Carlos VI do Sacro Império Romano-Germânico: diferenças entre revisões

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'''Carlos VI''' ([[Viena]], {{dtlink|1|10|1685}} – Viena, {{dtlink|20|10|1740}}) foi o [[Lista de imperadores do Sacro Império Romano-Germânico|Imperador Romano-Germânico]], [[Lista de soberanos da Áustria|Arquiduque da Áustria]] e [[Lista de soberanos da Hungria|Rei da Hungria]], [[Lista de soberanos da Croácia|Croácia]] e [[Lista de reis da Boêmia|Boêmia]] de [[1711]] até sua morte. Ele também foi em diferentes momentos [[Lista de reis da Sardenha|Rei da Sardenha]], [[Lista de reis da Sicília e Nápoles|Rei de Nápoles]] e [[Lista de reis da Sicília e Nápoles|Rei da Sicília]], além de soberano de outros territórios. Era filho do imperador [[Leopoldo I do Sacro Império Romano-Germânico|Leopoldo I]] e sua terceira esposa [[Leonor Madalena de Neuburgo]].
 
Educado por [[Antônio Floriano de Liechtenstein]], foi o herdeiro contratado pelos Habsburgos espanhóis, ramo em extinção. [[Carlos II da Espanha]] fez seu herdeiro o duque de Anjou, que subiu ao trono espanhol como [[Filipe V de Espanha|Filipe V]], violando o contrato. A guerra pela coroa levou à [[Guerra da Sucessão Espanhola]], nos anos finais do [[Século XVII]].
 
Carlos chegou a [[Portugal]], como [[arquiduque]] pretendente ao trono espanhol, em março de [[1704]]. Foi recebido com muitos agasalhos: declaração de guerra à [[Espanha]]. Havia entretanto desordem, bulhas, anarquia nas tropas, rivalidade entre os comandantes. Desde [[1674]], D. [[Pedro II de Portugal]] não convocara mais as [[Cortes Gerais (Espanha)|Cortes Gerais]] - instituição que outrora representara a nação perante o rei -, uma consequência do [[absolutismo]]. O pretendente veio na armada do almirante Rook, usando nome de Carlos III da Espanha. Um mês depois Filipe d'Anjou iniciou hostilidades contra Portugal, ocorrendo as primeiras investidas na [[Beira (Portugal)|Beira]] e no [[Alentejo]]. A invasão continuou até o exército português criar, em território espanhol, uma segunda frente, o que significava encontrar-se completo o exército, com auxiliares [[neerlandeses]], comandados pelo barão Fagel, e [[ingleses]] chefiados pelo Conde de Galloway.<ref>Cerisier, Antoine Marie. [http://ia700501.us.archive.org/23/items/tableaudelhisto09ceri/tableaudelhisto09ceri.pdf ''Tableau de l'histoire générale des Provinces-Unies'']. Volume 9. Utrecht : J. Van Schoonhoven & Comp., 1777.</ref>
 
Como seu irmão, o imperador [[José I do Sacro Império Romano-Germânico|José I]] morrera subitamente, Carlos retorna à [[Áustria]], assume o trono austríaco e, em [[1711]], é eleito imperador romano-germânico em [[Frankfurt]].
 
Embora com pouco talento político, em seu reinado a Áustria atinge sua maior expansão. Talvez em consequência dos anos que passara na Espanha, introduziu na corte de [[Viena]] o cerimonial espanhol (''Spanisches Hofzeremoniell'') e mandou construir a famosa [[Escola Espanhola de Equitação]]. Além do mais, construiu em seu reinado o ''[[Reichskanzlei]]'' ("chancelaria do Estado") e a Biblioteca Nacional. Agregou também ao palácio de Hofburgo a ala Michaeler. Muitos dos prédios [[barroco]]s atualmente existentes em Viena foram construídos em seu reinado.
 
Tinha ambições musicais. Em menino, recebeu lições de [[Johann Joseph Fux]], de modo que compunha e tocava [[cravo (instrumento musical)|cravo]] e [[piano]] e por vezes se animou a reger a orquestra real.
 
Tendo apenas duas filhas (do casamento com [[Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel (1691-1750)|Isabel Cristina de Brunsvique-Volfembutel]]) e não herdeiros varões, preparou cuidadosamente a [[Pragmática Sanção de 1713]], pela qual declarou que seu reino não poderia ser dividido, e filhas mulheres poderiam também herdar o trono paterno.
 
[[Ficheiro:Johann Gottfried Auerbach 002.JPG|direita|miniaturadaimagem|upright=1.1|''Carlos VI''<br><small>Por [[Johann Gottfried Auerbach]]</small>]]
Quando morreu, teve lugar a [[Guerra de Sucessão Austríaca]]. Por fim, a Pragmática Sanção predominou, e sua filha [[Maria Teresa da Áustria|Maria Teresa]] o sucedeu como Rainha da Hungria e da Boêmia e Arquiduquesa de Áustria embora, sendo mulher, não tivesse sido eleita para o Sacro Império Romano, o qual foi assumido por [[Carlos VII do Sacro Império Romano-Germânico|Carlos VII]].
 
Depois de Carlos VII, porém, o marido de Maria Teresa, Francisco III, [[duque da Lorena]], foi eleito Imperador como [[Francisco I do Sacro Império Romano-Germânico|Francisco I]], assegurando a continuação da linha dos Habsburgo.