Pedro Freitas: diferenças entre revisões

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'''Pedro de Almendra Freitas''' ([[José de Freitas]], [[1 de março]] de [[1890]] — [[Teresina]], [[9 de fevereiro]] de [[1990]]). Comerciantefoi um [[comerciante]] e [[político]] [[brasil]]eiro, foi Governadorgovernador do Piauí entre 1951 e 1955.

Durante sua campanha rumo ao executivo estadual recebeu o apelido de “Pedro Maxixe”, que lhe foi dado por seus contendores. Nada, porém, que lhe causasse aborrecimento. Faleceu vinte dias antes de completar cem anos de idade.
 
==Biografia==
Nascido em [[José de Freitas]] quando este município ainda era um povoado chamado “Livramento”, Pedro Freitas se estabeleceu como comerciante e somente ingressou nas disputas eleitorais aos sessenta anos de idade quando o [[Partido Social Democrático|PSD]] enfrentava uma férrea disputa interna para indicar o candidato à sucessão estadual de 1950 e assim confrontar [[Eurípedes Clementino de Aguiar]] , Governador do Piauí entre 1916 e 1920 e candidato da [[União Democrática Nacional|UDN]] apoiado pelo então governador [[José da Rocha Furtado]].

Tal furor se justificava porque havia pelo menos três grupos dentro do PSD disputando a primazia de indicar o candidato a governador. Segundo assevera [[José Lopes dos Santos]] um grupo era liderado por [[Leônidas de Castro Melo|Leônidas Melo]] (governador e depois interventor federal do Piauí entre 1935 e 1945), outro por [[Sigefredo Pacheco (político)|Sigefredo Pacheco]] e um terceiro pela família Freitas numa interminável sucessão de vetos a cada um dos nomes propostos pelos diferentes grupos, até que a escolha se fez sobre o nome de Pedro Freitas, o qual não possuía maiores arestas com qualquer das correntes ''pessedistas'' e assim realizaram-se eleições nas quais Pedro Freitas obteve 74.768 votos contra 73.429 votos dados a Eurípedes Aguiar e 10.272 recebidos pelo candidato Agenor Almeida da coligação PSP/PTB. O vice-governador eleito foi [[Tertuliano Milton Brandão| Milton Brandão]]. Durante seu governo transcorreram as festividades alusivas ao Centenário de [[Teresina]], ocorrido em [[16 de agosto]] de [[1952]].
 
==Sucessores políticos==
Em 1954 Pedro Freitas viu seu filho, '''José Pires Gaioso de Almendra Freitas''', ser eleito deputado estadual pelo PSD, entretanto o fato mais curioso quanto a biografia do patriarca dos Freitas foi que dentre seus mais renhidos adversários estava o jovem suplente de [[deputado estadual]] pela UDN [[Petrônio Portela Nunes|Petrônio Portela]], a quem coube se casar com Iracema, filha de Pedro Freitas, não obstante a cerrada oposição que este sofreu de seu futuro genro na tribuna da Assembléia Legislativa do Piauí. Pedro Freitas foi sucedido no posto de governador por seu cunhado [[Jacob ManoelManuel Gaioso e Almendra]], façanha esta que passou para a história política do Piauí como a única vez em que, desde o pós-Guerra em 1945, um governador do estado eleito pelo voto popular transfere o cargo a um sucessor eleito nas mesmas condições, afinal durante o [[Regime Militar de 1964]] os governadores passaram a ser referendados pelo legislativo estadual após indicação do Presidente da República, assim ao tomar posse em 1966 [[Helvídio Nunes de Barros|Helvídio Nunes]] foi o primeiro governador ungido pelos militares tendo recebido a comando do estado de um mandatário interino, o deputado estadual [[José Odon Maia Alencar]], ora presidente do Poder Legislativo. Também é certo que em 1983 [[Hugo Napoleão do Rego Neto|Hugo Napoleão]] tomou posse após ter sido escolhido pela vontade de 393.818 eleitores, mas seu antecessor imediato, [[Lucídio Portela Nunes|Lucídio Portela]], havia sido escolhido pela sistemática do voto indireto. Não se pode atribuir tais pendores também ao médico Francisco de Assis de MoraesMorais SouzaSousa, o [[Mão Santa]], que uma vez eleito em 1994 foi reeleito em 1998 sendo absurdo considerar que ele foi sucessor de si mesmo.
 
==Fontes de pesquisa==
:''Pedro Freitas''. Artigo publicado por José Lopes dos Santos. Disponível no Jornal “O Estado”, Teresina/PI, edição de 11/12 de março de 1990.
:SANTOS, José Lopes dos. ''Política e Políticos: Eleições 86''. Vol. I e II. Teresina, Gráfica Mendes, 1988.
 
SANTOS, José Lopes dos. ''Política e Políticos: Eleições 86''. Vol. I e II. Teresina, Gráfica Mendes, 1988.