Políticas de respeitabilidade: diferenças entre revisões

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'''Políticas de respeitabilidade''' ou '''respeitabilidade política''' é uma forma de discurso [[moralista]] usado por algumas figuras proeminentes, líderes ou acadêmicos que são membros de vários grupos marginalizados, que consiste em promover a [[assimilação cultural]] da população perpetradora do [[preconceito]], visando alcançar os [[Privilégio social|privilégios sociais]] dela. Quando esses promovem políticas de respeitabilidade, isso pode servir como uma tentativa de policiar alguns de seus colegas de grupo ou a si mesmos. Os defensores da política de respeitabilidade podem estar tentando retratarprovar seus valores sociais pessoais como sendo contínuos e compatíveis com os valores dominantes. Eles podem preferir não desafiar o ''mainstream'' (a [[correnteStatus dominanteQuo|status quo]])'' por causa de sua falha em aceitar oa grupoexistência marginalizadoda [[marginalização]] no ''mainstream''([[corrente dominante]]) e essao fato de que a diversidade também existe dentro dode seu próprio grupo.<ref>{{Citar livro|título=Dark Continent of Our Bodies: Black Feminism and the Politics of Respectability|ultimo=White|primeiro=E. Frances|ano=2001|localização=Philadelphia|páginas=|isbn=|citação=|publicação=Temple University Press|via=}}</ref>
 
O conceito foi articulado pela primeira vez em 1993 por Evelyn Brooks Higginbotham em seu livro ''Righteous Discontent: The Women's Movement in the Black Baptist Church, 1880–1920''. No contexto da história negra americanaestadunidense, a política de respeitabilidade foi praticada como uma maneira de tentar conscientemente deixar de lado e minar as práticas culturais e morais consideradas desrespeitadas pela sociedade em geral, especialmente no contexto da família, das vestimentas, da religião e das boas maneiras.<ref name="Wolcott2001">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=Nul3qGufrkcC&pg=PA6|título=Remaking Respectability: African American Women in Interwar Detroit|ultimo=Victoria W. Wolcott|ano=2001|páginas=5–7|isbn=978-0-8078-4966-8|publicação=Univ of North Carolina Press}}</ref> O desenvolvimento de políticas afro-americanas de respeitabilidade foi atribuído a escritores e ativistas, incluindo [[W. E. B. Du Bois|WEB Du Bois]] e [[Booker T. Washington]], e tem sido usado como uma maneira de entender a eleição e a trajetória política de [[Barack Obama]].<ref name="Harris2012">{{Citar livro|url=https://archive.org/details/priceofticketbar0000harr|título=The Price of the Ticket: Barack Obama and Rise and Decline of Black Politics|ultimo=Fredrick Harris|data=15 June 2012|páginas=[https://archive.org/details/priceofticketbar0000harr/page/101 101]–106|isbn=978-0-19-973967-7|publicação=Oxford University Press}}</ref><ref>{{Citar periódico|ano=2014|titulo=The Rise of Respectability Politics|url=http://www.dissentmagazine.org/article/the-rise-of-respectability-politics|jornal=Dissent|autor=Frederick C. Harris}}</ref> O presidente Obama também foi criticado pelo uso de políticas de respeitabilidade durante sua presidência, como quando ele abordou questões de criminalidade negra durante seu discurso após a decisão do grande júri de 24 de novembro sobre o [[Homicídio de Michael Brown|assassinato de Michael Brown]] em Ferguson, Missouri.<ref>{{Citar web|titulo='Black respectability' politics are increasingly absent from Obama's rhetoric|url=https://www.washingtonpost.com/blogs/the-fix/wp/2014/12/03/black-respectability-politics-are-increasingly-absent-from-obamas-rhetoric/|obra=www.washingtonpost.com}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Remarks by the President After Announcement of the Decision by the Grand Jury in Ferguson, Missouri|url=https://obamawhitehouse.archives.gov/the-press-office/2014/11/24/remarks-president-after-announcement-decision-grand-jury-ferguson-missou|obra=obamawhitehouse.archives.gov}}</ref> Um dos defensores mais abertos da política de respeitabilidade é o ex-jogador de basquete [[Charles Barkley]].<ref>{{Citar web|titulo=Charles Barkley and the Plague of 'Unintelligent' Blacks|url=https://www.theatlantic.com/politics/archive/2014/10/charles-barkley-and-the-plague-of-unintelligent-blacks/382022/|obra=www.theatlantic.com}}</ref>
 
