Tubarão-zebra: diferenças entre revisões
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{{Info/Taxonomia
| nome = Tubarão-zebra
| imagem = Stegostoma fasciatum.JPG
| estado = EN
| estado_sistema = IUCN3.1
| estado_ref = <ref name=a/>
| binomial_autoridade = ([[Johann Hermann|Hermann]], 1783)
| binomial = Stegostoma fasciatum
| reino = Animalia
| filo = Chordata
| classe = Chondrichthyes
| ordem = Orectolobiformes
| família = Stegostomatidae
| gênero = Stegostoma
|
| mapa = Cypron-Range Stegostoma fasciatum.svg
| mapa_legenda = Alcance do tubarão-zebra.
| sinônimos =
''Scyllia quinquecornuatum'' <small>van Hasselt, 1823</small><br>
''Scyllium heptagonum'' <small>Rüppell, 1837</small><br>
''Squalus cirrosus'' <small>Gronow, 1854</small><br>
''Squalus fasciatus'' <small>Hermann, 1783</small><br>
''Squalus longicaudus'' <small>Gmelin, 1789</small><br>
''Squalus pantherinus'' <small>Kuhl & van Hasselt, 1852</small><br>
''Squalus tigrinus'' <small>Forster, 1781</small><br>
''Squalus varius'' <small>Seba, 1759</small><br>
''Stegostoma carinatum'' <small>Blyth, 1847</small><br>
''Stegostoma tigrinum naucum'' <small>Whitley, 1939</small><br>
''Stegostoma varium'' <small>Garman, 1913</small><br>
}}
O '''tubarão-zebra''' (''Stegostoma fasciatum'') é uma espécie de ''[[Orectolobiformes]]'' e o único membro da família ''[[Stegostomatidae]]''. É encontrada em todo o [[Indo-Pacífico]] tropical, frequentando [[Recife de coral|recifes de coral]] e áreas arenosas planas até uma profundidade de 62 metros. Os tubarões-zebra adultos são distintos na aparência, com cinco cristas longitudinais em um corpo cilíndrico, uma nadadeira caudal baixa compreendendo quase metade do comprimento total e geralmente um padrão de manchas escuras em um fundo claro. Os tubarões-zebra jovens com menos de 50–90 centímetros de comprimento têm um padrão completamente diferente, consistindo em listras verticais claras em um fundo marrom e sem cristas. Esta espécie atinge um comprimento de 2,5 metros.
Os tubarões-zebra são noturnos e passam a maior parte do dia descansando imóveis no fundo do mar. À noite, eles caçam ativamente por [[Moluscos|moluscos]], [[Crustáceos|crustáceos]], pequenos [[Osteichthyes|peixes ósseos]] e, possivelmente, [[Hydrophiinae|serpentes marinhas]] dentro de buracos e fendas no recife. Embora solitários na maior parte do ano, eles formam grandes agregações sazonais. O tubarão-zebra é ovíparo: as fêmeas produzem várias dúzias de grandes cápsulas de ovo, que ancoram em estruturas subaquáticas por meio de gavinhas adesivas. Inócuos para os humanos e resistentes em cativeiro, os tubarões-zebra são objetos populares de mergulhos de ecoturismo e aquários públicos. A [[União Internacional para a Conservação da Natureza]] (UICN) avaliou esta espécie como ameaçada em todo o mundo, uma vez que é capturada por pescarias comerciais em grande parte de sua distribuição (exceto na [[Austrália]]) para carne, barbatanas e óleo de fígado. Há evidências de que seus números estão diminuindo.
==Taxonomia==
[[Imagem:Stegostoma fasciatum Day.jpg|thumb|esquerda|Taxonomistas pensavam que tubarões-zebra juvenis eram uma espécie seprada devido à sua aparência diferente dos adultos.]]
