Localismo em Hong Kong: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Página marcada que existem referências sem formatação |
Etiquetas: Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel Edição móvel avançada |
||
Linha 1:
{{Formatar referências|data=novembro de 2021}}
Em [[Hong Kong]], o '''localismo''' é um movimento político centrado na preservação da autonomia e cultura local da cidade. O movimento localista de Hong Kong engloba uma variedade de grupos com objetivos diferentes, mas todos eles se opõem à crescente invasão do [[governo da República Popular da China|governo central chinês]] na administração de seus próprios assuntos políticos, econômicos e sociais.<ref>{{Citar jornal|titulo=Hong Kong suffers identity crisis as China's influence grows|url=https://www.theguardian.com/world/2012/mar/23/china-hong-kong-identity-crisis}}</ref><ref name="timeout">{{Citar jornal|titulo=Localism: Why is support for the political perspective growing - and who's behind it?|url=http://www.timeout.com.hk/big-smog/features/73236/localism-why-is-support-for-the-political-perspective-growing-and-whos-behind-it.html}}</ref> Questões que preocupam [[
Apesar de grupos localistas com diferentes agendas e ideologias terem existido desde a [[Transferência da soberania de Hong Kong|transferência de soberania do território]], o movimento de hoje como um todo emergiu no início de 2010 e ganhou força significativa após [[Protestos em Hong Kong em 2014|protestos generalizados em 2014]] contra a [[
== Terminologia ==
O [[
== História da consciência local em Hong Kong ==
Linha 15:
Os baby boomers eram filhos dos refugiados, mas nasceram e cresceram em Hong Kong e têm um forte sentimento de pertença. Eles tentaram romper a rivalidade da [[Guerra Fria]] entre os comunistas e os [[Kuomintang|nacionalistas]] que dominavam a cena política na época.
Os anos 1970 viram ondas de movimentos estudantis sem precedentes, como o Movimento da Língua Chinesa e o movimento anticorrupção, a [[
Nos anos 60 e 70, o governo colonial também tentou criar uma consciência local apolítica para impulsionar a legitimidade do domínio colonial. Sob a [[Governador de Hong Kong|administração]] do
=== Segunda onda ===
A segunda onda de consciência local surgiu na década de 1990, quando o governo colonial estava chegando ao fim. O [[Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989|massacre de Tiananmen, em]] 1989
=== Terceira onda ===
[[
[[
A [[
Eles também estavam insatisfeitos com o [[Campo pró-democracia (Hong Kong)|campo pró-democracia]] estabelecido pela oposição, que eles consideravam ineficaz em desafiar o sistema. Vários movimentos conservacionistas liderados por jovens ativistas surgiram, protestando contra a demolição do [[
== Ascensão do localismo contemporâneo ==
=== Teoria da cidade-estado de Chin Wan ===
O fracasso dos pacíficos protestos anti-XRL prejudicou a reputação dos ativistas moderados de esquerda. Alguns se voltaram para uma abordagem mais radical. Scholar [[Chin Wan]] publicou o livro, ''On the City-State de Hong Kong'' em 2011, que provocou um debate público feroz e foi popular entre a geração jovem.<ref>{{Citar periódico|titulo=Three Views of Local Consciousness in Hong Kong 香港 地元の意識、三つの視点|url=http://www.japanfocus.org/-Ho_fung-Hung/4207|jornal=The Asia-Pacific Journal|volume=12}}</ref> No livro, Chin sugere o abandono da esperança por uma China democrática e posiciona o movimento democrático em uma perspectiva "localista", a fim de contrapor as políticas "[[Neocolonialismo|neoimperialistas]]" de Pequim em relação a Hong Kong. Analisou a ameaça potencial do influxo de [[
Ele defende posições como "Hong Kong First" e "separação entre Hong Kong e China" para proteger Hong Kong do "[[genocídio cultural]]".<ref name="Lau">{{Citar jornal|titulo=Independent thinker Horace Chin treads bold path|url=http://www.scmp.com/news/hong-kong/article/1257295/independent-thinker-horace-chin-treads-bold-path}}</ref> Ele sugeriu a construção de Hong Kong em uma cidade-estado autônoma, fundindo a cultura britânica com uma cultura chinesa restaurada.<ref>{{Citar jornal|titulo=Will a democratic China harm Hong Kong?|url=http://www.scmp.com/comment/insight-opinion/article/1256939/will-democratic-china-harm-hong-kong}}</ref> A visão de Chin foi amplamente aceita pelos defensores da independência de Hong Kong e por aqueles que defendem a restauração do domínio britânico em Hong Kong.
