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É descrito por parte dos estudiosos como parte de uma nova [[Direita radical (Europa)|direita radical]] portuguesa, que esteve afastada desde a revolução de [[Revolução de 25 de Abril de 1974|25 de abril de 1974]].{{sfn|Marchi|Boas|2020}}{{sfn|Marchi|Lisi|2020}}{{sfn|Mendes|Dennison|2020|p=3}} Segundo [[Riccardo Marchi]], o partido é "[...] apontado, também nalguns meios académicos, como um partido [[Racismo|racista]], [[Fascismo|fascista]], perigoso para a democracia portuguesa".{{sfn|Marchi|2020|p=214}} O livro "A nova direita antissistema: o caso do Chega", por encomenda da editora ''Almedina'' a Riccardo Marchi, foi publicado em 2020. O livro foi criticado por 67 intelectuais, que lançaram o manifesto "Contra a higienização académica do racismo e fascismo do Chega", onde "[c]onsideraram que Marchi não apresentou a face fascista, neoliberal e racista do Chega" e por ser "[...] uma narrativa sem críticas claras às posições do Chega e do seu líder.{{Sfn|Silva|2020|p=387}}
 
Segundo Marchi, "a cultura política dominante dos fundadores do Chega permanece claramente caracterizada pelo [[liberalismo económico]] e pelo [[Conservadorismo social|conservadorismo dos valores]]". Certos jornalistas e analistas políticos apontaram "[o] cariz ultraliberal do partido" a partir do programa, que inclui a privatização do [[Serviço Nacional de Saúde]] (SNS) e do sistema de [[educação pública]].{{sfn|Marchi|2020|p=209}} É o único partido que propõe abertamente a privatização do SNS e a restrição dasdo medidasEstado decomo agente da promoção do [[Estado de bem-estar social|bem-estar social]] em Portugal.{{Sfn|Heyne|Manucci|2021|p=7}} Em relação ao líder incumbente, Marchi afirma que "[h]oje André Ventura é o Chega e o Chega é André Ventura. A sua liderança é incontestada".{{sfn|Marchi|2020|p=217}}
 
Numa tese produzida no [[ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa|ISCTE-IUL]], em análise do discurso do partido nas redes sociais, foram definidas quatro categorias: os "incansáveis salvadores do povo puro", que "inclui a auto-apresentação de Ventura, bem como a apresentação do seu partido político e dos seus apoiantes"; o "povo de bem vitimizado", que "aborda aqueles que estão a ser construídos como 'o povo de bem'"; os "inimigos entre os portugueses", aqueles "[...] apresentados como permanece[ndo] fora da construção imaginária do povo, nomeadamente, a [[Ciganos|comunidade cigana]], o povo [[afro-português]], e os manifestantes [[antifascistas]]"; e as "elites políticas corruptas e traidoras", que se "centra na construção do sistema político como opressor, os partidos de [[Esquerda (política)|esquerda]] como traidores, e os partidos de [[Direita (política)|direita]] como partidos de esquerda 'disfarçados'".{{Sfn|Jaramillo|2021|p=19}}