O tubarão-zebra foi descrito pela primeira vez como ''Squalus varius'' por [[Albertus Seba|Seba]] em 1758 (Seba morreu anos antes; a publicação foi póstuma). Nenhum tipo de espécime foi designado, embora Seba incluísse uma descrição abrangente em latim e uma ilustração precisa de um jovem. [[Johannes Peter Müller|Müller]] e [[Friedrich Gustav Jakob Henle|Henle]] colocaram esta espécie no gênero ''Stegostoma'' em 1837, usando o epíteto específico ''fasciatus'' (ou a forma neutra ''fasciatum'', já que ''Stegostoma'' é neutro enquanto ''Squalus'' é masculino) de um trabalho de 1801 por [[Marcus Elieser Bloch|Bloch]] e [[Johann Gottlob Theaenus Schneider|Schneider]]. Em 1984, Compagno rejeitou o nome "varius/m" em favor de "fasciatus/m" para o tubarão-zebra, porque Seba não usou consistentemente a nomenclatura binomial em suas descrições de espécies (embora ''Squalus varius'' possa ser interpretado como um nome binomial). Na visão de Compagno, o primeiro uso adequado de "varius/m" foi por [[Samuel Garman|Garman]] em 1913, tornando-o um sinônimo júnior.<ref name=b/><ref name=c/> Ambos ''S. fasciatum'' e ''S. varium'' estão atualmente em uso para esta espécie;<ref name=b/> até o início de 1990 a maioria das autoridades usava o último nome, mas desde então a maioria seguiu Compagno e usou o primeiro nome.<ref name=d/> Uma revisão taxonômica em 2019, em vez disso, argumentou que ''S. tigrinum'' é seu nome válido. Este nome foi omitido na revisão de Compagno em 1984, possivelmente devido à confusão sobre seu ano de descrição (em uma publicação em 1941, Fowler erroneamente o listou como descrito em 1795). ''Squalus tigrinus'' foi descrito por Forster em 1781, dois anos antes de ''Squalus fasciatus'' ser descrito por Hermann. Consequentemente, o primeiro e mais antigo é o nome válido (como ''Stegostoma tigrinum''), enquanto o último e mais jovem é seu sinônimo júnior. Como o nome proposto por Forster em 1781 foi usado em dezenas de publicações desde 1899, não é um ''[[nomen oblitum]]''.<ref name=d/>
O nome do gênero é derivado do grego ''stego'', que significa "coberto", e ''stoma'', que significa "boca".<ref name=e/> O epíteto específico ''fasciatum'' significa "em faixas", referindo-se ao padrão listrado do juvenil.<ref name=f/> A coloração juvenil também é a origem do nome vulgar "tubarão-zebra". O nome "tubarão-leopardo" às vezes é aplicado ao adulto manchado, mas esse nome geralmente se refere ao membro da família ''[[Triakidae]]'' ''[[Triakis semifasciata]]'', e às vezes também é usado para o [[Tubarão-tigre|tubarão-tigre]] (''Galeocerdo cuvier'').<ref name=b/> Devido aos seus diferentes padrões de cores e proporções corporais, tanto os juvenis quanto os subadultos foram historicamente descritos como espécies separadas (''Squalus tigrinus'' e ''S. longicaudatus'' respectivamente).<ref name=c/>
==Filogenia==
Há um suporte morfológico robusto para a colocação do tubarão-zebra, do [[Rhincodon typus|tubarão-baleia]] (''Rhincodon typus'') e dos tubarões-lixa (''Ginglymostoma cirratum'', ''Nebrius ferrugineus'' e ''Pseudoginglymostoma brevicaudatum'') em um único clado. No entanto, as inter-relações entre esses táxons são contestadas por vários autores.<ref name=g/> Dingerkus (1986) sugeriu que o tubarão-baleia é o parente mais próximo do tubarão-zebra e propôs uma única família abrangendo todas as cinco espécies do clado.<ref name=h/> Compagno (1988) sugeriu afinidade entre esta espécie e ''Pseudoginglymostoma'' ou um clado contendo ''Rhincodon'', ''Ginglymostoma'' e ''Nebrius''.<ref name=c/> Goto (2001) colocou o tubarão-zebra como o grupo irmão de um clado contendo ''Rhincodon'' e ''Ginglymostoma''.<ref name=g/>
