Moisei Uritski: diferenças entre revisões

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'''Moisei Solomonovitch Uritski''' (em [[língua russa|russo]]: Моисей Соломонович Урицкий; [[Tcherkássi|Tcherkasi]], [[Ucrânia]], 2 de janeiro de 1873 ([[calendário juliano|jul.]]) - [[Petrogrado]], [[Rússia]], 17 de agosto de 1918) foi um revolucionário [[Judaísmo|judeu]], líder [[bolchevique]] durante a [[Revolução de Outubro|Revolução de Outubro de 1917]].
 
== Biografia ==
Uritski, órfão de pai desde criança, foi educado no ambiente religioso [[judaísmo|judeu]], que na época era discriminado pelas autoridades [[Czar|czaristasczar]]istas. Na sua época como estudante de [[Direito]] na Universidade de [[Kiev]], aderiu ao [[Partido Operário Social-Democrata Russo]] (POSDR) e organizou uma rede para importar e distribuir literatura política clandestina. Em 1897 foi arrestado e [[Deportação|deportado]] por essa atividade. Porém, mesmo assim, envolveu-se no movimento revolucionário e fez parte da organização operária judaica [[Bund]]. Como membro do POSDR participou no seu [[Congresso do Partido Comunista da União Soviética|II Congresso]], posicionando-se do lado dos [[mencheviques]] de [[Julius Martov]]. As suas atividades em [[Petrogrado]] durante a [[Revolução de 1905]] fizeram com que novamente fosse deportado.
 
Em 1914 emigrou à França e colaborou com o jornal social-democrata ''A nossa palavra'' (Наше слово). Rechaçou as teses [[mencheviques]] de "defesa da pátria" e apoiou o setor "internacionalista" da social-democracia que se reuniu em 1915 na denominada [[Conferência Socialista de Zimmerwald]] ([[Suíça]]). Como membro da ala internacionalista, organizou redes de correio para financiar os internacionalistas que permaneciam na [[Rússia]] junto com [[Aleksandr Parvus]], e ajudou também [[Karl Radek]] a organizar a entrada de [[Lenin]] desde [[Suíça]] na [[Rússia]].
 
Em 1917, regressou a [[Petrogrado]], onde fez parte da organização social-democrata dos [[Mejraiontsi]]. Porém, em julho de 1917, aderiu finalmente aos [[bolcheviques]], participando no [[Congresso do Partido Comunista da União Soviética|VI Congresso do POSDR]], onde foi eleito como membro do [[Comité Central do Partido Comunista da União Soviética|Comité Central]] do Partido. Graças à sua posição, foi também designado para dirigir a [[Tcheka]] (política secreta) em [[Petrogrado]].
 
Uritski esteve entre os dirigentes que se opuseram à sinatura do [[Tratado de Brest-Litovski]] imposto à [[Rússia]] por [[Alemanha]]. Ao ser assinado, renunciou ao seu cargo junto com outros dirigentes como [[Nikolai Bukharin]], [[Félix Dzerjinsky|Feliks Dzerzhinski]], [[Georgi Piatakov]], [[Andrei Bubnov]] e [[Ivan Smirnov]]. Contudo, coordenou com Bukharin e Radek a publicação do jornal ''Kommunist'' como órgão do grupo de [[Esquerda comunista|Comunistas de Esquerda]], opostos pela esquerda aos [[bolcheviques]]. Porém, no [[Congresso do Partido Comunista da União Soviética|VII Congresso do POSDR]] (extraordinário), em março de 1918, Uritski mostrou-se desconforme com o documento intitulado ''Tese sobre a atual situação'' proposto pelos Comunistas de Esquerda, o que possibilitou o seu regresso ao Comité Central, embora continuar ligado ao grupo.
 
A [[Guerra Civil Russa|guerra civil russa]] iniciou-se em 25 de maio de 1918. Em 17 de agosto, um cadete militar, [[Leonid Kanegeiser]], assassinou Moisei Uritski em retaliação pela morte de vários corpos do [[Exército Branco]]. Este facto, unido ao atentado de [[Fanni Kaplan]] contra [[Lenin]] em 30 de agosto, fez com que os [[bolcheviques]] iniciassem a campanha de retaliação conhecida como [[Terror vermelho|Terror Vermelho]].
 
== Ver também ==