaceae]]
| género = '''''Hatiora'''''
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}}
 
'''''Hatiora''''' é um pequeno [[gênero (biologia)|gênero]], com 7 espécies,<ref>{{citar web |url=https://www.catalogueoflife.org/data/taxon/62TSX |titulo=Hatiora Britton & Rose |acessodata=9 de maio de 2021 |publicado=Catalogue of life}}</ref>, três aceitas e quatro sinonimizadas, de cactos [[Epifitismo|epifíticos]] que pertence à tribo Rhipsalideae dentro da subfamília Cactoideae das [[família (biologia)|família]] ''[[Cactaceae]]''. É uma planta ornamental, também conhecida como "Flor de Outubro".<ref>{{Citar web |url=https://www.jardineiro.net/plantas/flor-de-outubro-hatiora-rosea.html |titulo=Flor-de-outubro - Hatiora rosea |acessodata=2021-01-05 |website=Jardineiro.net |lingua=pt-BR}}</ref> Estudos taxonômicos recentes levaram as três espécies anteriormente colocadas no subgênero Rhipsalidopsis, sendo removidas do gênero, incluindo as plantas ornamentais bem conhecidas e amplamente cultivadas conhecidas como cacto de Páscoa ou cacto de Whitsun (cultivares ou híbridos da antiga ''Hatiora gaertneri'', agora ''[[Schlumbergera]]'').
 
==Sinonímia==
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'''Chave de identificação segundo o Reflora:'''<ref>{{citar web |url=http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do?invalidatePageControlCounter=21&idsFilhosAlgas=%5B2%5D&idsFilhosFungos=%5B1%2C10%2C11%5D&lingua=&grupo=5&familia=null&genero=&especie=&autor=&nomeVernaculo=&nomeCompleto=Hatiora&formaVida=null&substrato=null&ocorreBrasil=QUALQUER&ocorrencia=OCORRE&endemismo=TODOS&origem=TODOS&regiao=QUALQUER&estado=QUALQUER&ilhaOceanica=32767&domFitogeograficos=QUALQUER&bacia=QUALQUER&vegetacao=TODOS&mostrarAte=SUBESP_VAR&opcoesBusca=TODOS_OS_NOMES&loginUsuario=Visitante&senhaUsuario=&contexto=consulta-publica |titulo=Hatiora Britton & Rose |acessodata=09 de maio de -05-2021 |publicado=Flora do Brasil 2020 - Algas, Fungos e Plantas}}</ref>
 
1. Aréolas distais densamente ferrugíneo-tomentosas, flores rosa-magenta....................................................''Hatiora herminiae''
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== Descrição ==
Todas as espécies de ''Hatiora'' são encontradas como [[Epifitismo|epífitas]] crescendo em árvores ou (raramente) [[Litófita|litófitaslitófita]]s crescendo em rochas. Eles são encontrados nas florestas tropicais da [[Mata Atlântica]] no leste do [[Brasil]]. As plantas são fracamente suculentas, crescendo mais ou menos em pé e tornando-se lenhosas na base quando mais velhas. Geralmente faltam espinhos.
 
As flores polinizadas por insetos nascem terminalmente. São pequenos, com um diâmetro de cerca de 2 cm (0,8 pol.), Actinomórficos (radialmente simétricos), em forma de sino e sempre coloridos (amarelo, amarelo-laranja ou rosa). O fruto é uma baga. Em contraste com as espécies do gênero ''[[Schlumbergera|Schlumbergera,]],'' a maioria dos quais têm caules achatados, as espécies de ''Hatiora'' têm caules com uma seção transversal circular.<ref name=":0">{{citar livro|título="Rhipsalidopsis", Taxonomy of the Cactaceaee : a new classification of cacti based on molecular research and fully explained (vols. 1 and 2)|ultimo=Lodé|primeiro=Joël|editora=Cuevas del Almanzora|ano=(2015),}}</ref><ref name=":1">{{citar livro|título=, The Cactus Family, Pentland|ultimo=Anderson|primeiro=Edward F.|editora=Oregon: Timber Press|ano=2001}}</ref>
 
