Arte carolíngia: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Acdallago (discussão | contribs)
Lusitana (discussão | contribs)
m links
Linha 5:
A '''arte carolíngia''' refere-se à [[arte]] do período de [[Carlos Magno]], estendendo-se pelos seus sucessores (entre [[780]] e [[900]] d.C.) e alargando a sua influência ao período posterior da [[arte otoniana]]. [[Carlos Magno]] foi a figura política mais poderosa da [[Alta Idade Média]], pois seus exércitos assumiram o controle de extensos territórios ao norte da Europa. Carlos foi responsável pela imposição do [[Cristianismo]] e pelo ressurgimento da arte antiga. Após sua [[coroação]], tornou-se grande [[patrono]] das artes. Estes dois momentos da [[arte medieval]] são considerados os antecessores do [[românico]] e bases da [[arte gótica]].
 
Além de pautar por uma forte herança céltico-germânica, a arte carolíngia inspira-se na [[Arte da Roma Antiga|arte romana]] da [[antiguidadeAntiguidade clássicaClássica]] no chamado [[renascimento carolíngio]], resultando numa comunhão entre elementos clássicos e o característico espírito emocional e conturbado da [[Idade Média]].
 
A sua expressão [[arquitectura|arquitectónica]] vai incidir especialmente na construção [[arquitectura religiosa|religiosa]] caracterizada por [[pintura]]s murais, pelo uso de [[mosaico]]s e [[Baixo relevo|baixos-relevos]] surgindo também neste momento a [[igreja]] com [[cripta]] envolta por [[deambulatório]], tipologia que se irá desenvolver ao longo da Idade Média. Uma das mais significativas construções deste período é a [[Catedral de Aachen]] na [[Alemanha]].
Linha 12:
 
==Iluminuras==
[[Carlos Magno]] encomendou diversos exemplares dos [[Evangelho]]s em [[latim]], com gloriosas [[iluminura]]s. Também enviou artistas a [[Ravena]], onde podiam estudar os [[mural|murais]] e [[mosaico]]s cristãos primitivos e [[bizantino]]s. Carlos talvez tenha contratado artistas gregos para trabalharem nas [[iluminura]]s dos [[Evangelho]]s. No sepulcro de [[Carlos Magno]] foi encontrado o que hoje se chama o [[Evangeliário de Carlos Magno]], fruto de influência marcantesmarcante da tradição pictoral romana.
 
[[Carlos Magno]] encomendou diversos exemplares dos [[Evangelho]]s em [[latim]], com gloriosas [[iluminura]]s. Também enviou artistas a [[Ravena]], onde podiam estudar os [[mural|murais]] e [[mosaico]]s cristãos primitivos e [[bizantino]]s. Carlos talvez tenha contratado artistas gregos para trabalharem nas [[iluminura]]s dos [[Evangelho]]s. No sepulcro de [[Carlos Magno]] foi encontrado o que hoje se chama o [[Evangeliário de Carlos Magno]], fruto de influência marcantes da tradição pictoral romana.
A arte carolíngia tinha diversos centros monásticos por todo Império, chamados de ateliês. A Escola da Corte de [[Carlos Magno]] (também chamada Escola Ada) produziu os primeiros manuscritos, incluindo o [[Evagelário do Arcebispo Ebbons]], os ''Godescalc Evangelistary'' (781–783); os Evangelhos de Lorsch (778–820); os Evangelhos de Ada; os Evangelhos Soissons Gospels; e os ''Evangelhos da Coroação'' e o [[Evangelário de Lindau]]. Eles eram iniciaram um ''revival'' do [[Classicismo]] romano, mas ainda mantinham as tradições da [[arte merovíngia]] e da [[Artearte hibérnico-saxónica]]. Mais tarde, na cidade de [[Reims]], formou-se uma nova escola de iluminuras, que produziu o [[Saltério de Utrecht]] e o ''Bern Physiologus'', um texto latino sobre animais.
 
<center>
Linha 25 ⟶ 24:
</center>
 
==Pinturas e Mosaicosmosaicos==
 
Enquanto é conhecida a existência de afrescos em igrejas e palácios da época, os mosaicos na [[Catedral de Aachen|Capela Palaciana de Carlos Magno]] se pareciam com as primeiras igrejas cristãs em [[Roma]]. Sabe-se que naquela época, muitas colunas e [[mármore]]s foram trazidos direito de Roma para a construção de obras na [[Europa]].