== Política de respeitabilidade negra ==
O termo 'política da respeitabilidade' foi usado pela primeira vez no contexto das mulheres negras e seus esforços para se distanciar dos aspectos estereotipados e desrespeitados de suas comunidades.<ref>{{Citar periódico|primeiro6=Harris|ano=2003|titulo=Gatekeeping and Remaking: The Politics of Respectability in African American Women's History and Black Feminism|url=|jornal=Journal of Women's History|volume=15|páginas=213|via=|last=Paisley}}</ref> As políticas de respeitabilidade continuam a influenciar o comportamento dos indivíduos negros [[Exclusão social|marginalizados]] racialmente hoje em dia que ganham status e direitos "aderindo aos padrões hegemônicos do que significa ser respeitável".<ref name=":0">{{Citar periódico|primeiro6=Lori D.|ano=2014|titulo=Preserving Respectability or Blatant Disrespect? A Critical Discourse Analysis of the Morehouse Appropriate Attire Policy and Implications for Intersectional Approaches to Examining Campus Policies|url=|jornal=International Journal of Qualitative Studies in Education|volume=27|páginas=724–746|doi=10.1080/09518398.2014.901576|last=Patton}}</ref> Os estereótipos com os quais os negros praticantes de política de respeitabilidade estão mais preocupados são preguiça, inferioridade intelectual, violência e imoralidade. Embora a política de respeitabilidade tenha sido uma maneira importante de os cidadãos negros dos Estados Unidos integrarem suas vidas livres após a emancipação, hoje existem muitos exemplos de maneiras pelas quais os negros argumentam que "uma concessão deliberada para integrar os valores sociais"<ref>{{Citar periódico|primeiro6=K.N.|ano=1997|titulo=Examining the politics of respectability in African American studies|url=|jornal=Benchmarks Almanac|volume=|páginas=43|via=|last=Gross}}</ref> não promover o respeito, mas é um mecanismo de defesa das [[Minoria|comunidades minoritárias]]. Além disso, algumas pesquisas associam parte do alto ônus da doença mental para os negros americanos em comportamentos assimilacionistas. Os pesquisadores Hedwig Lee e Margaret Takako Hicken argumentam que novas conversas sobre política de respeitabilidade devem sempre considerar o desafio de negociar os espaços sociais cotidianos como americanos negros e como isso afeta [[Saúde mental|a saúde mental]].<ref>{{Citar periódico|primeiro6=Hedwig and Margaret Takako Hicken|ano=2016|titulo=Death by a Thousand Cuts: The Health Implications of Black Respectability Politics|url=|jornal=Souls|volume=2|páginas=421–445|doi=10.1080/10999949.2016.1230828|pmc=5703418|pmid=29187782|last=Lee}}</ref>(ver ''[[racismo internalizado]]'')
 
=== Origem ===
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Esse tipo de mobilização continuou e se infiltrou na metodologia dos professores das comunidades negras no Jim Crow South. Os professores incentivaram seus alunos a se integrarem em comunidades brancas de classe média na esperança de motivar e inspirar os alunos a escapar [[Desigualdade social|da injustiça racial]]. Esses professores viam sua profissão como um ato político, ajudando jovens estudantes negros a se desassociar de estereótipos negativos.<ref>{{Citar periódico|titulo="The Way We Found Them to Be": Remembering E. Franklin Frazier and the Politics of Respectable Black Teachers|jornal=Urban Education|volume=45|páginas=142–165|doi=10.1177/0042085908322726}}</ref> Esperava-se também que as comunidades negras se integrassem em ser mais brancas, a fim de obter acesso a benefícios políticos.
 
No livro ''Black Power: The Politics of Liberation,'' Kwame Ture, anteriormente conhecido como Stokely Carmichael, e Charles V. Hamilton, ilustram como a cidade de Tuskegee, Alabama, não é reconhecida na política pelos políticos brancos. A população de Tuskegee é 95% negra,<ref>{{Citar web|url=https://suburbanstats.org/population/alabama/how-many-people-live-in-tuskegee|titulo=Current Tuskegee, Alabama Population, Demographics and stats in 2016, 2017.|last=suburbanstats.org|obra=SuburbanStats.org}}</ref> mas esses números não representam o povo na política. Ture e Hamilton discutem como os negros constantemente precisam se provar a si mesmospara os brancos. É um ciclo interminável, porque uma vez que um aspecto deuma sernorma branco[[Eurocentrismo|eurocêntrica]] é alcançadoalcançada, outrooutra é colocadocolocada em seu caminho.<ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/blackpowerpoliti00carm_0|título=Black power : the politics of liberation in America|ultimo=Carmichael|primeiro=Stokely|data=1992|ano=|localização=New York|páginas=|isbn=9780679743132|oclc=26096713|publicação=Vintage Books|edition=Vintage|resumo-url=Stokely Carmichael}}</ref>
 