==Descrição==
{{multiple image |direction=vertical |align=left |width=250 |imagem1=Stegostoma fasciatum thailand.jpg|imagem2=Stegostoma fasciatum JNC1529 Eye and spiracle.JPG|caption2=Os tubarões-zebra adultos têm cristas longitudinais no corpo, um padrão manchado e olhos pequenos com espiráculos maiores.}}
[[File:Stegostoma fasciatum mozambique.jpg|thumb|Imagem próxima de um tubarão-zebra]]
O tubarão-zebra tem um corpo cilíndrico com uma grande cabeça ligeiramente achatada e um focinho curto e achatado. Os olhos são pequenos e colocados nas laterais da cabeça; os [[Espiráculo|espiráculos]] estão localizados atrás deles e são tão grandes quanto ou maiores que os olhos. As últimas três das cinco [[Fenda branquial|fendas branquiais]] curtas estão situadas sobre as bases da [[Barbatana peitoral|barbatana peitoral]], e a quarta e quinta fendas estão muito mais próximas do que as outras. Cada narina tem um barbilho curto e um sulco que vai até a boca.<ref name=i/> A boca é quase reta, com três lóbulos no lábio inferior e sulcos nos cantos. Existem 28-33 fileiras de dentes na mandíbula superior e 22-32 fileiras de dentes na mandíbula inferior; cada dente tem uma grande cúspide central flanqueada por duas menores.<ref name=c/>
Existem cinco cristas distintas ao longo do corpo em adultos, uma ao longo da linha média dorsal e duas nas laterais. A crista da linha média dorsal funde-se com a primeira barbatana dorsal, localizada no meio do corpo e com o dobro do tamanho da segunda barbatana dorsal. As barbatanas peitorais são grandes e largas; as [[Barbatana pélvica|barbatanas pélvicas]] e [[Barbatana anal|anal]] são muito menores, mas maiores do que a segunda barbatana dorsal. A [[Barbatana caudal|barbatana caudal]] é quase tão longa quanto o resto do corpo, com um lobo inferior pouco desenvolvido e uma forte incisura ventral perto da ponta do lobo superior. O tubarão-zebra atinge um comprimento de 2,5 metros, com um registro não comprovado de 3,5 metros.<ref name=c/> Machos e fêmeas não têm tamanho dimórfico.<ref name=j/>
O padrão de cor em tubarões jovens é marrom escuro acima e amarelo claro abaixo, com listras verticais e manchas amarelas. À medida que o tubarão cresce para 50–90 centímetros de comprimento, as áreas escuras começam a se dividir, mudando o padrão geral de listras de claro sobre escuro para pontos de escuro sobre claro.<ref name=c/> Há uma variação substancial no padrão entre adultos, que pode ser usada para identificar indivíduos específicos.<ref name=j/> Uma forma rara, informalmente chamada de tubarão-zebra-arenoso, é geralmente de cor marrom-arenosa com sardas marrom-escuras imperceptíveis em sua parte superior, sem o padrão distinto de manchas escuras e faixas típicas da espécie. O aparecimento de juvenis com essa forma é desconhecido, mas os subadultos que estão em transição para tubarões-zebra-arenosos adultos têm um padrão de malha marrom. Pequenos vestígios deste padrão podem frequentemente ser vistos em tubarões-zebra-arenosos adultos. Essa morfologia, que é geneticamente inseparável da morfologia normal, só é conhecida nos arredores de [[Malindi]], no [[Quênia]], embora indivíduos aparentemente semelhantes tenham sido relatados no [[Japão]] e no noroeste da Austrália.<ref name=d/>
