Arraial Velho do Bom Jesus: diferenças entre revisões

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A conquista do Arraial do Bom Jesus pelo coronel [[Crestofle d'Artischau Arciszewski|Arciszewski]] demorou quase três meses. A primeira coisa que fez foi garantir o isolamento da praça e a segurança de sua própria linha de comunicação. Depois ocupou um outeiro de onde planejou bombardear o Arraial. Para se defender das freqüentes sortidas dos sitiados, foram construídos fortins e trincheiras. Há registro inclusive da utilização de gás de enxofre por parte dos holandeses, como forma de perturbar os defensores. Reduzida pela fome, a guarnição rendeu-se no dia [[8 de Junho]] de [[1635]] ([[6 de Junho]], cf. BARRETTO, 1958:149). Além dos escravos e civis, entregaram-se 547 combatentes, dentre os quais destacava-se o bravo comandante negro [[Henrique Dias]].
Seus muros foram demolidos pelos holandeses e com o entulho aterrou-se o fosso.
Sua queda foi seguida pela perda do [[Reduto do Pontal de Nazaré no [[Cabo de Santo Agostinho]] ([[2 de Julho]] de [[1635]]). Esses foram os últimos focos da resistência portuguesa na Capitania de [[Pernambuco]], cuja queda abriu, às forças holandesas, o controle da [[Zona da Mata]] nordestina e seus engenhos. [[Matias de Albuquerque]], com os destroços de suas forças e seguido por milhares de civis (cerca de 7.000), empreendeu famoso êxodo rumo ao sul. Em seu caminho recapturou Porto Calvo e fez enforcar [[Domingos Fernandes Calabar|Calabar]].
 
Em [[1859]], quando da visita de [[Pedro II do Brasil]] (1840-89) à Província de Pernambuco, o imperador buscou localizar as ruínas do antigo forte, sem sucesso, concluindo não existirem vestígios do mesmo.