Carvalho Araújo: diferenças entre revisões

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==Biografia==
Ficou célebre por ter conseguido, no comando do [[Navio de guerra de minas|caça-minas]] [[NRP Augusto de Castilho]], proteger o paquete a vapor ''[[São Miguel (vapor)|São Miguel]]'', que viajava do [[Funchal]] para [[Ponta Delgada]] com mais de 200 passageiros e 54 tripulantes a bordo, deevitando que ele serfosse afundado pelo [[submarino]] [[Alemanha|alemão]] [[U-139]], comandado pelo [[Ás (desambiguação)|ás]] dos ases dos submarinos [[Lothar von Arnauld de la Perière]], em 14 de Outubro de 1918. Nesse recontro, que durou cerca de duas horas, encontraram a morte o comandante Carvalho Araújo e seis dos seus homens. O caça-minas Augusto de Castilho, depois de saqueado pelos alemães, foi afundado com cargas explosivas. O comandante do submarino alemão publicou em 1920 um relatório dobre o sucedido, com elogios ao primeiro-tenente da Marinha portuguesa, o que levará o Parlamento a reconhecer o sacrifício de Carvalho Araújo e a conceder uma pensão à sua viúva.<ref>Miguel Marujo, [https://www.dn.pt/poder/o-deputado-que-salvou-a-vida-a-260-pessoas-e-os-dois-que-morreram-em-combate-10438811.html "O deputado que salvou a vida a 260 pessoas"], ''Diário de Notícias'', 14 de janeiro de 2019.</ref> O acto heroico é homenageado pelo monumentoMonumento a Carvalho Araújo, um conjunto escultórico inaugurado em 1931, situado na avenida a que foi dado o seu nome, em Vila Real.
 
Passou a infância na cidade de [[Vila Real]], apesar de ter nascido na freguesia de São Nicolau, no Porto, onde seus pais José de Carvalho de Araújo, Jr. e Margarida Ferreira Botelho de Araújo, se encontravam por motivo de doença de sua avó materna, Margarida Rosa de Jesus Botelho.
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Frequentou a Academia Politécnica do Porto, onde realizou os Preparatórios que lhe permitiram ingressar, em 12 de outubro de 1899 na Escola Naval.
 
Após ingressar na [[Marinha]], serviu na [[fragata]] "''D. Afonso"'', na [[corveta]] "''Duque da Terceira"'', no [[couraçado]] ''[[Couraçado Vasco da Gama|Vasco da Gama]]'', nos [[cruzador]]es ''[[Cruzador português Adamastor|Adamastor]]'' e ''[[Classe São Gabriel|São Rafael]]'', nas canhoneiras "''Zambeze"'', "''Liberal"'', "''Diu"'' e "''Lúrio"'', no [[rebocador]] "[[''Bérrio]]"'' e no [[navio de transporte|transporte]] "''Salvador Correia"''. Foi comandante do caça-minas ''Manuel de Azevedo Gomes'', ao comando do qual detetou e destruiu 4 minas nas proximidades da barra de Lisboa, a 4 de Setembro de 1916.<ref>Arquivo Histórico da Marinha, [https://arquivohistorico.marinha.pt/details?id=42984&ht=navio Caça-Minas Azevedo Gomes - História e características do navio.]</ref>
 
FoiEm [[1911]], foi eleito [[deputado]] por [[Distrito de Vila Real|Vila Real]] à [[Assembleia Nacional Constituinte|Assembleia Constituinte]] da República, e, em [[1915]], foi eleito deputado pelo círculo de [[Penafiel]] nas listas do [[Partido Democrático (Portugal)|Partido Democrático]]. Em dezembro de 1915 foiFoi nomeado governador do Distrito de [[Inhambane (província)|Inhambane]], em [[Moçambique]], onde estevese manteve dezoitoaté meses1917. Ali elaborou um notável '''''Relatório acerca da Administração do Distrito de Inhambane''''', que seria publicado pelo Ministério das Colónias após a sua morte, em 1920, e reeditado um século depois, em 2019.<ref>José Botelho de Carvalho Araújo, [https://caleidoscopio.pt/products/inhambane ''Relatório acerca da Administração do Distrito de Inhambane''.] Lisboa: Caleidoscópio, 2019, 344 págs.</ref>
 
Foi iniciado na Maçonaria em 1911, na Loja Pátria e Liberdade, com o nome simbólico de Gama.<ref>{{citar livro|título=Dicionário de Maçonaria Portuguesa|ultimo=Oliveira Marques|primeiro=A. H. de|editora=Delta|ano=1985|local=Lisboa|página=91|páginas=}}</ref>