Em 1964, um tubarão-zebra parcialmente albino foi descoberto no [[Oceano Índico]]. Era geralmente branco e sem manchas, mas seus olhos eram castanho-escuros como típicos da espécie e ao contrário de albinos inteiros. O tubarão, uma fêmea madura de 1,9 metros de comprimento, era incomum, pois os animais albinos raramente sobrevivem por muito tempo na natureza devido à falta de [[Crípse|crípse]].<ref name=b/>
==Distribuição e habitat==
[[File:Stegostoma fasciatum ningaloo.jpg|thumb|direita|Tubarões-zebra são comumente vistos a descansar na areia próxima a corais]]
O tubarão-zebra ocorre nas águas tropicais da região do Indo-Pacífico, da [[África do Sul]] ao [[Mar Vermelho]] e ao [[Golfo Pérsico]] (incluindo [[Madagascar]] e as [[Maldivas]]), à [[Índia]] e [[Sudeste da Ásia|sudeste da Ásia]] (incluindo [[Indonésia]], [[Filipinas]] e [[Palau]]), para o norte a [[Taiwan]] e Japão, para o leste a [[Nova Caledônia]] e [[Tonga]], e para o sul ao norte da Austrália.<ref name=c/><ref name=e/>
[[Demersal]], o tubarão-zebra é encontrado desde a zona entremarés até uma profundidade de 62 metros sobre as plataformas continentais e insulares. Adultos e grandes juvenis frequentam recifes de coral, entulhos e áreas arenosas.<ref name=c/> Existem relatos não comprovados dessa espécie em água doce nas Filipinas.<ref name=e/> Os tubarões-zebra às vezes cruzam as águas oceânicas para alcançar montes submarinos isolados<ref name=j/> Movimentos de até 140 quilômetros foram registrados para tubarões individuais.<ref name=j/> No entanto, os dados genéticos indicam que há pouca troca entre as populações de tubarões-zebra, mesmo que seus intervalos sejam contíguos.<ref name=k/>
==Biologia e ecologia==
Durante o dia, os tubarões-zebra são lentos e geralmente encontrados descansando no fundo do mar, às vezes usando suas nadadeiras peitorais para apoiar a parte frontal de seus corpos e voltados para a corrente com suas bocas abertas para facilitar a respiração. Os canais de recife são seus locais de descanso favoritos, uma vez que o espaço restrito faz a água ser mais rápida e mais oxigenada.<ref name=l/> Eles se tornam mais ativos à noite ou quando a comida fica disponível. Os tubarões-zebra são nadadores fortes e ágeis, impulsionando-se com ondulações anguiliformes pronunciadas (semelhantes a enguias) do corpo e da cauda.<ref name=c/> Em uma corrente constante, eles foram vistos pairando no lugar com ondas sinuosas de suas caudas.<ref name=l/>
O tubarão-zebra se alimenta principalmente de moluscos com casca, embora também de crustáceos, pequenos peixes ósseos e possivelmente serpentes marinhas. O corpo esguio e flexível deste tubarão permite que ele se contorça em buracos estreitos e fendas em busca de comida, enquanto sua boca pequena e cavidade bucal densamente musculosa permitem que ele crie uma poderosa força de sucção para extrair a presa.<ref name=c/> Esta espécie pode ser predada por peixes maiores (notadamente outros tubarões maiores) e mamíferos marinhos. Parasitas conhecidos do tubarão-zebra incluem quatro espécies de tênias do gênero Pedibothrium.<ref name=b/>
===Vida social===
