Região Metropolitana do Rio de Janeiro: diferenças entre revisões

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Correção ortográfica.
Linha 88:
A área integrada resultante do processo de metropolização abordado acima é polarizada pelo centro da cidade do Rio de Janeiro.
 
Dos 22 municípios que pertencem oficialmente à RMRJ, apenas Itaguaí, Seropédica, Paracambi, Japeri, Queimados, Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Belford Roxo, São João de Meriti, Duque de Caxias, Magé, Guapimirim, Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá e Maricá possuem forte integração entre si (antes dos desmembramentos ocorridos na década de 1990, durante o peíodoperíodo conhecido como "febre emancipatória", a área que hoje compreende esses 19 municípios era dividida em apenas 12: Itaguaí, Paracambi, Nova Iguaçu, Nilópolis, São João de Meriti, Duque de Caxias, Magé, Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá). Com exceção da capital, onde está localizado o núcleo metropolitano, cada um desses municípios tem uma parcela considerável da sua população trabalhando em outros municípios dessa aglomeração metropolitana (o que não ocorre com Rio Bonito, Cachoeiras de Macacu e Petrópolis, municípios com pouca integração com os demais municípios da RMRJ). Além disso, todos esses 19 municípios (além de Mangaratiba e Saquarema, municípios mais afastados do centro do Rio e, portanto, menos vinculados ao núcleo) estão no arranjo populacional do Rio de Janeiro identificado pelo IBGE, que usou, principalmente, os movimentos pendulares como base para identificar cada um dos arranjos populacionais do Brasil.<ref>https://www.ibge.gov.br/apps/arranjos_populacionais/2015/pdf/publicacao.pdf</ref>
 
Esses 19 municípios, entre os quais há um fluxo significativo de trabalhadores que fazem deslocamentos pendulares diários e, por efeito, alta integração, são os que formam, de fato, a área metropolitana da capital fluminense. Isto é, a área correspondente ao município do Rio de Janeiro e às regiões da Baixada Fluminense e do Leste Metropolitano, composta pelos 19 municípios mencionados acima, é a área onde o fenômeno metropolitano acontece na prática.<ref>http://anpur.org.br/xviienanpur/principal/publicacoes/XVII.ENANPUR_Anais/ST_Sessoes_Tematicas/ST%208/ST%208.2/ST%208.2-05.pdf</ref> Essa área é extremamente vinculada ao núcleo metropolitano, o que é evidenciado, por exemplo, pelo volume de migrações pendulares entre os 18 municípios da periferia metropolitana e o centro da cidade do Rio de Janeiro (o núcleo metropolitano), pela integração do sistema de transportes que conecta os municípios da Baixada Fluminense e do Leste Metropolitano ao núcleo metropolitano, e pela distância relativamente curta entre todas as localidades, bairros, distritos etc. desses 18 municípios periféricos e o centro da capital, o que condiciona movimentos pendulares a trabalho, busca por bens e serviços, e outras atividades cotidianas que obrigam as pessoas que moram nos municípios periféricos a se deslocarem das suas casas até o núcleo metropolitano, fazendo desse aglomerado metropolitano uma região do dia-a-dia. De acordo com o Censo de 2010, a cidade do Rio de Janeiro é o destino de 65,4% das pessoas que fazem deslocamentos pendulares dentro da área metropolitana (entre os anos de 2009 e 2013, a RMRJ era oficialmente composta pelos 19 municípios já citados, logo os dados do levantamento dizem respeito ao Grande Rio com essa composição, abrangendo apenas o município do Rio de Janeiro, a Baixada Fluminense e o Leste Metropolitano).