Desde então, ele criou uma mudança de paradigma na consciência local de Hong Kong a partir do discurso de esquerda da reinterpretação da história colonial, valorizando a natureza inclusiva e diversificada da cultura de Hong Kong ao discurso de direita do [[sentimento antichinês]] e nostalgia pelo domínio britânico.<ref name="Law" /> Chin também diz a seus seguidores para usar a ação violenta como meio de defender a autonomia de Hong Kong. Ele uma vez se juntou ao grupo [[
=== Conflito entre Hong Kong e o continente ===
[[
Muitos conflitos entre os continentais e os Hongkongers também ocorreram devido ao afluxo de turistas e imigrantes, como a [[
Ao mesmo tempo, os localistas são hostis em relação ao [[Campo pró-democracia (Hong Kong)|campo pan-democrático]], pois acreditavam que o [[cosmopolitismo]] dos pan-democratas era irrealista e que o desejo de uma China democrática se sacrificaria aos interesses de Hong Kong. Eles também estão insatisfeitos com a ineficácia crida dos pan-democratas como o partido da oposição nos últimos 20 anos. Por outro lado, a tendência [[Populismo de direita|populista de direita]] dos movimentos localistas foi condenada como "xenófoba" e "nativista" pelos ativistas do mainstream e pelo governo.<ref name="Lau" /> O conflito entre a esquerda e a direita do movimento resultou em grande desunião de toda a causa democrática.
Na [[
Criticando a [[
Em meados de 2012, a decisão do governo de implementar [[
=== "Nacionalismo de Hong Kong" ===
Linha 54 ⟶ 53:
=== Revolução do guarda-chuva ===
Em 2013, o estudioso jurídico [[Benny Tai]], considerado um democrata moderado, defendeu um plano de [[Controlo social|obediência civil]] para pressionar Pequim a implementar o sufrágio universal genuíno em Hong Kong. O plano amadureceu em [[
== Movimentos localistas pós-occupy ==
Após o movimento Occupy, várias organizações chamadas "Organizações Umbrella" pela mídia foram criadas, em que muitos deles carregavam certo grau de discursos localistas, especialmente [[Youngspiration]] e [[Indígenas de Hong Kong|Hong Kong Indigenous]]. Youngspiration participou da [[
O [[Partido da Independência de Hong Kong]] foi formado em abril de 2015 defendendo uma Hong Kong independente dentro da [[Commonwealth|Comunidade Britânica]].<ref>{{Citar web|url=http://news.takungpao.com.hk/paper/q/2015/0404/2964532.html|titulo=港獨黨拒中國人當技術員|obra=Ta Kung Pao}}</ref>
Linha 65 ⟶ 64:
=== Protestos de negociação antiparalela ===
[[
Os locais, incluindo a Paixão [[Indígenas de Hong Kong|Indígena]] e [[
=== Caso Siu Yau-wai ===
Em julho de 2015, locais, incluindo a [[Indígenas de Hong Kong|indígena de Hong Kong]] e a [[Youngspiration]], marcharam ao [[
=== Agitação Mong Kok ===
[[
Em fevereiro de 2016 durante o [[Ano-novo chinês|Ano Novo Chinês]], o indígena de Hong Kong pediu ação on-line para proteger os [[
O [[Indígenas de Hong Kong|Indígena]] de Hong Kong [[Edward Leung]], que mais tarde se tornaria proeminente por seu envolvimento nos confrontos Mong Kok e preso pela polícia, na [[
=== Independência de Hong Kong ===
A revista estudantil ''Undergrad,'' [[Universidade de Hong Kong|da Universidade de Hong Kong]], publicou um artigo em março de 2016 intitulado “Declaração da Juventude de Hong Kong” defendendo a independência de Hong Kong após a [[Declaração conjunta sino-britânica sobre a questão de Hong Kong|Declaração Conjunta Sino-Britânica]] em 2047. Ele exige que um governo democrático seja estabelecido após 2047 e o público a elaborar a constituição de Hong Kong. Também denuncia o governo de Hong Kong por se tornar um “fantoche” do Partido Comunista, “enfraquecendo” a autonomia da cidade. [[Chefe do Executivo de Hong Kong|O executivo-chefe]] [[Leung Chun-ying]] rejeitou a alegação, afirmando que "Hong Kong tem sido parte da China desde os tempos antigos, e este é um fato que não mudará depois de 2047." O presidente do conselho da Universidade de Hong Kong [[Arthur Li]] descreveu a
O [[Partido Nacional de Hong Kong]], o primeiro partido que defende abertamente a [[independência de Hong Kong]] e a República de Hong Kong, estabelecida em 28 de março de 2016, atraiu ataques dos governos de Pequim e da RAE. O [[