Os tubarões-zebra são geralmente solitários, embora agregações de 20–50 indivíduos tenham sido registradas.<ref name=m/> No sudeste de Queensland, agregações de várias centenas de tubarões-zebra se formam a cada verão em águas rasas. Essas agregações consistem inteiramente de adultos grandes, com as fêmeas superando os machos em quase três para um. O propósito dessas agregações ainda não está claro; nenhum comportamento de acasalamento definido foi observado entre os tubarões.<ref name=j/> Há a observação de um tubarão-zebra macho adulto mordendo a nadadeira peitoral de outro macho adulto e empurrando-o contra o fundo do mar; o segundo macho foi virado de costas e permaneceu imóvel por vários minutos. Este comportamento se assemelha aos comportamentos pré-copulatórios entre tubarões machos e fêmeas e, em ambos os casos, a mordida e a retenção da nadadeira peitoral têm sido especuladas como relacionadas a um tubarão afirmando domínio sobre o outro.<ref name=o/>
===Ciclo de vida===
O comportamento de cortejo do tubarão-zebra consiste em o macho seguir a fêmea e morder vigorosamente suas barbatanas peitorais e cauda, com períodos em que ele segura sua barbatana peitoral e os dois tubarões permanecem imóveis no fundo. Ocasionalmente, isso leva ao acasalamento, no qual o macho enrola seu corpo ao redor da fêmea e insere um de seus clásperes em sua cloaca. A cópula dura de dois a cinco minutos.<ref name=p/> O tubarão-zebra é ovíparo, com as fêmeas colocando grandes cápsulas de ovo medindo 17 centímetros de comprimento, 8 centímetros de largura e 5 centímetros de espessura. O material que envolve o ovo é marrom escuro a roxo, tendo fibras aos lados que o prendem ao substrato.<ref name=c/> As fibras adesivas emergem primeiro da abertura da fêmea; a fêmea circunda estruturas verticais, como afloramentos de recife, para emaranhar as fibras, de modo a ancorar os ovos. As fêmeas foram documentadas colocando até 46 ovos em um período de 112 dias.<ref name=p/> Os ovos são depositados em lotes de cerca de quatro.<ref name=c/> A sazonalidade reprodutiva na natureza é desconhecida.<ref name=a/>
Em cativeiro, os ovos eclodem após quatro a seis meses, dependendo da temperatura.<ref name=p/> Os filhotes medem 20–36 centímetros de comprimento e têm caudas proporcionalmente mais longas que os adultos.<ref name=c/> As preferências de habitat dos juvenis não são claras; um relatório os coloca em profundidades superiores a 50 metros, enquanto outro relatório da Índia sugere que habitam águas mais rasas do que os adultos. As listras dos juvenis podem ter uma função anti-predatorial, tornando cada indivíduo em um grupo mais difícil de atingir.<ref name=l/> Os machos atingem a maturidade sexual com 1,5–1,8 metros de comprimento e as fêmeas com 1,7 metros de comprimento.<ref name=c/> Sua vida útil foi estimada em 25-30 anos na natureza.<ref name=e/> Houve dois relatos de tubarões-zebra fêmeas produzindo filhotes assexuadamente.<ref name=q/><ref name=r/><ref name=s/> Um estudo adicional observou partenogênese em mulheres, independentemente da história sexual.<ref name=t/>
==Interação humana==
Dóceis e lentos, os tubarões-zebra não são perigosos para os humanos e podem ser facilmente abordados debaixo d'água. No entanto, eles mordem mergulhadores que puxam suas caudas ou tentam montá-los. Em 2008, havia um registro de um ataque não provocado no Arquivo Internacional de Ataques de Tubarão, embora nenhum ferimento tenha ocorrido.<ref name=e/> Eles são atrações populares para mergulhadores ecoturistas no Mar Vermelho, nas Maldivas, nas ilhas de [[Phuket (ilha)|Phuket]] e [[Phi Phi]], na [[Tailândia]], na Grande Barreira de Corais e em outros lugares. Muitos tubarões-zebra em locais de mergulho se acostumaram com a presença de humanos, tirando comida das mãos dos mergulhadores e se deixando tocar. O tubarão-zebra adapta-se bem ao cativeiro e é exibido em vários aquários públicos em todo o mundo. Os jovens pequenos e de cores atraentes também encontram seu caminho nas mãos de amadores particulares, embora esta espécie seja muito grande para o aquário doméstico.<ref name=c/>