== Taxonomia ==
Esses cactos pertencentes à tribo Rhipsalideae são bastante distintos em aparência e hábito de outros cactos, pois crescem em árvores ou rochas como [[Epifitismo|epífitas]] ou [[Litófita|litófitaslitófita]]s. No entanto, por muito tempo, houve confusão sobre como as espécies ''[[Rhipsalis]]'' deveriam ser divididas em gêneros. Em 1819, Haworth descreveu a primeira espécie descoberta do gênero moderno ''Hatiora'' sob o nome de ''Rhipsalis salicornioides''. Em 1834, A.P. de Candolle reconheceu a distinção dessa espécie e a transferiu para um novo gênero ''Hariota'', em homenagem a Thomas Hariot, um botânico do século XVI. Mais tarde, uma segunda espécie, ''H. gaertneri'', foi inicialmente nomeada como ''Epiphyllum'' ''russellianum var. gaertneri'' (agora é ''Schlumbergera russelliana'') e então em 1889 como ''Epiphyllum gaertneri''. Uma terceira espécie, ''H. rosea'', foi descrita em 1912 como ''Rhipsalis rosea''.<ref name=":1" />
 
Em 1923, muitas incertezas e confusão nomenclatural surgiram sobre o nome ''Hariota''. Nathaniel Britton e Joseph Rose criaram um novo nome ''Hatiora'' como um anagrama taxonômico de ''Hariota''. Das espécies conhecidas na época, eles colocaram ''Hariota salicornioides'' em ''Hatiora'' junto com ''H. cylindrica''; eles já haviam colocado ''H. gaertneri'' na ''Schlumbergera'' em 1913 e o deixado lá; e eles erigiram um novo gênero, ''Rhipsalidopsis'', para ''H. rosea''. Duas outras espécies que foram atribuídas a ''Hatiora'' foram colocadas em vários gêneros, incluindo o original ''Hariota'' e ''Rhipsalis<ref name=":1" />''. De acordo com Anderson,<ref name=":1" />, a confusão entre as Rhipsalideae não foi esclarecida até o trabalho de Wilhelm Barthlott e Nigel Taylor em 1995, que colocou seis espécies em ''Hatiora'', divididas entre dois subgêneros.<ref name=":2">{{citar periódico |titulo=Notes towards a monograph of Rhipsalidaeae (Cactaceae) |jornal=Bradleya, 13 |ultimo=Barthlott |primeiro=W. |ultimo2=Taylor |primeiro2=N.P. |data-publicacao=1995 |pagina=43–79}}</ref>.
 
Estudos filogenéticos usando DNA levaram a uma modificação da classificação de Barthlott e Taylor e as três espécies de Hatiora que eles colocaram no subgênero Rhipsalidopsis foram transferidas para fora do gênero. Há um acordo de que ''Hatiora epiphylloides'' deve ser colocado na ''Schlumbergera'' (como ''Schlumbergera lutea''). Há desacordo sobre as outras duas espécies. Algumas fontes também os incluem em uma ''Schlumbergera'' amplamente definida,<ref name=":3">{{citar periódico |titulo=Molecular Phylogeny, Evolution, and Biogeography of South American Epiphytic Cacti |data=2011 |jornal=International Journal of Plant Sciences |ultimo=Calvente |primeiro=A. |numero-autores=et al. |pagina=467}}</ref> outros os colocam como as únicas duas espécies no gênero Rhipsalidopsis.<ref name=":4">{{citar periódico |titulo=What does it take to resolve relationships and to identify species with molecular markers? An example from the epiphytic Rhipsalideae (Cactaceae) |data=2011 |jornal=American Journal of Botany, 98 |ultimo=Korotkova |primeiro=Nadja |numero-autores=et al. |pagina=1549–1572}}</ref> <ref name=":0" /> ''Hatiora'' e a ''Schlumbergera'' mais amplamente circunscrita se ramificam da ponta e têm segmentos curtos (menos de 7 cm de comprimento). ''Hatiora'' tem hastes arredondadas em seção transversal e flores radialmente simétricas (actinomórficas), enquanto ''Schlumbergera'' tem hastes achatadas ou angulares e suas flores podem ser radialmente simétricas ou radialmente assimétricas (zigomórficas).<ref name=":3" />
 
=== '''Classificação subgenérica e espécies''' ===
Nos tratamentos taxonômicos do gênero por Barthlott & Taylor (1995) <ref name=":2" /> e Hunt (2006),<ref>{{citar livro|título=The New Cactus Lexicon (2 volumes)|ultimo=Hunt|primeiro=David R.|editora=Milborne Port: dh books|ano=2006}}</ref> ''Hatiora'' foi dividido em dois subgêneros com seis espécies aceitas, mais um híbrido criado em cultivo. O subgênero Rhipsalidopsis foi subsequentemente removido de ''Hatiora''.<ref name=":3" /> <ref name=":4" /> <ref name=":0" />
 
'''Subgênero ''Hatiora'', agora compreendendo toda ''Hatiora'''''