=== Vidas Negras Importam ===
O movimento ''[[Black Lives Matter]]'' é um exemplo de movimento contra a política de respeitabilidade. O movimento foi motivado pelo [[Caso Trayvon Martin|tiro e morte de Trayvon Martin]], um adolescente negro desarmado que foi morto por um vigia de bairro. O número de assassinatos policiais subsequentes de homens negros desarmados motivou uma conversa sobre [[Estereótipo|estereótipos]] raciais e por que certos estereótipos raciais passaram a sugerir que homens negros são "perigosos". O movimento ''Black Lives Matter'' argumenta que as pessoas merecem direitos independentemente de "qualquer comportamento ostensivamente não respeitável". Em vez de reconhecer e se esquivar dos estereótipos negativos deda pretopopulação preta, o movimento ''Black Lives Matter'' trabalha para expandir o conceito do que significa ser "respeitável" e argumenta que o comportamento estereotipado negativamente não deve ser enfrentado com força mortal.<ref name=":3">{{Citar periódico|primeiro6=Osagie K.|ano=2016|titulo=Black Lives Matter and Respectability Politics in Local News Accounts of Officer-Involved Civilian Deaths: An Early Empirical Assessment|url=|jornal=Wisconsin Law Review|volume=3|páginas=541–574|via=|last=Obasogie}} </ref>
 
De acordo com o crescimento do movimento ''Black Lives Matter'', algumas celebridades que geralmente se esquivavam das conversas sobre raça começaram a se envolver com o assunto. Por exemplo, no início de sua carreira, a popular produtora e criadora de televisão [[Shonda Rhimes]] exibiu programas que tinham roteiros daltônicos, apesar de terem elencos diversos (por exemplo, ''[[Grey's Anatomy]]''). Isso foi consistente com a política moderna de respeitabilidade, no que às vezes se argumenta ser uma era pós-racial. Hoje, Rhimes se engaja em conversas sobre [[Desigualdade social|desigualdade racial]] na mídia e aborda tópicos carregados desobre raça em seu programa, pressionando contra a política de respeitabilidade e afirmando os direitos de todas as pessoas, independentemente de sua 'respeitabilidade'.<ref>{{Citar periódico|primeiro6=Ralina L.|ano=2016|titulo=Strategically Ambiguous Shonda Rhimes: Respectability Politics of a Black Woman Showrunner|url=|jornal=Souls|volume=18|páginas=302–320|doi=10.1080/10999949.2016.1230825|via=|last=Joseph}}</ref>
 
== Política de respeitabilidade LGBT ==
A política de respeitabilidade, no contexto da comunidade [[LGBT]], é a assimilação de pessoas LGBT ou [[Marginalização|marginalizadas]] com base na sexualidade e/ou statusidentidade de transgênerosgênero na sociedade hegemônica e cisheteronormativa[[Cissexismo|cis]]-[[Heteronormatividade|heteronormativa]]. Isso pode ser conseguidoVisando minimizandominimizar [[Estereótipo LGBT|estereótipos]] ou comportamentos associados à homossexualidadecomunidade LGBTQ+ (por exemplo, ''[[crossdressingtransformismo]]'' ou vestir-se extravaganteextravagantemente, exibiçõesdemostrações públicas de afeto pelo mesmo sexogênero) ou participarparticipando de instituições heterossexuais cisgêneroscisgênero.<ref name=":1">{{Citar periódico|primeiro6=Brandon Andrew|ano=2012|titulo=Is This What Equality Looks Like?: How Assimilation Marginalizes the Dutch LGBT Community|url=|jornal=Sexuality Research and Social Policy|volume=9|páginas=327–336|doi=10.1007/s13178-012-0084-3|last=Robinson}}</ref> Existem muitas perspectivas sobre se o envolvimento em políticas de respeitabilidade é a melhor maneira de as pessoas LGBT obterem aceitação. Uma perspectiva é que a assimilação é uma maneira importante e necessária para a comunidade LGBT obter direitos e, uma vez integrados à sociedade, terão mais espaço para desafiar as instituições tradicionais a torná-las mais inclusivas. Outra perspectiva é que a assimilação apenas reforça instituições cisheteronormativascis-heteronormativas e torna a diversidade invisível. Algumas pessoas LGBT, por exemplo, optam por se identificar como ''straight-acting'' (agindo agente-hétero ou hétero-atuante, em traduções livres) criando controvérsiarevolta na comunidade.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Clarkson|primeiro=Jay|data=2006-03-22|titulo="Everyday Joe" versus "pissy, bitchy, queens": gay masculinity on StraightActing.com|url=https://go.gale.com/ps/i.do?p=AONE&sw=w&issn=10608265&v=2.1&it=r&id=GALE%7CA147614192&sid=googleScholar&linkaccess=abs|jornal=The Journal of Men's Studies|lingua=English|volume=14|numero=2|paginas=191–208}}</ref>(ver ''[[Homofobia Internalizada|homofobia internalizada]]'' e ''[[homofobia liberal]]'').
 