O tubarão-zebra é capturado pela pesca comercial em grande parte de sua área de distribuição, usando redes de arrasto de fundo, redes de emalhar e palangres.<ref name=c/> A carne é vendida fresca ou seca e salgada para consumo humano. Além disso, o óleo de fígado é usado para vitaminas, as barbatanas para sopa de barbatana de tubarão e as vísceras para farinha de peixe.<ref name=u/> Os tubarões-zebra são altamente suscetíveis ao esgotamento localizado devido ao seu habitat raso e baixos níveis de dispersão entre as populações, e pesquisas de mercado sugerem que eles são muito menos comuns agora do que no passado. Eles também estão ameaçados pela degradação de seu habitat de recife de coral pelo desenvolvimento humano e por práticas de pesca destrutivas, como dinamitação ou envenenamento. Como resultado, a UICN avaliou esta espécie como ameaçada de extinção. Na costa da Austrália, a única ameaça a esta espécie é um nível muito baixo de captura acidental em redes de arrasto de camarão, e lá foi avaliada como de menor preocupação.<ref name=a/>
{{Referências|refs=
<ref name=a>{{Citar web|url=https://www.iucnredlist.org/species/41878/161303882|título=Stegostoma tigrinum (Zebra Shark)|publicado=[[Lista Vermelha da IUCN]]|acesso-data=18-06-2021|língua=en}}</ref>
<ref name=b>{{Citar web|url=http://elasmo-research.org/education/topics/ng_zebra.htm|título=Albino Zebras and Leopards Changing their Spots|publicado=Elasmo Research|língua=en|acesso-data=19-06-2021}}</ref>
<ref name=c>{{Citar livro|url=http://www.fao.org/3/x9293e/x9293e00.htm|título=Sharks of the World: An annotated and illustrated catalogue of Shark species known to date (Volume 2)|nome1=Leonard J.V|sobrenome1=Compagno|publicado=[[Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura]]|local=[[Roma]]|acesso-data=19-06-2021|data=2002|língua=en}}</ref>
<ref name=d>{{Citar web|url=https://bioone.org/journals/copeia/volume-107/issue-3/CG-18-115/The-Sandy-Zebra-Shark--A-New-Color-Morph-of/10.1643/CG-18-115.full|título=The Sandy Zebra Shark: A New Color Morph of the Zebra Shark Stegostoma tigrinum, with a Redescription of the Species and a Revision of Its Nomenclature|publicado=BioOne|línguaen=|acesso-data=19-06-2021|autor1=Rikke Beckmann Dahl|autor2=Eva Egelyng Sigsgaard|autor3= Gorret Mwangi|autor4= Philip Francis Thomsen|autor5=René Dalsgaard Jørgensen|autor6=Felipe de Oliveira Torquato|autor7=Lars Olsen|autor8=Peter Rask Møller|data=25-09-2019}}</ref>
<ref name=e>{{Citar web|url=https://www.floridamuseum.ufl.edu/discover-fish/species-profiles/stegostoma-fasciatum/|título=Stegostoma fasciatum|publicado=Florida Museum|língua=en|acesso-data=19-06-2021}}</ref>
<ref name=f>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/guidetocommonsea00elst|título=A guide to the common sea fishes of southern Africa|publicado=Struik|local=[[Cidade do Cabo]]|data=1993|língua=en|acesso-data=19-06-2021|nome1=Rudy|sobrenome1=Van der Elst|nome2=Peter|sobrenome2=Borchert}}</ref>
<ref name=g>{{Citar web|url=https://www.semanticscholar.org/paper/Comparative-anatomy%2C-phylogeny-and-cladistic-of-the-Goto/5fb1cf48cdc041eae93ac206818d1992fdf82fab|título=Comparative anatomy, phylogeny and cladistic classification of the order Orectolobiformes (Chondrichthyes, Elasmobranchii)|publicado=Semantic Scholar|língua=en|acesso-data=19-06-2021|autor=T. Goto|data=2001}}</ref>
