Luís XVII de França: diferenças entre revisões

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Ao nascer, recebeu o título de Duque da Normandia e o estilo de [[Sua Alteza Real]]<ref>http://www.heraldica.org/topics/france/frroyal.htm#sang Style of HRH</ref>. No mesmo dia de seu nascimento foi batizado na capela do Palácio de Versalhes pelo cardeal-bispo de Estrasburgo [[Louis-René-Édouard de Rohan-Guéménée|Louis René Édouard de Rohan]], na presença de Honoré Nicolas Brocquevielle, pároco da [[Catedral de Versalhes|Igreja de Notre Dame de Versalhes]]. Seus padrinhos foram seu tio paterno, o [[Luís XVIII de França|conde de Provença]], futuro Luís XVIII, e sua tia materna [[Maria Carolina da Áustria]], rainha de Nápoles Sicília, representada pela sua tia paterna [[Isabel de França (1764–1794)|Isabel de França]].<ref>Philippe Conrad, ''Louis XVII : l'énigme du roi perdu'', Du May, 1988, p. 14</ref> Na altura de seu nascimento Luís Carlos tinha dois irmãos mais velhos, a princesa [[Maria Teresa Carlota de França|Maria Teresa Carlota]] e [[Luís José, Delfim da França]].
 
Quando se soube que sua mãe, a rainha, havia engravidado, rumores diziam que a criança não era o filho do rei, mas de [[Hans Axel von Fersen]], aristocrata sueco e suposto amante da rainha da França, outros apontaram a semelhança evidente que a criança tinha com o conde de Artois, irmão do rei, um fato que teria dado continuidade a Casa de Bourbon.<ref>Bernard Vincent, ''Louis XVI'', Gallimard Folio Biographies, pag. 197-198.</ref>. Desde então começou a circular uma série de panfletos por toda a França contra Maria Antonieta questionando a legitimidade de seu filho, fortalecendo as posições políticas do conde de Provença e do conde de Artois que se declaravam sucessores legítimos do rei Luís XV de França.<ref>É. Lever, ''Maria Antonietta - L'ultima regina'', Milano 2007, p. 195.</ref>
 
=== Infância ===
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=== Prisão, reinado e morte ===
[[Ficheiro:Simon Louis XVII.jpg|direita|185px|thumb|Luís XVII e seu tutor, o sapateiro Antoine Simon.]]
No outono de [[1792]], toda a família foi presa na [[Torre do Templo]], após a abolição oficial da monarquia. Quando seu pai foi guilhotinado em 21 de janeiro de 1793, os monarquistas proclamaram-no rei com o nome de Luís XVII, sendo nomeados regentes, o [[Luís XVIII de França|conde de Provença]] e o tenente-general do reino, o [[Carlos X de França|conde de Artois]],<ref>[[{{Citar periódico |url=https://fr:.wikipedia.org/wiki/Fichier:Almanac_royaliste.jpg |Almanaquetitulo=Fichier:Almanac monárquicoroyaliste.jpg de|acessodata=2021-06-08 1795]]|jornal=Wikipédia |lingua=fr}}</ref>, ambos exilados na [[Vestfália]]. As potências europeias também o reconheceram como monarca.<ref>[http://books.google.com/books?id=3gxkEOZsVrwC&lr=&as_brr=3&hl=es&pg=PA340#v=onepage&q&f=false Haydn's universal index of biography from the creation to the present time (1868)]. Escrito por Joseph Haydn y James Bertrand Payne (en inglés)</ref><ref>[http://books.google.es/books?id=JDoAAAAAYAAJ&pg=PA117#v=onepage&q&f=true North American review] (1854) (en inglés)</ref> [[Catarina II da Rússia]] expulsou de seu reino todos os franceses que não reconheciam o jovem rei. A pedido da Convenção, Luís Carlos foi separado da família em 3 de julho. Segundo sua irmã Maria Teresa relataria mais tarde, Maria Antonieta opôs-se fortemente à determinação, apenas cedendo quando os carcereiros ameaçaram usar de violência contra o delfim.<ref>Castelot, p. 351-352</ref> A educação de Luís Carlos foi confiada a Antoine Simon, um sapateiro analfabeto.<ref>Cortesi, p. 24</ref> Sua tarefa era colocar o menino contra a mãe para que ele fosse usado como arma no julgamento de Maria Antonieta.<ref>Cortesi, p. 25</ref> Em 6 de outubro, Luís Carlos assinou uma declaração em que acusava sua mãe de tê-lo iniciado em práticas masturbatórias e incestuosas.<ref>Cortesi, p. 26</ref>
 
[[Ficheiro:Louis XVII.png|thumb|direita|Litografia imaginária de Luís XVII com trajes de coroação.]]