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Barlaeus interessou-se por vários aspectos da cartografia e da história. Em [[1622]], traduziu a "Descrição das Índias Ocidentais" de [[Antonio de Herrera y Tordesillas|Antonio de Herrera]]. Em [[1627]], Barlaeus compôs o texto para o [[atlas]] da [[Itália]] organizado por [[Jodocus Hondius]]. No ano de [[1647]], escreveu um relato do [[Colonização holandesa nas Américas|Império colonial holandês no Brasil]], inspirado pela atuação de [[João Maurício de Nassau]] (Johan Maurits) em [[Recife]]. O ''Rerum per octennium in Brasilia et alibi nuper gestarum sub praefectura'' contém um grande número de mapas e ilustrações da região. [[Franciscus Plante]] escreveu neste mesmo ano um trabalho semelhante, o ''Mauritias'', incluindo os mapas já publicados na obra de Barlaeus. Eram mapas do ''[[Ceará]]'', de ''[[Pernambuco]]'', da ''[[Paraíba]]'', e de ''Pernambuco Boreal". Plante incluiu também o mesmo retrato de Maurício de Nassau presente na obra de Barlaeus.
Em [[1638]], Barlaeus escreveu ''Medicea Hospes, sive descriptio publicae gratulationis, qua ... Mariam de Medicis, excepit senatus populusque Amstelodamensis''. Publicado por Willem Blaeu, inclui duas grandes imagens das ceremônias realizadas por ocasião da entrada triunfal da rainha mãe [[Marie de Medici|Maria de Medici]] da [[França]] em [[Amsterdam]] , no ano de [[1638]]. Considerada um momento importante da história da Holanda, a visita de Maria representou o reconhecimento internacional "de facto" à recém constituída [[República Holandesa]].
Na verdade, Marie de Medici viajou à Holanda como exilada, mas a ocasião foi aproveitada politicamente, e sua recepção foi marcada por uma série de festividades solenes.
 
No Brasil, é particularmente lembrado pela citação feita por [[Euclides da Cunha]] em sua obra "À margem da História" como o "... mesmo doloroso apotegma -ultra aequinotialem non peccavi- que Barleaus engenhou para explicar os desmandos da época colonial". [[Sérgio Buarque de Holanda]] retomou o tema em sua obra principal, [["Raízes do Brasil']], acrescentando um comentário, do próprio Barleaus, "Como se a linha que divide os hemisférios separasse também a virtude do vício", idéias mais tarde transpostas para a canção da autoria de seu filho [[Chico Buarque]], e de [[Ruy Guerra]], "Não existe pecado ao sul do equador", popularizada na voz de [[Ney Matogrosso]].
 
==Morte e legado==