<ref name=h>{{Citar livro|título=Indo-Pacific fish biology: Proceedings of the Second International Conference on Indo-Pacific Fishes|capítulo=Interrelationships of orectolobiform sharks (Chondrichthyes: Selachii)|autor=Dingerkus, G.|data=1986|página=227-245|publicado=Sociedade Ictiológica do Japão|local=Tóquio|língua=en|acesso-data=19-06-2021}}</ref>
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<ref name=j>{{Citar web|url=http://www.int-res.com/abstracts/meps/v368/p269-281/|título=Abundance and demography of a seasonal aggregation of zebra sharks Stegostoma fasciatum|publicado=Marine Ecology Progress Series|língua=en|acesso-data=19-06-2021|autor=Christine L. Dudgeon|autor2=Michael J. Noad|autor3=Janet M. Lanyon|data=25-09-2008}}</ref>
<ref name=k>{{Citar web|url=https://agris.fao.org/agris-search/search.do?recordID=US201301584521|título=IUCN classification zones concord with, but underestimate, the population genetic structure of the zebra shark Stegostoma fasciatum in the Indo-West Pacific|publicado=FAO|língua=en|acesso-data=19-06-2021}}</ref>
<ref name=l>{{Citar web|url=http://www.elasmo-research.org/education/ecology/coral-zebra.htm|título=Coral Reefs: Zebra Shark|publicado=Eslasmo Research|língua=en|acesso-data=20-06-2021}}</ref>
<ref name=m>{{Citar web|url=https://www.researchgate.net/publication/37629561_The_Conservation_Status_of_Australian_Chondrichthyans|título=The Conservation Status of Australian Chondrichthyans|publicado=ResearchGate|língua=en|acesso-data=20-06-2021}}</ref>
<ref name=o>{{Citar web|url=https://benthamopen.com/ABSTRACT/TOFISHSJ-1-23|título=Putative Male – Male Agonistic Behaviour in Free-Living Zebra Sharks, Stegostoma fasciatum|publicado=The Open Fish Science Journal|língua=en|acesso-data=20-06-2021|autor=Juerg M. Brunnschweiler|autor2=Harold L. Pratt Jr|data=2008}}</ref>
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<ref name=q>{{Citar periódico|url=https://www.bbc.com/news/av/science-environment-16420848|título=Zebra shark at centre of 'virgin birth' mystery|periódico=BBC|autor=Philip Hampsheir|local=Dubai|data=5-01-2012|língua=en|acesso-data=21-06-2021}}</ref>
<ref name=r>{{Citar periódico|url=https://edition.cnn.com/2017/01/17/health/zebra-shark-reproduction/index.html|título=Zebra shark surprises scientists by giving birth without male|periódico=CNN|autor=Anna Cummins|data=17-01-2017|língua=en|acesso-data=21-06-2021}}</ref>
<ref name=s>{{Citar periódico|url=https://www.livescience.com/57536-zebra-shark-has-virgin-births.html|título=Virgin Birth: Zebra Shark Has Babies Without Mating|periódico=LiveScience|autor=Megan Gannon|data=18-01-2017|língua=en|acesso-data=21-06-2021}}</ref>
<ref name=t>{{Citar periódico|url=https://www.nature.com/articles/srep40537|título=Switch from sexual to parthenogenetic reproduction in a zebra shark|periódico=Nature|autor=Christine L. Dudgeon|autor2=Laura Coulton|autor3=Ren Bone|autor4=Jennifer R. Ovenden|autor5=Severine Thomas|data=16-01-2017|língua=en|acesso-data=21-06-2021}}</ref>
<ref name=u>{{Citar web|url=http://www.fishbase.org/summary/Stegostoma-fasciatum.html|título=Stegostoma fasciatum|publicado=FishBase|língua=en|acesso-data=19-06-2021}}</ref>
}}
{{Portal3|Peixes}}
{{Tubarões}}
[[Categoria:Orectolobiformes]]
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