Fábrica de Chá Gorreana: diferenças entre revisões

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== História ==
Alguns estudiosos sustentam que a ''[[Camellia sinensis]]'', planta que está na origem do [[chá verde]] e do [[chá preto]], foi introduzida nos Açores, nomeadamente em São Miguel, em [[1750]], transportada pelas [[nau]]s que retornavam do Oriente. Sabe-se ainda do seu cultivo na ilha [[Terceira]], de onde terá sido expedida uma partida para [[Lisboa]] no ano de [[1801]].
 
Documentadamente, as sementes de chá foram introduzidas em São Miguel pelas mãos do miquelense [[Jacinto Leite]], comandante da Guarda-Real de [[João VI de Portugal]], retornado do [[Brasil]] por volta de [[1820]]. O [[clima]] ameno da ilha, com [[chuva]]schuvas bem distribuídas ao longo do ano, ausência de [[geada]]s e insolação pouco intensa mostrou-se ideal para o seu plantio e desenvolvimento.
Descoberto pelos portugueses e trazido para a [[Europa]] à época dos [[Descobrimentos portugueses|Descobrimentos]], o [[chá]] tornou-se moda entre a [[aristocracia]] europeia, sedenta de luxo e de exotismo. O seu comércio foi disputado por [[Países Baixos|Neerlandeses]], [[França|Franceses]] e [[Inglaterra|Ingleses]], que detiveram o seu monopólio. Até ao [[século XIX]], o chá consumido na Europa era importado, primeiro da [[China]], depois da [[Índia]].
 
Posteriormente, no último quartel do século XIX, como alternativa para a crise da [[laranja]] então vivida, o cultivo do chá foi uma das alternativas incentivado pela [[Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense]]. Para esse fim, a Sociedade trouxe dois técnicos chineses de [[Macau]] a São Miguel em [[1878]]. Estes, por sua vez, trouxeram novas sementes da planta - como a "''[[Jasmin grandiflorum]]''" e da "''[[Malva vacciones]]''" -, e ensinaram técnicas de preparação das folhas e fabrico do chá.
Documentadamente, as sementes de chá foram introduzidas em São Miguel pelas mãos do miquelense [[Jacinto Leite]], comandante da Guarda-Real de [[João VI de Portugal]], retornado do [[Brasil]] por volta de [[1820]]. O [[clima]] ameno da ilha, com [[chuva]]s bem distribuídas ao longo do ano, ausência de [[geada]]s e insolação pouco intensa mostrou-se ideal para o seu plantio e desenvolvimento.
 
Posteriormente, no último quartel do século XIX, como alternativa para a crise da [[laranja]] então vivida, o cultivo do chá foi uma das alternativas incentivado pela [[Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense]]. Para esse fim, a Sociedade trouxe dois técnicos chineses de [[Macau]] a São Miguel em [[1878]]. Estes, por sua vez, trouxeram novas sementes da planta - como a "''[[Jasmin grandiflorum]]''" e da "''[[Malva vacciones]]''" -, e ensinaram técnicas de preparação das folhas e fabrico do chá.
 
Nesse período, as primeiras experiências realizadas com a apanha da folha ocorreram nas localidades das [[Capelas]], do [[Pico da Pedra]], na Ribeira Grande e no [[Porto Formoso]]. Embora não se tenham obtido grandes quantidades de folhas (apenas 10 quilos de chá preto e 8 quilos de chá verde), foi o suficiente para garantir a sua continuação.
 
Na área da Gorreana, o solo argiloso e ácido permitiu a obtenção de um chá perfumado e de travo agradável. Em nossos dias, o chá ali produzido, numa propriedade de 75 hectares, é valorizado por ser um produto ecológico, livre de pesticidas, herbicidas e fungicidas. A fábrica Gorreana produz chá preto, chá verde e semifermentadosemi-fermentado, em quantidade variável de ano para ano, dependendo das condições climatéricas. Ao longo da história da fábrica, o máximo alcançado foi de 42 toneladas.<ref>Gorreana: o chá português. in: ''[[Focus]]'', nr. 304, 10 a 16 ago. 2005, p. 104.</ref>
 
A Gorreana detém o título de mais antiga fábrica de chá da Europa, já que começou a produzi-lo em [[1883]].
 
Na classe dos verdes, produz os:
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[[Categoria:Chá]]
[[Categoria:Fundações em Portugal em 1883]]
[[enːGorreana]]