Diogo do Congo: diferenças entre revisões

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'''Diogo I''' (1503 - 1561) foi o [[manicongo]] do [[Reino do Congo]] desde 1545 até 1561. Seu reinado foi bastante conturbado devido a divergências com [[portugueses]].
 
== Biografia ==
 
=== Origem ===
DomD. Diogo foi filho da princesa Nzinga Amvemba, filha mais velha do rei [[Afonso I do Congo|D. Afonso I]] . Baseado na antiga sucessão matrilinear, D. Diogo reivindicou o trono após a subida de seu tio, [[Pedro I do Congo|D. Pedro I]] como rei, já que este era considera muito favorável a influência portuguesa no reino. <ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/11261828|título=The kingdom of Kongo|ultimo=Hilton|primeiro=Anne|data=1985|editora=Clarendon Press|local=Oxford|oclc=11261828}}</ref>
 
=== Reinado ===
Dom Diogo tomou o poder com apoios dos senhores (mwene) de Cabunga e Quiva, cujos domínios localizavam-se a oeste da capital, [[M'banza Congo|São Salvador]]. <ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/1120787134|título=A history of West Central Africa to 1850|ultimo=Thornton|primeiro=John K.|data=2020|local=Cambridge, United Kingdom|oclc=1120787134}}</ref> Com a tomada do poder, seu reinada dá continuidade na expansão do [[Igreja Católica|catolicismo]] no Congo, política trazida desde a época de seu avô para melhor relação com os portugueses. A vinda de [[Companhia de Jesus|jesuítas]] para o país foi muito requisitada pelo rei através do embaixador Métis Diogo Gomes em [[Roma]]. Diogo solicitou "missionários de boa moral" para aumentar a independência da igreja no Congo. Mesmo assim chegou a expulsar missionários no país, inclusive o bispo João Batista da [[ilha de São Tomé]], já que este era o maior comerciante de escravos na costa africana e D.o Diogorei desejava o monopólio do comercio. <ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.1017/s0021853700004369 |titulo=A New Edition of Lopez and Pigafetta - Description du Royaume de Congo et des Contrées environnantes, par Filippo Pigafetta & Duarte Lopez (1591). Edited by Willy Bal. Louvain: Editions Nauwelaerts, 1963. Pp. xxxvi, 250. Fr. Belge 260. |data=1963-11 |acessodata=2021-12-06 |jornal=The Journal of African History |número=3 |ultimo=Birmingham |primeiro=David |paginas=465–466 |doi=10.1017/s0021853700004369 |issn=0021-8537}}</ref>
 
Em 1548 lança um ataque ao chefesenhor da [[ilha de Luanda]], tomando-a para si e capturando alguns contrabandistas portugueses. Também tentou investidas contra o [[Reino do Dongo]] em 1556, sendo porém, vencido militarmente pelos angolas (governantes tradicionais). O Reino do Dongo posteriormente também estabeleceu relações com [[Portugal]].
 
O rei arranjou brigas com portugueses devido a disputa de influência, além da disputa pelo comercio de escravos. Em 1555 os europeus foram expulsos de São Salvador, mesmo aqueles que eram naturalizados. Foi neste momento que em clandestinidade o catecismo foi escrito em [[Língua congo|quicongo]] pelos [[franciscanos]] em 1557. Este foi o primeiro grande documento escrito em uma língua banta da história. <ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.2307/1156721 |titulo=La Cohésion des sociétés Bara. Par Jacques Faublée. Paris: Presses Universitaires de France, 1954. Pp. viii + 164. 600 fr. |data=1954-10 |acessodata=2021-12-06 |jornal=Africa |número=4 |ultimo=Deschamps |primeiro=Hubert |paginas=390–391 |doi=10.2307/1156721 |issn=0001-9720}}</ref>
 
EmDurante seumuitos reinadoanos os portugueses tentaram por vezes depor D. Diogo em favor de seu exilado tio, D. Pedro, que se refugiou em Luanda após sua queda. Porém D. Diogo sempre repeliu as conspirações até sua morte em 4 de novembro de 1561. Com sua morte a violenta disputa pela sucessão começa, com facções apoiadas por portugueses e congoleses.
 
== Ver também ==