Formulário Ortográfico de 1943: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
VitSin (discussão | contribs)
Correções de estilo e de informações.
Linha 24:
* '''Base XI - Nomes próprios''': regras do Formulário para aportuguesamentos e nomes próprios. Ressalva ao direito de manter a grafia original dos nomes próprios de empresas<ref>{{Citation |obra= Portal da língua portuguesa |publicado= Instituto de lingüística teórica e computacional |citação= Os nomes próprios personativos, locativos e de qualquer natureza, sendo portugueses ou aportuguesados, estão sujeitos às mesmas regras estabelecidas para os nomes comuns. |título= Formulário ortográfico de 1943, oficial no Brasil | url = http://www.portaldalinguaportuguesa.org/acordo.php?action=acordo&id=11-39&version=1943}}.</ref>. Exceção feita aos topônimos de tradição histórica, tais como "[[Bahia]]".<ref>Como expressamente mencionado no item 42: ''Os topônimos de tradição histórica secular não sofrem alteração alguma na sua grafia, quando já esteja consagrada pelo consenso diuturno dos brasileiros. Sirva de exemplo o topônimo '''"Bahia"''', que conservará esta forma quando se aplicar em referência ao Estado e à cidade que têm esse nome''. No entanto, os compostos e derivados desses topônimos obedecem às normas gerais do vocabulário comum, tais como ''baiano'', ''baiana'', etc. É de se notar que o [[Acordo Ortográfico de 1990]], sucessor do FO-1943 no Brasil, não faz menção explícita a esta regra, e que portanto valida a grafia ''Baía'' no Brasil desde 1 de janeiro de 2009 e que ''Bahia'' deixará de ser ''formalmente'' correta a partir de 31 de dezembro de 2015. </ref>
* '''Base XII - Acentuação gráfica''': regras para grafar os acentos nas oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.
* '''Base XIII - Apóstrofo''': apenas para supressão de letras em versos, reprodução de pronúncias populares, supressão de vogais em palavras compostas com consagração pelo uso, como em ''d'oeste"'', ''d'alho", "d'arco", etc.
* '''Base XIV - Hífen''': uso de hífen em verbos e palavras compostas com prefixos e sufixos, além de verbos.
* '''Base XV - Divisão silábica''': determinou que a separação silábica devesse ser feita pela soletração e não mais pela etimologia.
Linha 38:
 
'''Uso dos seguintes [[Encontro consonantal|encontros consonantais]]:'''
* '''Consoante dobrada''' = geralmenteera indicavausado onde a [[sílabaetimologia o tônica]]justificasse, como em di''ff''icil (difícil, latim ''difficilis'') e micava''ll''agreo (milagrecavalo, latim ''caballum'');
* '''CH''' (som de ''K'') = era usado em palavras de origem [[Língua grega|grega]], onde emprega-se emprega a letra [[Χ]] (chi), como em ''ch''ristão (χριστιανός) e ar''ch''itectura (Αρχιτεκτονική);
* '''MM''' = obedecia aà grafia original em [[latim]], como em co''mm''ercio (''commercium''), onde o primeiro ''M'' representava o som nasal antes do ''M'' silábico, muitas vezes indicava a [[sílaba tônica]] também;
* '''MN''' = caso semelhante ao anterior, diferente apenas em relação ao som de ''M'' nasal precedido de ''N'', como em alu''mn''o (aluno) e colu''mn''a (coluna);
* '''PH''' = era usado em palavras de origem [[Língua grega|grega]], onde emprega-se emprega a letra [[Φ]] (fi), como em ''ph''armacia (φάρμακον) e ''ph''iloso''ph''ia (φιλοσοφία);
* '''TH''' = era usado em palavras de origem [[Língua grega|grega]], onde emprega-se emprega a letra [[Θ]] (theta), como em ''th''eatro (θέατρον) e ''th''orax (θώραξ);
* '''XH''' = era comumente usado quandoem acasos letrade [[justaposição]] do prefixo ''Xex'' temcom soma deletra ''Z''[[H]], como em e''xh''ibição (exibição); ou e''xh''alação (exalação).
 
'''Em obediência às regras descritas acima, os prefixos e sufixos de origem grega eram escritos da seguinte forma:'''
Linha 63:
 
'''O '''H''' entre [[Vogal|vogais]]:'''
* Antecedia vogais [[Sílaba tônica|tônicas]] e em [[Hiato (linguística)|hiato]], como em Ja''hu'' ([[Jaú]]) e sa''hi''da (sa''í''da).
 
'''A ênclise'''
Linha 70:
 
=== Origens ===
Essa ortografia anterior a [[1911]], em [[Portugal]], e a 1943, no [[Brasil]], apareceu por volta de meados do [[século XVII]], e foi elaborada por linguistas portugueses. Uma das causas primordiais da utilização desse sistema ortográfico, além da modernização do idioma, foi a tentativa da [[língua portuguesa]] se distanciar mais do [[Língua castelhana|espanhol]]. De [[1580]] até [[1640]], [[Portugal]] partilhou com a [[Espanha]] uma união dinástica, período denominado [[União Ibérica]]. E uma teoria muito frequente na Espanha da época, era que o [[Língua portuguesa | português]] consistia em um [[dialeto]] do [[Língua castelhana | espanhol]]. Obviamente, essa teoria espanhola foi criada com o intuito de funcionar como uma espécie de "instrumento", para uma maior dominação sobre os portugueses. Essa teoria se perpetua em relação ao [[língua galega|galego]], que alternativamente é alternativamente considerado como um dos dialetos do sistema linguístico galaico-português, ao lado do português ibérico e do português brasileiro.
 
{{Referências}}