Assassinato de Marielle Franco: diferenças entre revisões

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Esta frase, se bem que real, nao tem relaçao com o assassinato de Marielle. Maiores explicaçoes na pagina de discussao.
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Em meados de dezembro, a Polícia Civil e o Ministério Público acharam uma importante pista para solucionar o crime. Conforme o relato, Eduardo Almeida Nunes de Siqueira, morador da Muzema, favela dominada pela milícia, clonou um carro do mesmo modelo que foi usado no homicídio. Além disso, Siqueira era defendido pelo mesmo advogado de Ronnie Lessa, considerado o executor da vereadora. Ele confessou que clonou muitos veículos, incluindo um Cobalt prata, ano 2014, que foi exatamente o tipo de automóvel usado pelos pistoleiros. Siqueira não sabia como o carro foi usado, mas viu muita semelhança entre o que ele clonou e o que foi usado no crime. A polícia também seguia outras linhas de investigação, como a confirmação de que a ordem para matar Marielle partiu do ex-bombeiro, ex-vereador e miliciano Cristiano Girão, com o objetivo de se vingar do deputado federal [[Marcelo Freixo]], pois Girão era um dos nomes constantes da lista da CPI das milícias confeccionada pelo parlamentar.<ref>{{Citar web|url=https://www.jb.com.br/pais/2020/12/1026933-caso-marielle-nova-pista-intriga-investigadores.html|título=Caso Marielle: nova pista intriga investigadores|publicado=Jornal do Brasil|data=14 de dezembro de 2020|acessodata=26 de dezembro de 2020}}</ref>
=== Prisões e condenações ===
Em 30 de maio de 2018, a polícia prendeu Thiago Bruno Mendonça, conhecido como "Thiago Macaco", que era acusado de matar Carlos Alexandre Pereira Maria, "O Cabeça", um colaborador do vereador Marcello Siciliano. Thiago Macaco também é citado no depoimento de um ex-miliciano apontado uma testemunha-chave do caso. Segundo a fonte, Thiago seria ligado a Orlando de Curicica, chefe da milícia da Boiúna, atualmente preso. Os dois teriam participado do assassinato da parlamentar, que estaria atrapalhando os negócios do grupo paramilitar na Zona Oeste. Esses negócios também interessariam a Siciliano, que negava as acusações. A testemunha ainda relatou que Thiago Macaco teria sido responsável pela clonagem do Cobalt prata, que foi usado pelos assassinos para cometer o crime. Os agentes já haviam cumprido a prisão temporária de Rondinele de Jesus Da Silva, "O Roni", ocorrido no dia 19 de maio, pelo mesmo delito.<ref>{{Citar web|url= https://oglobo.globo.com/rio/preso-suspeito-de-envolvimento-no-assassinato-de-marielle-franco-22732381|título=Preso suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco|publicado=O Globo|data=30 de maio de 2018|acessodata=31 de maio de 2018}}</ref>
 
Em julho de 2021, houve importantes trocas na equipe de investigação do crime. Na Polícia Civil, Edson Henrique Damasceno, sem explicação oficial, passou a ser titular da Delegacia de Homicídios, que investiga todas as mortes violentas no estado. Damasceno era o quarto responsável na linha de tempo da apuração policial. Ao mesmo tempo, as promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile saíram da força-tarefa do Ministério Público do Rio de Janeiro, que também investigava o atentado. Elas relataram receio e insatisfação com “interferências externas”, mas não deram detalhes sobre essas forças. Além disso, foi feita a exumação do corpo de Adriano da Nóbrega, e a perícia encontrou contradições entre os achados da necropsia e os relatos dos policiais militares que o mataram em ação oficial. <ref>{{Citar web|url=https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/07/26/caso-marielle-entenda-a-nova-troca-de-investigadores-e-outros-desdobramentos.ghtml|título=Caso Marielle: entenda a nova troca de investigadores e outros desdobramentos|autor=Eduardo Pierre|publicado=Portal G1|data=26 de julho de 2021|acessodata=22 de julho de 2021}}</ref>
 
=== Prisões e condenações ===
 
Em 30 de maio de 2018, a polícia prendeu Thiago Bruno Mendonça, conhecido como "Thiago Macaco", que era acusado de matar Carlos Alexandre Pereira Maria, "O Cabeça", um colaborador do vereador Marcello Siciliano. Thiago Macaco também é citado no depoimento de um ex-miliciano apontado uma testemunha-chave do caso. Segundo a fonte, Thiago seria ligado a Orlando de Curicica, chefe da milícia da Boiúna, atualmente preso. Os dois teriam participado do assassinato da parlamentar, que estaria atrapalhando os negócios do grupo paramilitar na Zona Oeste. Esses negócios também interessariam a Siciliano, que negava as acusações. A testemunha ainda relatou que Thiago Macaco teria sido responsável pela clonagem do Cobalt prata, que foi usado pelos assassinos para cometer o crime. Os agentes já haviam cumprido a prisão temporária de Rondinele de Jesus Da Silva, "O Roni", ocorrido no dia 19 de maio, pelo mesmo delito.<ref>{{Citar web|url= https://oglobo.globo.com/rio/preso-suspeito-de-envolvimento-no-assassinato-de-marielle-franco-22732381|título=Preso suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco|publicado=O Globo|data=30 de maio de 2018|acessodata=31 de maio de 2018}}</ref>
Em 24 de julho de 2018, a polícia prendeu o ex-policial Alan Nogueira, conhecido como Cachorro Louco, e o ex-bombeiro Luís Cláudio Barbosa. Ambos foram denunciados por um delator premiado, que também os envolveu em um caso de duplo homicídio. Eles foram apontados como integrantes do grupo do miliciano Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando da Curicica, que atua na Zona Oeste da cidade. O duplo assassinato teria sido cometido no sítio de propriedade de Orlando. Um policial militar e um ex-policial militar também integrantes da milícia, segundo a polícia, foram assassinados com tiros na cabeça, por traição. Depois, tiveram os corpos carbonizados. O delegado disse que não podia ainda relacionar os dois à execução da vereadora e que a investigação prosseguia em sigilo. A milícia citada controla, além da Curirica, as regiões da Taquara, da Vargem Pequena, da Vargem Grande e do Terreirão. As atividades dos milicianos são extorsão de comerciantes e moradores, a exemplo da cobrança de taxas pela venda de gás e água mineral, e controle de pontos de caça-níqueis.<ref>{{Citar web|url= https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/07/24/testemunha-que-delatou-presos-citou-relacao-com-caso-marielle-diz-delegado.ghtml|título=Delator de duplo homicídio citou relação de presos com caso Marielle, diz delegado|publicado=G1|data=24 de julho de 2018|acessodata=24 de julho de 2018}}</ref>