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A '''Batalha de Khafji''' foi o primeiro grande engajamentocombate terrestre da [[Guerra do Golfo]]. Realizou-seOcorreu emdentro e ao tornoredor da cidade saudita de [[Khafji]], de 29 de janeiro a [[1º de Fevereiro|1º de fevereiro]] de 1991, e marcou o augeponto culminante da campanha aérea da coalizão do arCoalizão sobre o [[Kuwait]] e o [[Iraque]], que havia começadoiniciada em 17 de janeiro de 1991.<ref name=":1">Freedman, Lawrence; Efraim Karsh (Autumn 1991). "How Kuwait Was Won: Strategy in the Gulf War". International Security. The MIT Press. 16 (2): 5–41. doi:10.2307/2539059. JSTOR 2539059. S2CID 154290155</ref><ref name=":2">Press, Daryl G. (Autumn 2001). "The Myth of Air Power in the Persian Gulf War and the Future of Warfare". International Security. The MIT Press. 26 (2): 4–44. doi:10.1162/016228801753191123. S2CID 57568401</ref><ref name=":3">Tucker-Jones, Anthony (2014). ''The Gulf War: Operation Desert Storm 1990-1991''. Pen and Sword. ISBN 978-1473837089</ref>
 
O líder iraquiano [[Saddam Hussein]], que já havia tentado e não conseguiu retirar asatrair tropas da coalizãoCoalizão empara custososdispendiosos engajamentos em solo, porconfrontos bombardearterrestres asbombardeando posições da [[Arábia Saudita]] e os tanques de armazenamento de petróleo e disparardisparando mísseis [[Scud]] superfícieterra-superfícieterra emcontra [[Israel]], ordenou a invasão da [[Arábia Saudita]] peloa partir do sul do Kuwait. Ele ordenou que asA 1.ª e 5.ª divisõesDivisões mecanizadasMecanizadas e a 3.ª divisãoDivisão blindadaBlindada realizassemforam umaordenadas invasãoa emrealizar váriasuma frentesinvasão namultifacetada em direção dea Khafji, engajandoenvolvendo forças dosda [[EstadosArábia Unidos]]Saudita, da [[Arábia SauditaKuwait]] e dodos [[QatarEstados Unidos|EUA]] ao longo da costa, com uma força de comando iraquiana de apoio ordenada a se infiltrar mais ao sul por mar e assediar a retaguarda da Coalizão.<ref name=":0">{{Cite web|last=Titus|first=James|url=https://apps.dtic.mil/dtic/tr/fulltext/u2/a360696.pdf|title=The Battle of Khafji: An Overview and Preliminary Analysis|date=1996|website=Defense Technical Information Center|access-date=11 September 2019}}</ref>
 
EstasEssas três divisões, que haviam sido seriamentefortemente danificadas por aviõesaeronaves da coalizãoCoalizão nonos diadias anterioranteriores, atacaram em 29 de janeiro. A maioria de seus ataques eramfoi combatidosrepelida pelospelo [[Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos|fuzileirosCorpo de Fuzileiros Navais]] dos EUA, beme comopelas osforças Rangersdo e[[Exército aviõesdos da coalizãoEUA]], mas uma das colunas do Iraqueiraquianas ocupou Khafji na noite de 29- a 30 de Janeirojaneiro. Entre 30 de janeiro e 01 de fevereiro, dois batalhões da Guarda Nacional da Arábia Saudita e duas companhias de tanques do Qatar tentaram retomar o controle da cidade, auxiliados por aviões da coalizãoCoalizão e artilharia americanados EUA. AtéEm 1º de fevereiro, a cidade havia sidofoi recapturada ao custo de 43 soldadosmilitares da coalizãoCoalizão mortos e 52 feridos. OAs mortes do Exército iraquiano contabilizouforam entre 60 e 300 mortos, enquanto unscerca 400de estimados400 foram capturados como [[Prisioneiro de guerra|prisioneiros de guerra]].
 