A [[
É relatado que cerca de uma dúzia de universidades de Hong Kong exibiram grandes faixas pedindo a independência da cidade no Dia Nacional da China (1 de outubro) de 2016.<ref>{{Citar jornal|titulo=Independence banners hung at HK universities in defiance of China: media|url=https://www.reuters.com/article/us-hk-protests-idUSKCN1212YH}}</ref>
== Empreendimentos eleitorais e desqualificações ==
=== Novos territórios do leste de eleição ===
[[
Nas [[
A [[
[[Edward Leung]], de [[Indígenas de Hong Kong|Hong Kong Indigenous,]] recebeu um resultado melhor do que o esperado na [[
=== Eleição do Conselho Legislativo de 2016 ===
Um dia depois da eleição de Novos Territórios do Leste de 2016, três grupos localistas, o [[
Em 14 de julho de 2016, a [[Comissão de Assuntos Eleitorais]] (EAC) anunciou seu plano para exigir que todos os candidatos assinassem uma "forma de confirmação" adicional para indicar que Hong Kong é uma parte inalienável da China, conforme estipulado na [[Lei Básica de Hong Kong|Lei Básica]], em resposta a muitos potenciais candidatos localistas que advogam ou promovem a independência de Hong Kong.<ref name="cant run">{{Citar jornal|titulo='Accept Hong Kong is part of China or you can't run in Legco elections'|url=http://www.scmp.com/news/hong-kong/politics/article/1989910/accept-hong-kong-part-china-or-you-cant-run-legco-elections}}</ref> Embora [[
Após o final do período de nomeação, seis candidatos localistas receberam e-mails da EAC dizendo que suas nomeações foram "invalidadas", entre as quais Chan Ho-tin, Yeung Ke-cheong, do Partido Democrático Progressista, Nakade Hitsujiko, do nacionalista Hong Kong, Alice Lai, do Partido Conservador. Yee-man, o indígena de Hong Kong Edward Leung e o independente Chan Kwok-keung. Territórios do Leste O oficial de retorno ao distrito eleitoral Cora Ho Lai-sheung rejeitou a nomeação de Leung, alegando que ela não confiava que Leung "genuinamente mudou sua posição anterior de independência".<ref name="scmp1998201">{{Citar jornal|titulo=Hong Kong Indigenous' Edward Leung disqualified from Legco elections|url=http://www.scmp.com/news/hong-kong/politics/article/1998201/hong-kong-indigenous-edward-leung-disqualified-legislative}}</ref><ref name="20160802hongkongfp">{{Citar jornal|url=https://www.hongkongfp.com/2016/08/02/edward-leung-not-genuinely-switched-pro-independence-stance-says-election-official/|titulo=Edward Leung has not genuinely switched from pro-independence stance, says election official}}</ref> Apesar de sua posição localista, todos os cinco bilhetes da aliança CP-PPI-HKRO e quatro bilhetes da ALLinHK foram validados sob a nova medida eleitoral da Comissão de Assuntos Eleitorais (EAC). [[Baggio Leung]], que inicialmente pretendia concorrer na Ilha de Hong Kong e ficou em New Territories West, finalmente apresentou sua candidatura para ficar em New Territories East, na sequência da medida da EAC, que ele afirmou ser um "candidato substituto" no caso de Edward. Leung foi desqualificado no distrito.<ref name="LocalistSubtitute">{{Citar jornal|url=https://www.hongkongfp.com/2016/07/29/localists-submit-nomination-substitute-candidate-legco-election/|titulo=Localists submit nomination for 'substitute candidate' in LegCo election}}</ref>
Os localistas conseguiram uma vitória retumbante na eleição, ganhando seis assentos e garantindo quase 20% dos votos. Ocupar o líder estudantil Nathan Law, do Demosisto, tornou-se o candidato mais jovem a ser eleito, o professor universitário da Universidade Politécnica Lau Siu-lai e Eddie Chu, foram devolvidos nos [[
=== Controvérsia de Juramento Legco ===
Em outubro de 2016, os dois legisladores da [[Youngspiration]], [[Baggio Leung]] e [[Yau Wai-ching]], foram processados pelo governo por seu [[
== Figuras e organizações localistas ==
Linha 174 ⟶ 172:
{{col-end}}
==
* [[Conservadorismo cultural]]
* [[Conservadorismo em Hong Kong]]
{{Referências}}
[[Categoria:Década de 2010 em Hong Kong]]
[[Categoria:Política de Hong Kong]]
|