Ana de Jesus Maria José de Magalhães: diferenças entre revisões

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'''Ana de Jesus Maria José de Magalhães''' ([[Arrifana (Santa Maria da Feira)|Arrifana]], 19 de Agosto de 1811 - 25 de Março de 1875), também conhecida como a '''Santinha de Arrifana'''<ref>{{citar web|URL=http://rr.sapo.pt/noticia/74446/bispo_do_porto_reforca_empenho_nos_processos_de_canonizacao_de_seis_figuras_da_diocese|título=Bispo do Porto reforça empenho nos processos de canonização de seis figuras da diocese|autor=|data=|publicado=[[Rádio Renascença]]|acessodata=1-04-2017}}</ref> é uma [[serva de Deus]], título que a [[Igreja Católica]] dá a uma pessoa cujo processo de canonização foi oficialmente aberto. Ana de Jesus ficou conhecida no [[século XIX]], pela capacidade de [[levitar]]<ref>{{citar web|URL=http://bomdia.eu/como-eca-conheceu-a-santinha-de-arrifana/|título=Como Eça conheceu a Santinha de Arrifana|autor=|data=|publicado=Bom dia|acessodata=1-04-2017}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.cmjornal.pt/mais-cm/domingo/detalhe/beatos-a-caminho-do-altar|título=BEATOS: A CAMINHO DO ALTAR|autor=|data=|publicado=[[Correio da manhã]]|acessodata=1-04-2017}}</ref>.
 
É referida na literatura por vários autores nomeadamente [[Eça de Queirós]], que a refere num romance «[[A Capitalǃ]]» como '''Santa da Arregaça''', depois que a terá visitado na companhia do [[conde de Resende]] e da [[condessa de Cascais]]<ref>[https://issuu.com/correiodeazemeis/docs/29-05--2012/3 Noiva no Covo Devota da Santinha da Arrifana, António Magalhães, Correio de Azeméis, 29 de Maio de 2012]</ref>.
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== Biografia ==
A Serva de Deus, Ana de Jesus Maria José de Magalhães, nasceu na freguesia de [[Arrifana (Santa Maria da Feira)|Arrifana]], concelho da [[Santa Maria da Feira|Feira]], a 19 de Agosto de 1811 e quatro dias depois, no dia 23 de Agosto, foi baptizada pelo P.padre [[Manuel Moutinho Gomes de Resende]], [[coadjutor]] da paróquia.
Educada num contexto familiar cristão, desde a mais tenra infância, manifesta virtudes e qualidades que fazem entrever nela sinais evidentes de uma vocação para uma vida virtuosa e santa.
Muito bem preparada pelo irmão e padrinho, o P.padre [[José Dias de Magalhães]], fez, com imensa alegria, a sua primeira comunhão, marcando assim o início de uma vida centrada e voltada para a [[Eucaristia]], o alimento que sustentou a sua vida e a unia a Cristo Jesus, na Sua oferta de amor pela humanidade.
Até aos 14 anos, entregou-se principalmente à pastoreação de gado nas propriedades dos seus pais. Aos 16 anos, cai entravada no leito, onde permaneceu até à sua morte a 25 de Março de 1875. Durante estes 48 anos, viveu unida a Cristo Jesus, foi testemunha de uma vida verdadeiramente eucarística, oferecendo a Sua vida a Deus, testemunhando o seu amor pelos irmãos, intercedendo por eles pela oração e pela oferta da sua existência.
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O seu alimento era um pouco de chá, uma pequena quantidade de leite e uma pequena porção de pão de trigo, tomado apenas aos domingos, terças e quintas-feiras de cada semana.
Confessava-se e comungava com a regularidade permitida no seu tempo, tendo sido concedido por um [[breve Pontifício]], em 1866, a D. [[João da Natividade]], seu confessor e director espiritual, a licença para erigir um altar e celebrar a Eucaristia, na sala contígua em frente ao quarto da [[Serva de Deus]]. Vários testemunhos do seu tempo confirmam, que depois de receber a [[sagrada comunhão]], entrava em [[êxtase]], [[levitação|elevando-se da cama]], ficando suspensa a uma altura que permitia passar livremente a mão entre a cama e o seu corpo.<ref>{{citar web|URL=http://www.azoresglobal.com/canais/noticias/noticia.php?id=3030|título=Processo decorre, mas falta o milagre e as virtudes|autor=|data=|publicado=Azores Global|acessodata=1-04-2017}}</ref>
 
A paciência heróicaheroica com que suportava os seus prolongados sofrimentos, maravilhava a todos que, de perto ou de longe, a conheciam. Viveu, na verdade, pregada com Cristo na Cruz, tendo como predilecção a meditação da Paixão do Senhor. Em cada ano, em Sexta-feira Santa do meio-dia às três horas da tarde, entrava em êxtase e revivia a paixão do Senhor. Dotada de um amor profundo à Igreja, orava de modo particular e intenso pelos sacerdotes e a sua santificação.
A sua vida de intimidade com Deus, pela [[ascese]], pelo Seu amor à Eucaristia e à oração são as notas mais salientes que testemunham o Seu amor a Deus e ao próximo, numa vida absolutamente centrada em Deus e no Seu amor.
 
Morreu no dia 25 de Março de 1875.