Os ativistas [[Legislação sobre pessoas LGBT no mundo|pelos direitos LGBT]] também lutaram com a questão da política de respeitabilidade. Foi feita uma distinção entre uma atitude que celebrou e afirmou a diferença sexual nas campanhas de direitos dos gays da década de 1960 e abordagens contemporâneas que buscam reduzir e subestimar as diferenças sexuais e retratar os gays como tendo valores semelhantes aos da sociedade cis-hétero-normativa mais ampla, "um orgulho...em um acordo inconsciente com visões dominantes sobre o que é vergonhoso".<ref name="Gould2009">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=2FBkJEVLio8C&pg=PA90|título=Moving Politics: Emotion and ACT UP's Fight against AIDS|ultimo=Deborah B. Gould|data=15 December 2009|páginas=89–91|isbn=978-0-226-30531-8|publicação=University of Chicago Press}}</ref> Ao escrever para ''[[Slate]]'', J. Bryan Lowder nomeou [[Caitlyn Jenner]] como uma defensora da política de respeitabilidade na comunidade [[Transgénero|transgêneratrans]]. "Desde o início do movimento dos direitos civis para gays, lésbicas e bissexuais", escreve ela, "houve indivíduos que tentaram obter a aprovação direta da sociedade, distanciando-se—ouse— ou pisando nos corposcorpos— de de—elementoselementos mais 'radicais' da comunidade[...] A política de respeitabilidade na comunidade trans, pelo menos no palco público, é um fenômeno mais novo, mas parece que Jenner está se posicionando para liderar o caminho."<ref>{{Citar web|url=http://www.slate.com/blogs/outward/2015/09/09/caitlyn_jenner_gay_marriage_and_the_halloween_costume_respectable_trans.html|titulo=Caitlyn Jenner vs. "the Community"|last=Lowder|primeiro3=J. Bryan|obra=Slate}}</ref>
 
=== Igualdade matrimonial ===
Um exemplo de respeitabilidade política utilizada pela comunidade LGBT nos [[Estados Unidos]] foi a decisão em 2015 de ''[[Obergefell v. Hodges|Obergefell v.]]'' ''[[Obergefell v. Hodges|Hodges]]'' do Supremo Tribunal que legalizou o [[casamento entre pessoas do mesmo sexo]]. Muito do argumento do ''[[mainstream]]'' para incluir a comunidade LGBT, em uma instituição [[Heteronormatividade|heteronormativa]] como o casamento foi a de que a inclusão de pessoas LGBT no casamento não seria desafiodesafiaria ou alteraralteraria oos casamentovalores tradicional valorestradicionais, como a [[monogamia]] e [[Amatonormatividade|amato-normatividadeamatonormatividade]]. A fim de beneficiar casamento como uma instituição, a comunidade LGBT defendedefendeu suas relações como sendo muito parecidas e perpetuamperpetuantes osdos mesmos valores comoque heterossexuaisrelações comunidadesheterossexuais.<ref>{{Citar periódico|primeiro6=Jes L. and Terri D. Conley|ano=2015|titulo=Maybe "I Do," Maybe I Don't: Respectability Politics in the Same-Sex Marriage Ruling|url=|jornal=Analyses of Social Issues and Public Policy|volume=15|páginas=409–413|doi=10.1111/asap.12085|last=Matsick}}</ref>
 