Embora a invasão de Khafji tenha sido inicialmente uma vitória de propaganda para o regime baathista iraquiano, foi rapidamente recapturada pelas forças da Coalizão. A batalha demonstrou a capacidade do poder aéreo de apoiar as forças terrestres.<ref name=":1">Freedman, Lawrence; Efraim Karsh (Autumn 1991). "How Kuwait Was Won: Strategy in the Gulf War". International Security. The MIT Press. 16 (2): 5–41. doi:10.2307/2539059. JSTOR 2539059. S2CID 154290155</ref><ref name=":2">Press, Daryl G. (Autumn 2001). "The Myth of Air Power in the Persian Gulf War and the Future of Warfare". International Security. The MIT Press. 26 (2): 4–44. doi:10.1162/016228801753191123. S2CID 57568401</ref><ref name=":3">Tucker-Jones, Anthony (2014). ''The Gulf War: Operation Desert Storm 1990-1991''. Pen and Sword. ISBN 978-1473837089</ref>
A batalha serviu como uma moderna demonstração de que o poder aéreo pode travar e derrotar uma grande operação terrestre. Foi também um grande teste dos exércitos da Arábia Saudita e Qatar. Apesar de a captura de Khafji fosse uma vitória de propaganda para o regime de Saddam Hussein, a sua posterior recaptura pelas forças terrestres da Arábia e do Qatar proporcionou um impulso importante para o moral da coalizão.
 
== Antecedentes ==
Em 2 de agosto de 1990, o exército iraquiano invadiu e ocupou o seu vizinho, o Kuwait. A invasão, que seguiu a inconclusiva [[guerra Irã-Iraque]] e três décadas de conflito político com o Kuwait, ofereceu a Saddam Hussein a capacidade de distrair a dissidência política em seu país, e adicionar recursos do petróleo do Kuwait ao próprio Iraque, uma vantagem em um momento de declínio dos preços do petróleo.
 
Em resposta, a [[Organização das Nações Unidas]] começou a aprovar uma série de resoluções exigindo a retirada das forças iraquianas do Kuwait. Com medo de que fossem os próximos a serem invadidos, o governo saudita solicitou uma ajuda militar imediata. Como resultado, os Estados Unidos começaram a mobilizar as forças de diversas nações, denominada "coalizão", na Península Arábica. Inicialmente, Saddam Hussein tentou impedir a ação militar da coalizão, ameaçando a produção de petróleo e exportação do Iraque e Kuwait. Em dezembro de 1990, o Iraque experimentou o uso de explosivos para destruir poços na área do complexo de carga Ahmadi, desenvolvendo a sua capacidade de destruir a infra-estrutura de petróleo do Kuwait em grande escala. Em 16 de janeiro, a artilharia iraquiana destruiu um tanque de armazenamento de petróleo em Al-Khafji, Arábia Saudita e em 19 de janeiro as bombas no complexo de carga Ahmadi foram abertas, derramando óleo cru no [[Golfo Pérsico]]. O óleo fluiu no mar a uma taxa de 200 mil barris por dia, tornando-se um dos piores desastres ecológicos da referida data.
 
Apesar destas ameaças do Iraque, a coalizão lançou uma campanha aérea de 38 dias em 17 de janeiro de 1991. Com um número estimado de 2 000 voos por dia, aviões da coalizão rapidamente destruíram os sistemas de defesa aérea iraquianos, e a [[Força aérea iraquiana|Força Aérea Iraquiana]], cuja taxa diária mudou, a partir de um nível anterior à guerra de 200 voos estimados por dia para quase nenhum no mesmo dia 17. No terceiro dia da campanha, muitos pilotos iraquianos fugiram pela fronteira [[Irã|iraniana]] em seus aviões, antes destes serem destruídos. A campanha aérea também destruiu centros de comando e controle locais, pontes, ferrovias e instalações de armazenamento de petróleo.
 
Saddam Hussein, que acreditava-se ter dito: "A força aérea nunca decidiu uma guerra", no entanto, temia que a campanha aérea poderia corroer o moral nacional do Iraque. O líder iraquiano também acreditava que os Estados Unidos não estariam dispostos a perder muitas tropas em combate e, portanto, procurou enfrentar as tropas terrestres da coalizão em uma batalha decisiva. Na tentativa de provocar uma batalha terrestre, ordenou às forças iraquianas que lançassem mísseis [[Scud]] contra [[Israel]], enquanto continuava a ameaçar a destruição de campos de petróleo no [[Kuwait]]. Estes esforços não tiveram sucesso em provocar uma grande batalha terrestre, então Saddam Hussein decidiu lançar uma ofensiva limitada na Arábia Saudita com o objetivo de infligir enormes perdas ao exército da coalizão.
 
À medida que a campanha aérea continuava, as expectativas da coalizão de uma ofensiva iraquiana diminuíam. Como resultado, os Estados Unidos transferiram o XVIII Corpo Aerotransportado e do VII Corpo para 480&nbsp;km (300 milhas) a oeste. A liderança da coalizão acreditava que uma força iraquiana deveria ir para a ofensiva, que seria lançada nos campos de petróleo em al-Wafra, no Sul do Kuwait.
 
== Referências ==
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[[Categoria:Guerra do Golfo]]