== Mulheres ==
Nos Estados Unidos, existem qualidades de gênero que definem um comportamento respeitável para homens e mulheres. Historicamente, a respeitabilidade das mulheres tem sido definida por certos atributos que, quando subscritos e seguidos, levam a certos direitos e benefícios. Alguns dos adjetivos mais consistentes usados para descrever a respeitabilidade das mulheres são "purossubmissos, simplespuritanos, silenciosossimplistas, esilenciadores, domésticos (e) modestos". A política de respeitabilidade das mulheres difere da política de respeitabilidade LGBT e negra porque, para serem respeitáveis, as mulheres devem respeitar estereótipos de feminilidade, enquanto LGBT e respeitabilidade negra são fundadas nelas, em vez disso seguindo na corrente contrária, não respeitando os estereótipos associados a seus próprios grupos.<ref name=":2">{{Citar periódico|primeiro6=Mary|ano=2016|titulo=Women and the Politics of Austerity: New Forms of Respectability|url=http://eprints.lse.ac.uk/69842/1/Evans_Women%20and%20the%20politics.pdf|jornal=British Politics|volume=11|páginas=438–451|doi=10.1057/s41293-016-0037-1|via=|last=Evans}}</ref> As políticas modernas de respeitabilidade para as mulheres também são ainda mais complicadas devido às pressões sociais inconsistentes das mulheres em relação à sexualidade. De acordo com Lara Karaian, professora da Universidade Carleton, as mulheres recebem mensagens inconsistentes sobre o que é um comportamento sexual respeitável, o que leva à vitimizaçãovitimação sexual e vergonha de serem taxadas de vagabunda (na maioria das vezes, para meninas jovens).<ref>{{Citar periódico|primeiro6=Lara|ano=2014|titulo=Policing 'sexting': Responsibilization, respectability and sexual subjectivity in child protection/crime prevention responses to teenagers' digital sexual expression|url=|jornal=Theoretical Criminology|volume=18|páginas=282–299|doi=10.1177/1362480613504331|last=Karaian}}</ref>
 
=== Mulheres e moda ===
Uma maneira pela qual as mulheres podem respeitar a política de respeitabilidade é através de suas roupas. As maneiras pelas quais as mulheres se vestem sãocostumam ser altamente indicativas de seu lugar e nível de respeitabilidade nasegundo a sociedade e nasua comunidade. As mulheres que se vestem comde respeitoacordo comas normas, têm maior probabilidade de serem admitidas em instituições sociais e políticas. Esse precedente tornou-se mais aparente na era[[Era vitoriana|Era Vitoriana]].<ref name=":2">{{Citar periódico|primeiro6=Mary|ano=2016|titulo=Women and the Politics of Austerity: New Forms of Respectability|url=http://eprints.lse.ac.uk/69842/1/Evans_Women%20and%20the%20politics.pdf|jornal=British Politics|volume=11|páginas=438–451|doi=10.1057/s41293-016-0037-1|via=|last=Evans}}</ref>
 
=== Mulheres e casamento ===
Segundo estudiosos como [[Simone de Beauvoir]], casar é um exemplo de política de respeitabilidade para as mulheres. Embora ser casadocasadaaosàs participantes acesso a uma variedade de benefícios, como assistência médica e benefícios fiscais, De Beauvoir argumenta que isso também vem com a necessidade de respeitar a respeitabilidade burguesa.<ref>{{Citar livro|título=The Second Sex|ultimo=de Beauvoir|primeiro=Simone|ano=1989|localização=New York|páginas=|isbn=|citação=|publicação=Vintage Books|via=}}</ref> Esse tipo de respeitabilidade é específico para as mulheres e exige que as mulheres "prestem um serviço no casamento". Esses serviços incluem a satisfação das necessidades sexuais dos homens e o cuidado com a casa. <ref>{{Citar periódico|primeiro6=Lori Jo|ano=2010|titulo=Marriage and Bourgeois Respectability|url=|jornal=Critical Perspectives: Politics and Gender|volume=6|páginas=145–152|doi=10.1017/S1743923X09990572|last=Marso}}</ref> Hoje, a política de respeitabilidade nos casamentos é desafiada, mas não apagada, por maiores níveis de igualdade econômica e social entre homens e mulheres.<ref>{{Citar web|url=http://greatergood.berkeley.edu/article/item/the_family_revolution|titulo=The Family Revolution|last=Coontz|primeiro3=Stephanie|obra=Greater Good: Science of a Meaningful Life|publicação=University of California, Berkeley}}</ref>
 
== Veja também ==
 
* [[Lugar de fala|Local de fala]]
* [[Assimilação cultural]]
* [[Opressão internalizada]]
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* [[Passabilidade]]
* [[Uncle Tom|Tio Tom]]
*[[Carlinhos Maia]]
*[[Sérgio Camargo]]
*[[Patrícia Abravanel]]
{{Referências}}
[[Categoria:Política LGBT]]